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Jorge Viana: Viagem de Lula à Arábia Saudita, encontro empresarial organizado pela ApexBrasil promete negócios a curto prazo

O Fórum Empresarial Arábia Saudita-Brasil foi promovido pela ApexBrasil, em parceria com o Ministério de Investimentos da Arábia Saudita. Com mais de 250 participantes, a delegação multisetorial deve contribuir para expandir o comércio e investimentos bilaterais

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Assessoria – Ao abrir o Fórum Empresarial Arábia Saudita-Brasil, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em conjunto com o Ministério de Investimentos da Arábia Saudita, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou o potencial da parceria bilateral e disse que o grande desafio da missão liderada pelo presidente Lula naquele país é trabalhar para ampliar o fluxo de comércio bilateral. Viana lembrou que Lula foi o primeiro presidente do Brasil a visitar a Arábia Saudita, em 2009, e que desde então esse  fluxo permanece praticamente o mesmo. “São cerca de US$ 5 bilhões nos últimos anos, mas é um número conquistado há 12 anos. O desafio dessa missão é ampliar isso”, afirmou. De acordo com ele, a diplomacia presidencial, resgatada pelo presidente Lula, é o melhor caminho para a abertura de mercados e de ampliação de negócios para o Brasil. 

“Nós estamos falando de um país (Arábia Saudita) que tem um dos maiores fundos soberanos para investimento no mundo, e estamos falando do nosso país, que tem talvez as maiores e melhores oportunidades para receber investimentos. Não é à toa que neste ano difícil, em que o volume de investimentos mundial caiu 30%, o Brasil que era o quinto destino de investimentos passou para segundo, atrás apenas dos Estados Unidos”, disse Viana, ao discursar no evento, que teve a participação do presidente Lula. 

A viagem do presidente à Arábia Saudita, primeira escala de sua viagem à CPO 28, faz parte do plano do governo federal de expandir os laços estratégicos entre o Brasil e o país árabe. A missão compõe também uma série eventos empresariais  organizadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para destinos estratégicos pelo mundo. Na Arábia Saudita, o encontro foi realizado em parceria com o Ministério de Investimentos do país. 

Durante o evento, Lula teve a oportunidade de conversar diretamente com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Bin Salman, e reforçou a parceria dos dois países nos BRICS e no G20. Além disso, o presidente convidou o líder saudita para uma visita oficial ao Brasil durante a COP 30, em Belém, em 2025.

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“Nós estamos viajando na tentativa de construir parcerias. Não é apenas sobre quanto o fundo da Arábia Saudita pode investir no Brasil, mas também o quanto os empresários brasileiros podem investir na Arábia Saudita. É essa troca e esse novo modo de fazer política externa que pode mudar a face do comércio mundial”, destacou o presidente. 

A delegação organizada pela ApexBrasil foi composta por 250 altos executivos e diversas autoridades de governo, tanto brasileiros como sauditas. O setor empresarial foi representado pelos CEOs de grandes companhias, como BRF – Brasil Foods S.A, Friboi (JBS), Minerva, Bom Futuro, Embraer, Vale, WEG Equipamentos Elétricos S.A, Banco BTG Pactual, Pátria Investimentos e XP Investimentos. 

O formato do Fórum permitiu que todos os empresários pudessem apresentar seus negócios, abrindo amplos diálogos entre as partes dos dois países. “Todo mundo sai daqui com a certeza de que as relações comerciais vão se abrir e se intensificar. Vemos muitas possibilidades na área de agricultura, em que o Brasil já é muito consolidado, mas também na área de logística, na área de industrialização dos dois países, com trocas de parcerias e tecnologias”, explica Tatiana Riera, chefe do Escritório da ApexBrasil em Dubai. 

A delegação brasileira governamental incluiu, além do Presidente da República e do presidente da ApexBrasil, os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Fernando Haddad, da Fazenda, Sílvio Costa, dos Portos e Aeroportos, Carlos Fávaro, da Agricultura e pecuária, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, além de Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, Aloízio Mercadante, presidente do BNDES, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal. 

Relação bilateral

A realização deste Fórum dá continuidade à soma de esforços da ApexBrasil e do governo do presidente Lula para estreitar as relações entre os dois países com vistas à abertura de novos mercados. 

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Em 2023, as relações econômicas e de negócios ganharam novos e promissores rumos. O Fórum de Investimentos Brasil-Arábia Saudita, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Invest Saudi – agência saudita de investimentos, recebeu mais de 100 empresários e autoridades sauditas, propiciando a retomada das negociações entre os países. Já em setembro, durante encontro da Cúpula do G20 na Índia, o presidente Lula se reuniu com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, selando o interesse mútuo na ampliação de negócios. 

Atualmente, a Arábia Saudita é o principal parceiro comercial do Brasil no Oriente Médio, com corrente de comércio de US$ 8,2 bilhões em 2022. Com um Produto Interno Bruto de US$ 1,1 trilhão, o país tem a maior economia do Oriente Médio e a 17ª do mundo. 

A entrada no BRICS, os investimentos do governo previstos no Plano Visão 2030 e as reformas sociais que vêm sendo estimuladas pelo príncipe-herdeiro deverão criar novas oportunidades que impactarão a expansão da economia. Em 2022, a Arábia Saudita apresentou crescimento entre 7% e 8%, destaque entre as maiores economias do mundo. 

Segundo o governo saudita, a diversificação é objetivo central no planejamento do país, tendo em vista a sua alta dependência da indústria de Petróleo e Gás, a qual enfrenta desafios frente à emergência de energias renováveis, fundamentais para a transição energética e climática do planeta. A busca pela diversificação econômica, a inflação moderada e as taxas de juros em queda impulsionam o consumo, criando crescente demanda por produtos internacionais. Ademais, o PIF, fundo soberano da Arábia Saudita, tem ativos de mais de US$ 700 bilhões espalhados pelo mundo e busca investimentos seguros e rentáveis.

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Polícia Federal investiga núcleo que atuava como ponte entre Bolsonaro e influenciadores digitais alimentados pela “Abin paralela”

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Segundo a PF, o núcleo era formado por funcionários da presidência e agia como intermediário entre Jair Bolsonaro e os influenciadores ligados ao ‘gabinete do ódio’ – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom /Agencia Brasil

A quarta etapa da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira(11) pela Polícia Federal (PF) aprofundou as investigações sobre a chamada ‘Abin paralela’ do governo Jair Bolsonaro (PL), revelando uma conexão direta entre a presidência da República e propagadores de desinformação.

As fases anteriores da operação já haviam identificado cinco núcleos operacionais dentro dessa estrutura clandestina. A quarta fase, segundo o jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou um novo grupo composto por funcionários da presidência, que agiam como intermediários entre Bolsonaro e os influenciadores digitais ligados ao chamado ‘gabinete do ódio’, para disseminação de fake news de forma coordenada.

Segundo a PF, essas atividades clandestinas eram conduzidas por servidores públicos lotados na Presidência, integrando um esquema de desinformação estruturado em três níveis: a ‘estrutura paralela’, as milícias digitais e a ‘Presidência da República’. De acordo com a reportagem, os principais membros do ‘núcleo Presidência da República’ eram ex-servidores do Palácio do Planalto que mantinham contato direto com Bolsonaro e os núcleos de desinformação.

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Entre os integrantes deste grupo estão o analista político legislativo Daniel Ribeiro Lemos; José Matheus Sales Gomes, ex-assessor do vereador Carlos Bolsonaro, que foi contratado pelo delegado da PF e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, quando este se tornou deputado federal; e Mateus Sposito, ex-servidor da Secretaria de Comunicação da Presidência.

Sposito, preso nesta quinta-feira, era responsável pela ligação entre Bolsonaro e um dos principais propagadores de desinformação investigados, o influenciador Richards Dyer Pozzer. Pozzer, que já havia sido indiciado pela CPI da Covid por disseminação de fake news, também foi preso na quarta fase da operação Última Milha.

Ainda conforme a reportagem, os investigadores encontraram diálogos em que Sposito instruía Pozzer a enviar arquivos para canais que fariam chegar a informação ao senador Flávio Bolsonaro PL-RJ) e a Alexandre Ramagem, visando a identificação de opositores e críticos do governo Bolsonaro. Em uma dessas conversas, Sposito mencionou “investigações” em andamento na “PR” (Presidência da República).

A PF revelou que Pozzer ganhou influência no grupo após conquistar a confiança do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e ser abastecido com dossiês elaborados por Giancarlo Rodrigues por meio da “Abin paralela” e que eram distribuídos sob o perfil falso ‘Verdades’. Além de Pozzer, Rogério Beraldo de Almeida foi identificado como outro propagador de fake news, sendo também alimentado por informações coletadas por Giancarlo

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Diálogos entre Giancarlo e o policial federal ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, principais investigados no escândalo da Abin Paralela no governo Bolsonaro, revelaram a participação ativa dos servidores da Presidência.

“Em diálogo sobre uma das ações clandestinas identificadas pela PF, contra agências de checagem, Giancarlo afirma: ‘Vou levantar geral primeiro, senão vão excluir as contas com viés left. Já tem até jornal para publicar e o cara da Presidência disse que vai tentar levar ao PR para ele falar na live’. Segundo a Polícia Federal, a interlocução indica ‘que os produtos ilícitos da estrutura paralela infiltrada na Abin eram destinados para uso e benefício do núcleo-político, neste caso concreto com referência expressa ao então presidente da República Jair Bolsonaro’”, destaca um trecho da reportagem.

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