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Jean Paul Prates celebra início das operações na Margem Equatorial, mas defende ação no Amapá

“A busca de novas reservas e os investimentos exploratórios na Margem Equatorial não são contraditórios em relação à transição energética”, destacou ainda o presidente da Petrobrás

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Brasil 247 – O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, celebrou pelo X, antigo Twitter, em uma longa postagem, a autorização do Ibama para que a empresa inicie uma campanha exploratória da Margem Equatorial Brasileira, que consiste em 16 poços exploratórios – para buscar novas reservas de petróleo – a serem perfurados entre 2023 e 2027.

Prates salientou que a licença do Ibama para a perfuração dos poços vem após a Petrobrás realizar, por exigência do órgão ambiental, um teste bem-sucedido de controle de um possível vazamento. “Há algumas semanas, o órgão ambiental federal autorizou a Petrobrás a realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO) – uma espécie de ‘simuladão’ de ocorrência de um vazamento para atestar em detalhe cada procedimento de combate/remediação – para a perfuração do poço de Pitu Oeste, na costa do Ceará e do RN, da Bacia Potiguar. A Petrobrás realizou os testes com pleno êxito na semana retrasada”.

Por outro lado, o presidente da companhia ressaltou que a prioridade da Petrobrás sempre foi explorar as bacias FZA (Foz do Amazonas), PAMA (Pará-Maranhão), BAR (Barreirinhas) e POT (Potiguar), “nesta ordem”. A primeira a ser liberada, no entanto, foi a última na lista de prioridades da Petrobrás, “região em que há mais estudos, atividades e experiência operacional”. A Bacia Potiguar, segundo Prates, “possui sete poços produzindo petróleo e gás, 437 poços marítimos já perfurados pela Petrobrás historicamente, além de mais de 8680 poços em terra”.

Com a liberação da Bacia Potiguar, a Petrobrás espera, de acordo com o presidente, obter em breve licenças para iniciar campanhas exploratórias de outras bacias. “Cabe destacar que a realização e o sucesso desta APO é um marco muito importante não apenas para a Bacia Potiguar, mas para toda a Margem Equatorial brasileira, e foi uma oportunidade da Petrobrás demonstrar, mais uma vez, a sua capacidade de implementar uma resposta robusta na eventualidade da ocorrência de um vazamento de grandes proporções. É diante do êxito dessa simulação técnica e operacional que estamos otimistas quanto à obtenção, nesta próxima semana, da licença para perfurar Pitu Oeste e, concomitantemente, prosseguir com a finalização bem sucedida do processo processo de licenciamento no Amapá”.

Prates ainda destacou que “a busca de novas reservas e os investimentos exploratórios na Margem Equatorial Brasileira não são contraditórios em relação à Transição Energética em curso tanto na Petrobrás quanto no mundo.  Ela representa um potencial de investimentos de US$ 21 bilhões (mais de R$ 100 bilhões) na região, geração de quase 500 mil empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 160 bilhões em receitas governamentais (União, Estados e Municipios) nos próximos cinco anos. Isso é injetar recursos na economia local que, se bem administrados, garantirão a organização da economia circular da floresta em pé, o desenvolvimento da infraestrutura em harmonia com a natureza e o bem estar dos povos da Amazônia”.

Com a liberação da Bacia Potiguar, a Petrobrás espera, de acordo com o presidente, obter em breve licenças para iniciar campanhas exploratórias de outras bacias. “Cabe destacar que a realização e o sucesso desta APO é um marco muito importante não apenas para a Bacia Potiguar, mas para toda a Margem Equatorial brasileira, e foi uma oportunidade da Petrobrás demonstrar, mais uma vez, a sua capacidade de implementar uma resposta robusta na eventualidade da ocorrência de um vazamento de grandes proporções. É diante do êxito dessa simulação técnica e operacional que estamos otimistas quanto à obtenção, nesta próxima semana, da licença para perfurar Pitu Oeste e, concomitantemente, prosseguir com a finalização bem sucedida do processo processo de licenciamento no Amapá”.

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Prates ainda destacou que “a busca de novas reservas e os investimentos exploratórios na Margem Equatorial Brasileira não são contraditórios em relação à Transição Energética em curso tanto na Petrobrás quanto no mundo.  Ela representa um potencial de investimentos de US$ 21 bilhões (mais de R$ 100 bilhões) na região, geração de quase 500 mil empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 160 bilhões em receitas governamentais (União, Estados e Municipios) nos próximos cinco anos. Isso é injetar recursos na economia local que, se bem administrados, garantirão a organização da economia circular da floresta em pé, o desenvolvimento da infraestrutura em harmonia com a natureza e o bem estar dos povos da Amazônia”.

A campanha exploratória da Petrobrás para a Margem Equatorial Brasileira consiste de um total de 16 poços exploratórios (busca de novas reservas) a serem perfurados entre 2023-2027. Um investimento estimado em 15 bilhões de reais (3 bilhões de dólares). As bacias sedimentares onde a Petrobrás possui blocos exploratórios a perfurar são: FZA Foz do Amazonas), PAMA (Pará-Maranhão), BAR (Barreirinhas) e POT (Potiguar). 

O pedido de reconsideração apresentado pela Petrobrás ante a primeira negativa do IBAMA foi feito em 25/05. A sonda foi retirada na semana seguinte, após advertência de órgãos controladores e acionistas. 

Ofícios de 11, 14 e 20 de julho, e de 22 de agosto, 1 e 18 de setembro registram a manutenção da prioridade em licenciar o FZA-M-59 prioritariamente. 

Ao que parece, IBAMA e MMA optaram por começar a licenciar a possibilidade de perfuração marítima em águas profundas da Margem Equatorial pela região em que há mais estudos, atividades e experiência operacional: a Bacia Potiguar (costa do Ceará e do RN) possui 7 poços produzindo petróleo e gás, 437 poços marítimos já perfurados pela Petrobrás historicamente, além de mais de 8680 poços em terra.

A prioridade da Petrobrás sempre foi FZA, POT e BAR – nesta ordem. Os pedidos de licença iniciais foram apresentados em abril do ano passado. Decorrido um ano, e diante da negativa preliminar da licença do poço no setor Amapá Águas Profundas da FZA e das discussões acerca da dispensa de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), recentemente superada por parecer da AGU que considerou inaplicável a retroatividade da impossibilidade de operar no bloco já licitado, o IBAMA segue analisando o pedido de reconsideração em interação regular com MMA e MME e Casa Civil. A Petrobrás já cumpriu todas as novas exigências e requerimentos colocados pelo IBAMA em seu parecer mais recente sobre o caso.

Em 6 de junho, o navio-sonda de perfuração NS-42 foi deslocado temporariamente para a Bacia de Campos para executar serviços de curta duração, enquanto se aguarda o pronunciamento do IBAMA a respeito da fila de licenças solicitadas para a Margem Equatorial. Os altos e injustificáveis custos de se mantê-la parada forçaram esta decisão. 

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O pedido de reconsideração apresentado pela Petrobrás ante a primeira negativa do IBAMA foi feito em 25/05. Ofícios de 11, 14 e 20 de julho, e de 22 de agosto, 1 e 18 de setembro registram a manutenção da prioridade em licenciar o poço FZA-M-59.

Há algumas semanas, o órgão ambiental federal autorizou a Petrobrás a realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO) – uma espécie de “simuladão” de ocorrência de um vazamento para atestar em detalhe cada procedimento de combate/remediação – para a perfuração do poço de Pitu Oeste, na costa do Ceará e do RN, da Bacia Potiguar. A Petrobrás realizou os testes com pleno êxito na semana retrasada.

Foram mais de 1.000 pessoas envolvidas (pessoal próprio, terceirizado, e frentes de atuação local), incluindo mais de 30 forças-tarefa atuando no mar e nas praias, 150 empregados no Posto de Comando central no EDISEN, 50 empregados no Posto de Comando local em Fortim-CE, 400 agentes ambientais e profissionais de fauna, além de pessoal da Transpetro, da UN-RNCE e de 13 CDAs espalhados pelo Brasil. 

Tivemos a participação de 34 gerências executivas da companhia e de quase todas as diretorias. Em termos de recursos físicos, foram cerca de 60 embarcações, 70 veículos terrestres, 5 ambulâncias e 4 aeronaves (sendo 2 para resgate aeromédico). Conseguimos também viabilizar, com o uso de drones, o acompanhamento em tempo real das ações em campo.

Cabe destacar que a realização e o sucesso desta APO é um marco muito importante não apenas para a Bacia Potiguar, mas para toda a Margem Equatorial brasileira, e foi uma oportunidade da Petrobrás demonstrar, mais uma vez, a sua capacidade de implementar uma resposta robusta na eventualidade da ocorrência de um vazamento de grandes proporções. 

É diante do êxito dessa simulação técnica e operacional que estamos otimistas quanto à obtenção, nesta próxima semana, da licença para perfurar Pitu Oeste e, concomitantemente, prosseguir com a finalização bem sucedida do processo processo de licenciamento no Amapá.

Para regressar ao litoral do Nordeste, a sonda deve passar por uma limpeza do casco também exigida pelas condições e regulações ambientais. 

Essa perfuração em águas profundas da Margem Equatorial deve durar de 4 a 5 meses. Caso o IBAMA ainda autorize a realização de similar APO na Bacia da Foz, a Petrobrás deverá conduzi-la imediatamente, com vistas à obtenção da licença também no Amapá.

A busca de novas reservas e os investimentos exploratórios na Margem Equatorial Brasileira não são contraditórios em relação à Transição Energética em curso tanto na Petrobrás quanto no mundo. 

Ela representa um potencial de investimentos de 21 bilhões de dólares (mais de 100 bilhões de reais) na região, geração de quase 500 mil empregos diretos e indiretos e cerca de 160 bilhões de reais em receitas governamentais (União, Estados e Municipios) nos próximos cinco anos. 

Isso é injetar recursos na economia local que, se bem administrados, garantirão a organização da economia circular da floresta em pé, o desenvolvimento da infraestrutura em harmonia com a natureza e o bem estar dos povos da Amazônia.

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Safra agrícola brasileira de cereais deve aumentar entre 8% e 10% em 2025, segundo Conab e IBGE

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Com aumento na soja (15,4% ou 22,3 milhões de toneladas), safra de 2025 deve ter alta de 10,2%, segundo IBGE – Foto: Gilson Abreu AEN/PR

(IBGE) – A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025 deve somar 322,6 milhões de toneladas, uma alta de 10,2% em relação a 2024, com 29,9 milhões de tonelada a mais, de acordo com o 3º prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE.

O acréscimo da produção deve-se à maior estimativa prevista, principalmente, para a soja (15,4% ou 22.347.519 t), para o milho 1ª safra (9,3% ou 2.124.233 t), para o milho 2ª safra (4,1% ou 3.736.047 t), para o arroz (8,1% ou 856.065 t), para o trigo (4,8% ou 360.657 t) e para o feijão 1ª safra (30,9% ou 276.071 t). O algodão herbáceo em caroço foi estimado com estabilidade na produção (0,0% ou 2.354 t), enquanto para o sorgo foi estimado um declínio de 3,2% ou -127.668 t.

Em relação à área prevista, devem ter aumentos o feijão 1ª safra (6,3%), o arroz (5,8%), a soja (2,7%), o algodão herbáceo em caroço (1,6%) e o milho 2ª safra (1,2%). Por outro lado, deve haver queda na área do milho 1ª safra (-1,6%), do sorgo (-1,0%) e do trigo (-2,8%).

A Conab também divulgou projeção nesta terça-feira. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, os agricultores brasileiros deverão colher 322,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25. O resultado equivale a um crescimento de 8,2% frente à produção da safra anterior, ou seja, 24,5 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. A nova estimativa mantém a previsão de recorde na produção na série histórica, caso o resultado se confirme. O bom desempenho acompanha o clima favorável registrado durante o desenvolvimento das culturas de primeira safra. Aliado a isso, a área total semeada está estimada em 81,4 milhões de hectares e deve crescer 1,8% quando comparada com o ciclo 2023/24. Os dados foram divulgados pela Companhia nesta terça-feira (14), durante o anúncio do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

Soja puxa projeções

“Esse crescimento se deve à recuperação da safra de soja, que passou por muitos problemas em 2024. Isso se soma às condições climáticas favoráveis às lavouras na maior parte do Brasil, mesmo com atraso no início do plantio. Os produtores conseguiram recuperar este atraso, utilizando-se de alta tecnologia. Tem chovido de forma satisfatória na maioria das regiões produtoras, o que beneficia as lavouras que estão em campo, como a soja e o milho de 1ª safra”, destacou Carlos Guedes, gerente de agricultura do IBGE.

Em relação ao 2º prognóstico, o crescimento foi de 2,5%, o que representou mais 7,8 milhões de toneladas.

Outras culturas também têm boa perspectiva

A Conab, igualmente, tem perspectiva positiva para a soja: uma produção de 166,33 milhões de toneladas, 18,61 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior. Após um ano de quebra na safra, o atual ciclo tende a recuperar a produtividade média das lavouras. Para esta temporada, é esperado um desempenho médio de 3.509 quilos por hectare, frente a 3.201 kg/ha registrado em 2023/24. O plantio da oleaginosa ocorreu de forma concentrada, principalmente, a partir do final de outubro. Com isso, a colheita também deve ocorrer, em sua maior parte, a partir do final de janeiro. As condições climáticas, no período analisado, vêm favorecendo a cultura até o momento, mas a Conab ainda mantém as atenções para os efeitos do comportamento climático até a finalização dos trabalhos de colheita do grão.

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A Conab faz previsão sobre outras culturas importantes. Com o segundo maior volume de produção, o milho deve registrar uma colheita total de 119,6 milhões de toneladas em 2024/25, 3,3% acima da temporada anterior. Para a primeira safra do cereal é esperada uma redução de 6,4% na área semeada. Por outro lado, a produtividade média deve crescer 4,8%, chegando a 6.062 quilos por hectare. As precipitações frequentes, intercaladas com períodos de sol, favoreceram o desenvolvimento da cultura nas principais regiões produtoras. Com isso, é esperada uma colheita de 22,53 milhões de toneladas. Já os plantios da segunda e terceira safras do grão têm início a partir deste mês e abril, respectivamente.

No caso do arroz, a semeadura para o ciclo 2024/25 ultrapassa 90% da área total prevista para esta safra nas principais áreas produtoras do país, estimada em 1,75 milhão de hectares, o que representa um crescimento de 8,5%. Além da maior área semeada, a Conab também espera uma recuperação nas produtividades médias das lavouras no país, saindo de 6.584 quilos por hectare para 6.869 kg/ha. Essa combinação de fatores leva a expectativa de um incremento de 13,2% na produção, estimada em 11,99 milhões de toneladas.

Importante dupla do arroz no prato dos brasileiros, a produção total de feijão também deve registrar crescimento de 4,9%, sendo estimada em 3,4 milhões de toneladas, a segunda maior safra dos últimos 15 anos, perdendo apenas para a temporada 2013/14. O resultado acompanha tanto o incremento de área como de produtividade. Apenas na primeira safra da leguminosa, a colheita tende a apresentar uma elevação de 15,5%, estimada em pouco mais de 1 milhão de toneladas. A colheita deste primeiro ciclo da cultura está em andamento, com 19,4% concluída na primeira semana de janeiro.

Para o algodão, a Conab prevê um crescimento de 3,2% na área a ser semeada, quando comparada com a última safra, sendo estimada em 2 milhões de hectares. Já a perspectiva é de uma produção de pluma em 3,7 milhões de toneladas, figurando entre as maiores já registradas na série histórica caso o resultado se confirme. Já no caso das culturas de inverno, a colheita da safra 2024 está encerrada. Para o trigo, principal produto cultivado, a produção foi estimada em 7,89 milhões de toneladas, 2,6% abaixo da colhida na safra de 2023. Essa queda foi ocasionada, principalmente, pela redução de 14,2% na área de plantio nos estados da região Sul, aliada ao comportamento climático desfavorável durante todo o ciclo da cultura no Paraná e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Mercado, segundo a Conab

Com a quebra de safra de soja verificada no ciclo 2023/24, as exportações da oleaginosa no ano passado atingiram 98,6 milhões de toneladas. Para o farelo, foram comercializadas no mercado externo 22,9 milhões de toneladas e para o óleo 1,35 milhão de toneladas. Já com a recuperação na colheita da soja para este ciclo, a Conab também prevê um aumento nos embarques neste ano. Para a safra 2024/25, as vendas internacionais do grão devem atingir 105,47 milhões de toneladas. As exportações de farelo foram mantidas em 22 milhões de toneladas, e as de óleo em 1,4 milhão de toneladas.

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No milho, a Companhia realizou um ajuste nas exportações do cereal na safra 2023/24, agora estimadas em 38,5 milhões de toneladas. Com um consumo projetado próximo a 83,57 milhões de toneladas, a expectativa é que o estoque final do produto se estabeleça em torno de 2,5 milhões de toneladas. Para a temporada 2024/25, as vendas para o mercado externo estão estimadas em 34 milhões de toneladas, enquanto que o consumo tende a ficar em 86,4 milhões de toneladas. Com o aumento na produção, os estoques tendem a registrar recuperação e fechar em 3,5 milhões de toneladas no final do atual ciclo, garantindo o abastecimento interno, sobretudo do setor de proteína animal.

Para o arroz, o consumo foi atualizado para 10,5 milhões de toneladas, valor próximo da média de consumo dos últimos 5 anos do setor orizícola. Sobre a balança comercial do produto na safra 2023/24, com os preços internos operando acima das paridades de exportação, na maior parte do período de comercialização, aliado à menor disponibilidade interna e a recomposição produtiva norte-americana, a projeção é de redução dos volumes exportados para 1,5 milhão de toneladas pelo Brasil. Já para a safra 2024/25, em meio à projeção de recuperação produtiva e arrefecimento dos preços para o próximo ano, estima-se um aumento das exportações de arroz brasileiro para 2 milhões de toneladas. Mesmo com a alta nos volumes embarcados, o estoque final no ciclo 2024/25 deve registrar recuperação e estar próximo a 1,28 milhão de toneladas no final de fevereiro de 2026.

IBGE confirma a quebra da safra em 2024

A 12ª estimativa para a safra de 2024 revelou uma produção de 292,7 milhões de toneladas, 7,2% menor que a obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas), declínio de 22,7 milhões de toneladas.

A área a ser colhida foi de 79,0 milhões de hectares, apresentando crescimento de 1,6% frente a 2023, com aumento de 1,6 milhão de hectares. Em relação à estimativa de novembro, a área a ser colhida teve declínio de 68.942 hectares (-0,1%).

Para a soja, a estimativa de produção foi de 144,9 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 114,7 milhões de toneladas (22,9 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,6 milhões de toneladas; a do trigo, em 7,5 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço), em 8,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,0 milhões de toneladas.

Em relação à safra de 2023, houve acréscimos de 14,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 3,0% para o arroz; de 5,0% para o feijão, e decréscimos de 4,6% para a soja; de 12,5% para o milho (reduções de 17,4% no milho de 1ª safra e de 11,2% no milho de 2ª safra), de 2,9% para o trigo e de 7,5% para o sorgo.

“Houve um atraso no plantio da soja por problemas climáticos, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul. Houve um excesso de chuvas no Sul do país, como as enchentes no Rio Grande do Sul, que destruíram algumas lavouras de arroz, soja e milho 1ª safra. Isso sem contar as altas temperaturas e poucas chuvas na 2ª safra, afetando o milho e o trigo”, explicou Carlos Guedes.

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