Amazônia
Parques Nacionais de Brasília e da Chapada dos Veadeiros iniciam prevenção a incêndios florestais
Amazônia
Atividade conta com o apoio de parceiros – Foto: Assessoria (Gov)
(Gov) – Temporada de prevenção a incêndios florestais nas Unidades de Conservação Federais do Distrito Federal e Goiás começou. Nesta semana, os Parques Nacionais de Brasília (DF) e da Chapada dos Veadeiros (GO) iniciaram queimas prescritas. Essas queimas são importantes para impedir a propagação de incêndios florestais e são uma das ferramentas previstas pelo Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) das unidades de conservação.
As queimas prescritas em Brasília tiveram início na Reserva Biológica (Rebio) da Contagem, unidade de proteção integral vizinha ao Parque Nacional de Brasília. Tanto o Parque Nacional como a Rebio são geridos pelo Núcleo de Gestão Integrado ICMBio Brasília-Contagem.
Na primeira queima, na Reserva Biológica da Contagem, foram manejados 81,4 hectares, o que equivale a mais de 80 campos de futebol. As atividades de prevenção continuarão ao longo do mês de março, tanto na Reserva Biológica quanto no Parque Nacional de Brasília.
No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a queima prescrita ocorreu na sexta-feira (07). Uma área de aproximadamente 200 campos de futebol foi manejada. As atividades ocorrem próximo às áreas dos alojamentos e da sede do Parque, com o objetivo de proteger essas estruturas de possíveis incêndios quando chegar o período mais crítico do ano.
A atividade conta com o apoio de parceiros como Ibama/Prevfogo; Brigada Voluntária de São Jorge, Rede Contra Fogo, Brigada de Cavalcante (Brivac) e a organização não-governamental de restauração Cerrado de Pé.
Segundo a chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Nayara Stacheski, as queimas prescritas realizadas com apoio desses parceiros fortalecem os laços entre ICMBio e a sociedade civil. “As queimas realizadas com os parceiros são uma oportunidade para intercâmbio de conhecimentos e práticas, de maneira participativa e dialógica, com todos os atores envolvidos na proteção da região da Chapada”.
O que são as queimas prescritas?
As queimas prescritas são uma das ferramentas no Manejo Integrado do Fogo, utilizadas pelo Instituto Chico Mendes para prevenir e diminuir o impacto dos incêndios florestais nas unidades de conservação, durante a época mais crítica do ano.
As queimas são realizadas por equipes especializadas de servidores e brigadistas. Elas são cuidadosamente planejadas e visam proteger ecossistemas importantes para a unidade (como habitat de espécies ameaçadas ou áreas que protejam curso d’água e outros recursos ambientais) e são previstas nos Planos de Manejo Integrado do Fogo. Esses documentos estão públicos e disponíveis no site do ICMBio.
As queimas são realizadas no período conhecido como janela de queima, que varia em cada região. Estas ocorrem na época que fica entre as estações seca-chuvosa e correspondem ao período em que as condições meteorológicas permitem uma propagação controlada do fogo.
O objetivo das queimas prescritas é consumir o combustível acumulado em determinada área. Os brigadistas realizam o procedimento de forma controlada, de modo a não prejudicar a vegetação e o solo, deixando também rotas de fuga para os animais.

Amazônia
Desmatamento na Amazônia atinge menor índice da série histórica para fevereiro deste ano
Alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
(Gov) – Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal atingiram o menor índice para o mês de fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) . Foram registrados 80,95 km² de áreas desmatadas no mês em 2025, uma queda de 64,26% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 226,51 km² de desmatamento.
O pior ano foi 2023, quando houve alerta de desmatamento para uma área de 321,97 km² no período. Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) , desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos ligados à temática.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. Em fevereiro de 2025, o estado com mais alerta de desmatamento foi Mato Grosso (29 km²), seguido por Roraima (18 km²), Pará (15 km²), Amazonas (11 km²), Maranhão (4 km²), Rondônia (3 km²) e Acre (2 km²).
O bioma Cerrado também apresentou queda nos alertas de desmatamento em fevereiro de 2025, quando foram desmatados 494,05 km², em comparação aos dados de 2024. No mesmo período do último ano, foram desmatados 655,51 km², o maior valor da série histórica iniciada em 2019.
Os estados do Piauí (118,1 km²), Bahia (104,71 km²) e Tocantins (97,45 km²) lideram o ranking de áreas desmatadas, concentrando a maior parte da devastação. Entretanto, o estado do Mato Grosso (52,81 km²) e o Maranhão (57,4 km²) apresentam índices menores.
O Governo Federal vem implementando diversas políticas públicas para reduzir o desmatamento no país, reafirmando o compromisso do Brasil com o desmatamento zero até 2030. Uma das principais ações foi a reativação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), originalmente lançado em 2004 e descontinuado em 2019. O plano, restabelecido em 2023, mantém os eixos estratégicos de ordenamento territorial e fundiário, monitoramento e controle ambiental, fomento às atividades produtivas sustentáveis e instrumentos normativos e econômicos.
Além disso, estabeleceu uma parceria de R$730 milhões com municípios amazônicos para combater o desmatamento e os incêndios florestais, parte do PPCDAm. Esses recursos, provenientes do Fundo Amazônia e do programa Floresta+, serão investidos até 2027 em ações como regularização fundiária e ambiental, assistência técnica para produção sustentável e criação de brigadas municipais de combate a incêndios. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima estabeleceu ainda uma lista de municípios prioritários no bioma para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e da degradação florestal.
De acordo com Inpe, foram registrados 80,95 km² de áreas desmatadas em fevereiro/25
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