Presidente cobra liderança mundial e diálogo com a sociedade sobre a crise climática – Foto: Reprodução/ Canal Gov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a Cúpula do Clima em Belém com um discurso centrado na urgência ambiental e na responsabilidade coletiva diante do aquecimento global. Lula afirmou que o mundo vive uma “janela de oportunidade” para reverter a destruição do planeta, mas alertou que esse prazo está se esgotando rapidamente. Para o presidente, é indispensável que governos, organismos internacionais e a sociedade civil superem interesses imediatistas e ajam de forma coordenada.

Durante sua fala, Lula destacou que a COP 30, que começa na próxima semana, pode oferecer um “mapa” capaz de orientar o enfrentamento ao aquecimento global. Ele ressaltou que, embora a população nem sempre compreenda os termos técnicos usados nos debates climáticos, sente diretamente os impactos das mudanças do clima, como eventos extremos, enchentes e secas. Por isso, defendeu que líderes globais adotem uma linguagem acessível e se aproximem das demandas reais das populações.

O presidente também apontou a importância da Amazônia na agenda ambiental mundial, lembrando que a região abriga povos indígenas, extensas áreas de floresta e a maior bacia hidrográfica do planeta. Para Lula, sediar a COP no coração da floresta é uma oportunidade para o mundo compreender, de perto, o peso da região para o equilíbrio climático global. Ele reforçou que combater o desmatamento e acelerar a transição energética são medidas indispensáveis para evitar que o planeta ultrapasse limites irreversíveis.

Ao concluir, Lula agradeceu aos trabalhadores e trabalhadoras envolvidos na organização da cúpula e reafirmou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento baseado na justiça climática, na superação das desigualdades e na proteção da biodiversidade. Segundo ele, o Brasil pretende liderar o debate com propostas que unam sustentabilidade, inclusão social e cooperação internacional.