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Área rural: Marido de adjunta promete articulação para incluir queimadas em área consolidada

Na prática, isso permitiria a produção em área queimada e, em efeito cascata, poderia causar grande aumento no número de desmate ilegal.

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Foto: Assessoria Prefeitura Municipal de Timon

O consultor legislativo da Assembleia Legislativa, Dauton Vasconcellos, surpreendeu produtores ao discursar na abertura do Mutirão Ambiental de Diamantino nesta semana. Ele afirmou que o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), deve se reunir em breve com a secretária estadual de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti, para que juntos se unam em prol de mudanças no Código Florestal para aceitar a queimada como área de consolidação.

Na prática, isso permitiria a produção em área queimada e, em efeito cascata, poderia causar grande aumento no número de desmate ilegal.

“O deputado Max, numa das conversas com a Luciane, com a secretária Mauren, ele vai defender algumas bandeiras que vão ajudar o agronegócio. Que é a questão de aceitar a queimada como área de consolidação. Isso o deputado já colocou”, disse.

A mulher citada por Dauton antes de Mauren é Luciane Bertinatto Copetti, sua esposa e secretária-adjunta de Gestão Ambiental da Sema.

De acordo com Vasconcellos, Max Russi estaria articulando uma audiência pública com os deputados federais e senadores por Mato Grosso, para defender a ampliação do marco que estipula o ano limite das áreas de consolidação.

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A área rural consolidada é definida no Código Florestal como aquela já ocupada pelo homem desde antes de 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, que são aquelas em que criação de animais e cultivo agrícola dividem a mesma área.

“Outra bandeira que o deputado vai cobrar, e ele vai fazer, é que ele vai fazer uma audiência pública, que vai trazer os deputados federais, e os congressistas, os senadores, para discutir o marco de 2008, para que a possa aumentar”, disse.

Procurada, a secretária Mauren afirmou que ninguém a procurou para tratar do tema e que o assunto já está formalmente definido em decreto estadual.

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Governo Federal vai enviar ao Congresso Nacional Plano de Desenvolvimento da Amazônia 2024-2027

Iniciativa visa tornar a região uma referência na valorização da sociobiodiversidade, a partir da implementação de 11 programas nos próximos quatro anos

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Foto: Assessoria / Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

SCSPR – O Governo Federal vai enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei para criar o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) para o período de 2024 a 2027. Assinado pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin e publicado na edição desta quarta-feira, 29 de novembro, do Diário Oficial da União (DOU), o PL foi elaborado em consonância com o Plano Plurianual 2024-2027, que já tramita no Congresso.

O principal objetivo do PRDA é tornar a Amazônia referência na valorização da sociobiodiversidade como elemento propulsor do desenvolvimento sustentável. Para isso, aposta na estratégia de integração e diversificação produtiva da biodiversidade, com agregação de valor.

Os princípios que deverão nortear a execução do PRDA são: transparência e participação social; solidariedade regional e cooperação federativa; planejamento integrado e transversalidade da política pública; atuação multiescalar no território nacional; desenvolvimento sustentável; e reconhecimento e valorização da diversidade ambiental, social, cultural e econômica das regiões.

O plano propõe o desenvolvimento de 11 programas, com uma série de ações estratégicas, e aponta os ministérios que serão parceiros na implementação. São eles:

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Bioeconomia para o desenvolvimento sustentável

Agropecuária inclusiva e sustentável

Indústria e serviços sustentáveis

Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação da Amazônia

Qualificação do capital humano

Logística e integração

Infraestrutura rural e urbana

Sustentabilidade e conservação ambiental

Fortalecimento da gestão e da governança pública

Inclusão produtiva

Bem-estar social

Caberá ao Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) definir, por meio de resolução, os atributos infralegais referentes ao PRDA relativos a ações indicativas e projetos complementares, indicadores de produto e metas, e outros atributos infralegais.

O PRDA será monitorado e avaliado pela Sudam, que acompanhará junto aos ministérios o monitoramento dos atributos do Plano Plurianual relacionados ao PRDA.

A Câmara de Políticas de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional será responsável pelo monitoramento e a articulação intragovernamental do Governo Federal, enquanto o Conselho Deliberativo da Sudam ficará responsável pelo monitoramento e a articulação interfederativa.

As fontes de recursos do PRDA serão: orçamento geral da União e dos estados amazônicos; Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO); Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA); fundos constituídos pelos governos estaduais e municipais; incentivos e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia; programas de desenvolvimento de instituições financeiras federais e estaduais; e outras fontes de recursos nacionais e internacionais.

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Entre maio e junho de 2023, foram coletadas sugestões para o PRDA 2024-2027, por meio de consulta pública que totalizou 492 participações. Os participantes foram convidados a responder perguntas objetivas e subjetivas, que foram analisadas pela Sudam e consideradas na elaboração do plano.

O Poder Executivo também formulou os planos de desenvolvimento regional do Centro-Oeste e do Nordeste para o período de 2024 a 2027.

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