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“O Brasil agora tem um leque de oportunidades para recepcionar os US$ 10 bilhões que a Arábia Saudita quer investir”, afirma Rui Costa

A oficialização do investimento deve acontecer com a chegada do presidente Lula ao país árabe nesta terça-feira

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Foto: Assessoria / Ascom da Casa Civil

Ascom da Casa CivilO ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou durante entrevista, nesta terça-feira (28), em Riad, que a Arábia Saudita e o Governo Federal vão constituir um grupo ministerial de trabalho para alavancar as oportunidades de aplicação dos US$ 10 bilhões que o país árabe quer investir no Brasil.

“Acabamos de chegar de uma reunião com fundo estatal de investimentos, que coordena outros seis fundos de investimentos aqui. Eles já anunciaram desde o encontro do presidente Lula com o príncipe herdeiro, Mohammad bin Salman, o desejo de investir esse montante no Brasil e estamos criando um grupo de trabalho de ministros , tanto do governo brasileiro quanto saudita, para materializar esses investimentos”, explicou Rui Costa.

O ministro já apontou os setores que devem captar valores, “que vão desde a área de energia, passado pelas energias renováveis, à área de segurança alimentar, produção de alimentos”.

O Novo PAC, coordenado pela Casa Civil, também deve ser destinatário de grande parte dos recursos. “A expectativa é que parte desses investimentos ocorra através de fundos de investimentos. Eles [fundos árabes] não necessariamente participam sendo majoritários nos projetos, podem participar como sócios”, afirmou o ministro ao citar o leilão de rodovias no Paraná como um exemplo desta parceria, em que o fundo árabe entrou com 20% no negócio.

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Ainda sobre a realização de parcerias, o ministro da Casa Civil revelou que a Arábia Saudita quer que empresas brasileiras desembarquem em seu território, “para produzir”, assim como querem atuar na produção de alimentos em terras brasileiras.

A comitiva do Brasil na Arábia conta com a participação do presidente FIESP, Josué Gomes, que ontem acompanhou a agenda de Rui Costa com os ministros sauditas de Transportes, Energia e Investimentos.

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Polícia Federal investiga núcleo que atuava como ponte entre Bolsonaro e influenciadores digitais alimentados pela “Abin paralela”

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Segundo a PF, o núcleo era formado por funcionários da presidência e agia como intermediário entre Jair Bolsonaro e os influenciadores ligados ao ‘gabinete do ódio’ – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom /Agencia Brasil

A quarta etapa da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira(11) pela Polícia Federal (PF) aprofundou as investigações sobre a chamada ‘Abin paralela’ do governo Jair Bolsonaro (PL), revelando uma conexão direta entre a presidência da República e propagadores de desinformação.

As fases anteriores da operação já haviam identificado cinco núcleos operacionais dentro dessa estrutura clandestina. A quarta fase, segundo o jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou um novo grupo composto por funcionários da presidência, que agiam como intermediários entre Bolsonaro e os influenciadores digitais ligados ao chamado ‘gabinete do ódio’, para disseminação de fake news de forma coordenada.

Segundo a PF, essas atividades clandestinas eram conduzidas por servidores públicos lotados na Presidência, integrando um esquema de desinformação estruturado em três níveis: a ‘estrutura paralela’, as milícias digitais e a ‘Presidência da República’. De acordo com a reportagem, os principais membros do ‘núcleo Presidência da República’ eram ex-servidores do Palácio do Planalto que mantinham contato direto com Bolsonaro e os núcleos de desinformação.

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Entre os integrantes deste grupo estão o analista político legislativo Daniel Ribeiro Lemos; José Matheus Sales Gomes, ex-assessor do vereador Carlos Bolsonaro, que foi contratado pelo delegado da PF e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, quando este se tornou deputado federal; e Mateus Sposito, ex-servidor da Secretaria de Comunicação da Presidência.

Sposito, preso nesta quinta-feira, era responsável pela ligação entre Bolsonaro e um dos principais propagadores de desinformação investigados, o influenciador Richards Dyer Pozzer. Pozzer, que já havia sido indiciado pela CPI da Covid por disseminação de fake news, também foi preso na quarta fase da operação Última Milha.

Ainda conforme a reportagem, os investigadores encontraram diálogos em que Sposito instruía Pozzer a enviar arquivos para canais que fariam chegar a informação ao senador Flávio Bolsonaro PL-RJ) e a Alexandre Ramagem, visando a identificação de opositores e críticos do governo Bolsonaro. Em uma dessas conversas, Sposito mencionou “investigações” em andamento na “PR” (Presidência da República).

A PF revelou que Pozzer ganhou influência no grupo após conquistar a confiança do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e ser abastecido com dossiês elaborados por Giancarlo Rodrigues por meio da “Abin paralela” e que eram distribuídos sob o perfil falso ‘Verdades’. Além de Pozzer, Rogério Beraldo de Almeida foi identificado como outro propagador de fake news, sendo também alimentado por informações coletadas por Giancarlo

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Diálogos entre Giancarlo e o policial federal ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, principais investigados no escândalo da Abin Paralela no governo Bolsonaro, revelaram a participação ativa dos servidores da Presidência.

“Em diálogo sobre uma das ações clandestinas identificadas pela PF, contra agências de checagem, Giancarlo afirma: ‘Vou levantar geral primeiro, senão vão excluir as contas com viés left. Já tem até jornal para publicar e o cara da Presidência disse que vai tentar levar ao PR para ele falar na live’. Segundo a Polícia Federal, a interlocução indica ‘que os produtos ilícitos da estrutura paralela infiltrada na Abin eram destinados para uso e benefício do núcleo-político, neste caso concreto com referência expressa ao então presidente da República Jair Bolsonaro’”, destaca um trecho da reportagem.

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