Educação
Semana Brasileira de Educação Midiática termina com visita de estudantes ao Palácio do Planalto
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O evento promoveu a troca de saberes e experiências entre educadores, estudantes, ativistas e cidadãos de todo o país – Foto: Vitor Vasconcelos/ Secom PR
(Gov) – A segunda edição da Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM) terminou na sexta-feira (1º/11). As atividades realizadas na Semana, promovida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM-PR) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), foram iniciadas em 29 de outubro, e tiveram como temas o fortalecimento de habilidades de comunicação dos estudantes relacionadas ao meio ambiente e mudanças climáticas, promoção do jornalismo de qualidade e direitos no ambiente digital.
Ao longo da programação, o evento promoveu ainda a troca de saberes e experiências entre educadores, estudantes, ativistas e cidadãos de todo o país, fortalecendo uma educação midiática que respeite e valorize as vozes de todas as regiões. Para simbolizar o fim das atividades, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, recebeu estudantes da rede pública de ensino no Palácio do Planalto, em Brasília, após os jovens participarem de um workshop em parceria com a Safernet e a Embaixada do Reino Unido e conhecerem as estruturas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), também na capital federal.
“Estamos falando aqui sobre um tema que hoje está colocado não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, afirmou o ministro aos estudantes
O ministro destacou, ainda, que os jovens convivem no cotidiano com a realidade das fake news, da desinformação, e que eles sabem o potencial nocivo que isso tem na sociedade. “E que muitas vezes pode levar o país a um desastre, ou a vida das pessoas a um desastre”, alertou.
Pimenta observou ainda que se trata de um tema muito relevante para o Governo Federal e para o fortalecimento da democracia, além de ser uma causa importante para todos aqueles que querem encontrar uma forma de proteger a sociedade do discurso de ódio, da xenofobia, do racismo e da violência. De acordo com o ministro, são crimes que encontram no espaço digital um campo propício para a multiplicação de informações e de notícias que não tem como objetivo promover o bem na sociedade ou levar a informação de forma correta e adequada às pessoas.
“São inúmeros os casos e vocês devem ter tido essa oportunidade de debaterem, de discutirem, de conhecerem. Nós apostamos muito que esse trabalho de educação midiática possa servir para a criação de uma cultura, para que as pessoas tenham essa preocupação e não aceitem qualquer informação como verdadeira”, ressaltou Pimenta
O encontro contou ainda com a participação da embaixadora do Reino Unido, Stephanie Al-Qaq. A Embaixada é parceria da Secom-PR nas pautas relacionadas às políticas digitais. “Essa iniciativa é muito especial para nós porque é resultado da nossa parceria com a Secom-PR em assuntos digitais”, comentou.
“É uma alegria receber os estudantes junto ao Ministro Pimenta para discutirmos esses temas pela perspectiva deles”, afirmou. Al-Qaq destacou ainda a importância da Semana Brasileira na discussão do tema “Essa Semana foi muito proveitosa e espero que possamos seguir cooperando nessa pauta com a Secom-PR”, concluiu.
Parceria na educação — Para o secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, a parceria com o MEC é fundamental para que as políticas públicas tenham um olhar atento para os temas desenvolvidos no debate em torno do uso consciente da tecnologia. “Isso exige que a gente faça integração com os diversos programas do MEC. São esforços que permitem que a gente, no fundo, ganhe terreno de forma concreta e simultânea no Brasil inteiro”, explicou.
Protagonismo dos estudantes
Aluna do Centro de Ensino Médio 04 de Sobradinho, Isadora Helena Nascimento defendeu que reuniões e conversas como a Semana Brasileira de Educação Midiática incluam a participação da comunidade estudantil.
“Isso faz a gente se sentir parte realmente do movimento democrático do nosso país. É muito importante que a gente aprenda a identificar veículos confiáveis para poder se embasar, para poder usar de referência nas pesquisas e trabalhos”, observou a estudante
Na mesma linha, a estudante paulista Júlia Teresa Fernandes, moradora do extremo-oeste de São Paulo e jovem embaixadora da Safernet também saudou a oportunidade dos jovens da periferia serem ouvidos e conhecerem diferentes realidades.
“A gente falou sobre discurso de ódio, segurança na internet, privacidade. Muitas questões que, nós, jovens, que estamos conectados cada vez mais, vivemos diariamente. Hoje mostramos a nossa perspectiva diante disso, problemáticas e soluções na nossa visão”, salientou Júlia
A Semana — A 2ª SBEM foi uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom PR), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), com a Unesco e apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), além de parceiros da sociedade civil.
Este ano o evento abordou o tema “Conectando territórios e diversidades” e teve uma agenda de atividades híbridas ligadas ao assunto ao longo da semana. O evento se integra à Media and Information Literacy Week 2024 da Unesco, consolidando a posição do Brasil no debate global sobre Alfabetização Midiática e Informacional. A programação contou com mesas de discussão, oficinas digitais de práticas de educação midiática, painéis sobre o papel da comunicação pública na promoção da educação midiática e sobre como identificar o jornalismo de qualidade, além de espaços de discussão com parceiros da França, Dinamarca e Reino Unido.
Educação
Professores: Mais de 2,7 mil alunos do Complexo da Maré têm acesso a laboratórios de informática
Professores falam como o acesso à tecnologia promoveu avanços no desenvolvimento dos estudantes – Foto: Assessoria (Gov)
(Gov) – Com 130 mil habitantes, o Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, foi um dos locais contemplados pelo programa Computadores para a Inclusão, do Ministério das Comunicações, para promoção de inclusão digital na rede pública de ensino.
Seis escolas receberam dez computadores cada, somando 60 equipamentos que hoje compõem laboratórios de informática. As máquinas auxiliam professores para um ensino mais dinâmico e aplicação de conteúdos on-line. Aos alunos mais carentes da região, os equipamentos permitiram uma gama de aprendizados tecnológicos.
Karen Morena, professora de uma das escolas públicas contempladas, disse que a doação dos computadores contribuiu para o projeto de ampliação do uso da tecnologia nas escolas e falou das melhorias na rotina das crianças.
“A ampliação da quantidade de computadores proporcionou melhor dinâmica na aprendizagem dos alunos. Eles buscam informações e tiram dúvidas durante as aulas diretamente na internet, proporcionando uma atuação mais direta com o conhecimento. Os aparelhos tornaram as aulas mais dinâmicas, aumentando o interesse dos alunos”, contou a professora.
A coordenadora regional de educação, Fátima Barros, destacou a importância da inclusão digital dos alunos da comunidade. “A Maré é um território que está sempre com conflito policial e quanto mais os alunos têm intimidade com os meios digitais, maior é a possibilidade de acesso a conteúdo remoto, aulas, mídias educativas etc. Isso não significa que não tenham perdas, mas minimiza, pois passa a ter acesso a este meio, que é uma forma de acesso e mais uma estratégia pedagógica”.
O programa entregou computadores para as seguintes escolas municipais: Erpídio Cabral de Souza (467 alunos); Osmar Paiva Camelo (559 alunos); Genival Pereira de Albuquerque (250 alunos) Olímpiadas Rio (641 alunos); Lino Martins da Silva (379 alunos) e Nova Holanda (449 alunos). Ao todo, 2,7 mil estudantes são beneficiados.
“Essa é uma política pública que faz a diferença na vida dessas crianças e jovens, além dos professores. A meta do Ministério das Comunicações é levar inclusão digital para as comunidades, reduzir desigualdades e promover a inclusão social. É uma grande alegria ver que as crianças da Maré estão tendo o desenvolvimento que merecem dentro desse ambiente digital”, afirmou Juscelino Filho, ministro das Comunicações.
Computadores para a Inclusão
O programa do Ministério das Comunicações promove a inclusão digital no país por meio dos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) espalhados em vários estados. No RJ, ele fica em Maricá, região metropolitana da capital.
São nesses espaços físicos que máquinas descartadas por instituições bancárias e judiciárias recebem tratamento adequado e são renovadas para entrega em escolas públicas, territórios quilombolas, indígenas e locais remotos e de difícil acesso.
Também é nos CRCs que jovens, adultos e idosos aprendem a recuperar esses computadores doados por meio de cursos e oficinas de informática e manutenção de eletrônicos. O programa promove a inclusão digital e permite a inserção de pessoas no mercado de trabalho com o que é ensinado ao longo do processo de recondicionamento das máquinas.
Depoimento de professores
ESCOLA MUNICIPAL ERPÍDIO CABRAL DE SOUZA
“Houve uma evolução expressiva no letramento digital, principalmente para alunos com mais de 10 anos. Também é muito utilizado para atividades de reforço na alfabetização, através de jogos e pesquisas.”
ESCOLA MUNICIPAL LINO MARTINS DA SILVA
“A doação beneficiou 13 turmas da nossa escola, com um total de 380 crianças, ocasionando uma melhora significativa na aprendizagem, uma vez que, com tal ferramenta, ampliamos o acesso ao novo suporte tecnológico e, consequentemente, sua utilização na rotina escolar.”
ESCOLA MUNICIPAL GENIVAL PEREIRA DE ALBUQUERQUE
“Os computadores servem de aliados na construção do conhecimento dos alunos, pois muitos conseguem construir uma lógica de pensamento, que estimula a alfabetização de forma que faça mais sentido pra eles, além de mais atraente. Alunos que muitas vezes têm dificuldade na hora de transcrever o pensamento para uma folha através do lápis, no computador, através dos estímulos, sentem mais segurança e assim executam melhor as ações.”
“São alunos que só sabiam mexer no celular para utilizarem redes sociais e que hoje entendem que o computador vai muito além disso.
A doação dos computadores possibilitou um acesso mais amplo à tecnologia nas nossas escolas.”
“O uso regular dos novos dispositivos tem promovido um aprendizado mais dinâmico e envolvente, focado no desenvolvimento de competências digitais essenciais para o século XXI. Além disso, essa inclusão digital tem sido fundamental para reduzir as barreiras tecnológicas e proporcionar igualdade de oportunidades entre os alunos.
ESCOLA MUNICIPAL OSMAR PAIVA CAMELO
“Os computadores também incentivaram o trabalho colaborativo entre os estudantes. Projetos em grupo e atividades multidisciplinares tornaram-se mais fáceis de realizar, estimulando a troca de conhecimento e fomentando um ambiente de inovação dentro das salas de aula. Essa abordagem tem contribuído para o desenvolvimento de habilidades sociais e para um aprendizado mais interativo.”
“Além disso, a doação reforçou o perfil tecnológico das nossas escolas. Com esses recursos, os alunos agora têm a oportunidade de explorar ideias inovadoras e desenvolver soluções digitais em um ambiente educacional mais alinhado às demandas contemporâneas, fortalecendo o compromisso das escolas com uma educação focada na tecnologia e na preparação para o futuro.”
“A partir do uso cotidiano dos computadores, podemos afirmar que são instrumentos valiosos para os alunos de nossa escola, pois proporcionam uma gama de possibilidades educacionais que fazem toda diferença no processo de aprendizagem. Além disso, essas ferramentas despertam o interesse e a curiosidade, itens fundamentais para desenvolvimento pleno do ser na aquisição de novos conhecimentos.”
“Com o apoio mediador da professora articuladora e dos professores regentes e planejamento prévio, os alunos utilizaram os computadores na produção de textos e simulados, na elaboração de jogos pedagógicos, pesquisa e tratamento de dados, dentre outros.”
ESCOLA MUNICIPAL NOVA HOLANDA
“Percebemos, com a implantação dos computadores, um ganho educacional para nossos alunos, permitindo que se insiram em um mundo interativo e conectado com possibilidades de serem não apenas espectadores no processo pedagógico, mas agentes de seu próprio conhecimento.”
ESCOLA MUNICIPAL OLIMPÍADAS RIO
“Os aparelhos doados proporcionaram mais autonomia no processo de aprendizagem, pois passam a despertar o interesse dos alunos em serem protagonistas da busca pelo conhecimento a partir do acesso à internet, contribuindo com a criticidade e a formação social.”
“Proporcionou maior quantidade de alunos com acesso às aulas ao menos tempo, à medida que a quantidade de computadores foi aumentada, ampliando a possibilidade da aplicação das avaliações de forma on-line mais eficaz e prática à medida que o número de alunos que fazem a prova ao mesmo tempo se tornou maior.”
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