Polícia
PF diz que irmãos presos na Espanha por suposta ligação com Estado Islâmico eram recrutadores no Brasil
Os dois irmãos brasileiros presos vinham sendo monitorados pela PF há anos. A polícia brasileira não participou da tomada de depoimento dos dois irmãos após a prisão, segundo a fonte.
Polícia
Polícia Federal – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Um investigador da Polícia Federal disse à agência Reuters que os dois irmãos brasileiros que foram presos na segunda-feira pela Guarda Civil da Espanha em uma cidade da província de Málaga por suspeita de ligações com o Estado Islâmico eram considerados recrutadores de pessoas no Brasil para o grupo. A ação envolveu a Guarda Civil espanhola, a Polícia Federal do Brasil, o FBI e a Agência da União Europeia de Cooperação Policial (Europol).
Reuters – O investigador, que falou nesta terça-feira sob condição de anonimato, afirmou que há suspeitas de que Thaylan Padilha Palomanes e Thaunay Padilha Palomanes tenham ligações com um brasileiro que foi preso em 11 de junho no momento do embarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para fazer uma viagem ao exterior supostamente a fim de se juntar ao Estado Islâmico.
Na ocasião, por ordem judicial, a PF também realizou buscas e apreensões em São José dos Campos (SP) e Barbacena (MG), em uma investigação que apurava a conduta de brasileiros que integrariam e promoveriam o Estado Islâmico.
“Os irmãos Palomanes são considerados pela PF radicalizadores e recrutadores para o Estado Islâmico”, disse o investigador.
Os dois irmãos presos esta semana vinham sendo monitorados pela PF há anos, de acordo com a fonte da corporação, que citou que ambos passaram por um processo de radicalização pela redes sociais.
A PF monitorou a movimentação dos dois irmãos em solo europeu. O último movimento migratório de Thaunay foi de saída do Brasil em 22 de outubro do ano passado, em um voo de Guarulhos para a cidade do Porto, em Portugal.
Ele teria morado por um período na Holanda antes de se juntar a seu irmão Thaylan em Estepona, uma cidade costeira de cerca de 70 mil habitantes em Málaga, segundo informações da Guarda Civil espanhola compartilhadas com autoridades policiais brasileiras. Uma segunda fonte da PF informou que há pelo menos um ano os dois viviam em Málaga.
O Ministério do Interior da Espanha afirmou em nota sobre a prisão dos irmãos, que não foram nomeados pelo órgão, que os dois “estariam alegadamente imersos num processo de radicalização e utilizaram plataformas de mensagens instantâneas encriptadas para mostrar o seu apoio ativo à organização terrorista Daesh”, o nome do Estado Islâmico em árabe.
“Ambos consumiram e divulgaram material de propaganda multimídia do Daesh através dos seus perfis online. Entre esse material estavam atividades terroristas realizadas em diversos locais, manuais de preparo de explosivos e envenenamento, segurança cibernética, hacking, além de documentos que justificam a violência da execução de ações suicidas”, detalhou o comunicado.
O FBI também colaborou com a Guarda Civil “para detectar, identificar e neutralizar os dois irmãos de origem brasileira radicados na Espanha”.
Também envolvida na investigação do caso, a Europol, agência de polícia da Europa, encontrou “ligações internacionais importantes com indivíduos detidos ou investigados em países europeus pelas suas ligações à ameaça jihadista”, afirmou.
A prisão dos dois irmãos ocorre poucos dias depois de a Polícia Federal brasileira, em cooperação com a agência de espionagem israelense Mossad, desmontar uma suposta célula do Hezbollah que tentava se estabelecer no país.
A polícia brasileira não participou da tomada de depoimento dos dois irmãos após a prisão, segundo a fonte.
Passado – Em 2014, Thaylan Padilha Palomanes e outro irmão dele, Thauann Padilha Palomanes, tiveram prisão decretada no Brasil por um caso de homicídio no Rio de Janeiro, mas foram absolvidos ao final do processo pela Justiça, conforme a primeira fonte da PF ouvida pela Reuters.
Thaylan e Thauann foram acusados pela morte do iraniano Millad Mille Hosseini Ballaai em junho de 2014.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil do Rio à época, reproduzidas pelo jornal Extra, os irmãos, oriundos de São Paulo, trabalhavam na cozinha de uma pousada do iraniano em troca de hospedagem. Dias antes do crime, eles foram detidos por vender drogas na pousada. Eles foram considerados na ocasião foragidos.
Em 2018, Thaylan foi extraditado pela Justiça portuguesa para o Brasil em decorrência do processo aberto pelo homicídio do iraniano. Os dois, entretanto, foram considerados inocentes ao fim do processo judicial, conforme a fonte.
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Polícia
Irmão que matou PM após discussão durante festa de família o tinha como figura paterna e está abalado, diz defesa
Soldado Tiago White e a arma usada pelo irmão para matá-lo, em Uruaçu, Goiás – Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
O homem que matou o irmão, o policial Tiago White, o tinha como uma figura paterna e está abalado, segundo o advogado de defesa. O crime aconteceu após uma reunião de família onde o PM comemorava seu aniversário e a aprovação em um curso da corporação, conforme revelou a investigação.
“Foi uma tragédia após uma festa de família. Porém, não reflete a personalidade e o comportamento do acusado. Ele tinha no irmão a segurança de uma figura paterna. Eram bastante ligados”, detalhou o advogado Martiniano Neto.
O crime ocorreu em Uruaçu, no norte de Goiás. O suspeito passou por audiência de custódia e a Justiça manteve sua prisão. O delegado Sandro Costa explicou que os irmãos estavam reunidos com a família e discutiram. Durante a briga, o PM começou a agredir o irmão, que pegou a arma e matou o militar, conforme indicou a investigação.
À PM, o irmão de Tiago admitiu que utilizou a arma institucional do soldado, que estava guardada no quarto dele, para atingi-lo com os disparos.
Audiência de custódia
O advogado Martiniano Neto informou que pediu um habeas corpus após a prisão de seu cliente ser mantida pela Justiça. O processo da audiência de custódia detalhou que o suspeito pegou a arma porque sabia onde ela estava.
“Aproveitando-se da familiaridade com o ambiente, ele [o suspeito] teria conhecimento sobre o local onde a vítima guardava sua arma de fogo, de propriedade da Polícia Militar de Goiás. Ato contínuo, o flagrado disparou dois tiros contra a vítima – um atingindo a mão e outro a região abdominal, conforme relatório de evolução médica”, detalhou o documento da audiência de custódia. (Veja mais no G1 Globo)
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