Região Sudeste
Relatora do TSE vota por cassar mandato de Cláudio Castro e torná-lo inelegível no Rio de Janeiro
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Caso Cláudio Castro: relatora do TSE vota por cassação e punições rígidas – Foto: Reprodução vídeo facebook
A análise das ações contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, ganhou novo peso após a ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defender a cassação do mandato e a aplicação de oito anos de inelegibilidade ao chefe do Executivo fluminense. O entendimento da relatora também alcança o vice-governador Thiago Pampolha e o deputado estadual Rodrigo Bacellar. Contudo, o julgamento foi interrompido depois que o ministro Antonio Carlos Ferreira pediu vista, adiando a continuidade do processo por tempo indeterminado.
As ações apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral e pela coligação de Marcelo Freixo apontam abuso de poder político e econômico durante a campanha de 2022. As investigações indicam uso irregular de estruturas como a Fundação Ceperj e a Uerj para fins eleitorais, incluindo contratações sem concurso, criação de programas sem previsão orçamentária e uma possível “folha de pagamento secreta” com milhares de beneficiários.
Em seu voto, a ministra Gallotti ressaltou que os elementos reunidos demonstram a gravidade das condutas atribuídas aos investigados, citando pagamentos em espécie e movimentações incompatíveis com a atuação regular da administração pública. A relatora propôs a cassação do mandato de Castro e Bacellar, a perda do diploma de Pampolha, aplicação de multas e a convocação de novas eleições no estado. As defesas, por sua vez, afirmam que o TRE-RJ já havia absolvido os acusados e que não há novas provas que sustentem a revisão da decisão.
Com o pedido de vista, o caso ficará suspenso até o retorno ao plenário do TSE. Quando o julgamento for retomado, os demais ministros definirão se acompanham ou não o voto da relatora. Caso prevaleça o entendimento de Gallotti, Cláudio Castro deixará o cargo e ficará impedido de disputar eleições pelos próximos oito anos. Caso contrário, as ações serão arquivadas.
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Países firmam em Belém uma declaração global que integra combate à fome, redução da pobreza e ação climática
Países firmam Declaração de Belém e reforçam combate à fome, pobreza e impacto climático – Foto: Aline Massuca/ COP30
Durante a Cúpula do Clima realizada em Belém, representantes de 43 países e da União Europeia oficializaram a “Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas”. O documento destaca que as mudanças climáticas já provocam efeitos severos no cotidiano de milhões de pessoas, sobretudo as mais vulneráveis, agravando desigualdades e ameaçando meios de subsistência em escala global.
A declaração reconhece que fenômenos como degradação ambiental, perda da biodiversidade, escassez hídrica e insegurança alimentar estão diretamente relacionados ao avanço das mudanças do clima. Segundo o texto, esses impactos recaem de forma desproporcional sobre populações pobres, rurais e comunidades tradicionais, afetando saúde, produção de alimentos, acesso à água e indicadores de bem-estar social.
Diante desse cenário, os países signatários reforçaram que as políticas de mitigação são essenciais, mas defenderam que a adaptação climática passe a ocupar papel prioritário nas estratégias nacionais. Entre as ações destacadas estão a ampliação de sistemas de proteção social, mecanismos de resposta rápida a desastres, programas de seguros agrícolas e iniciativas que fortaleçam a resiliência das famílias mais expostas a riscos climáticos.
O documento também enfatiza a necessidade de direcionar investimentos para projetos que promovam emprego, renda e oportunidades para pequenos agricultores, povos da floresta, pescadores artesanais e comunidades tradicionais. Essa diretriz busca garantir transições energéticas e produtivas que não deixem populações vulneráveis para trás.
Para monitorar o progresso das medidas, a declaração estabelece oito objetivos mensuráveis em áreas como proteção social, adaptação agrícola, financiamento climático, gestão de riscos e fortalecimento institucional. Entre as metas, está o compromisso de ampliar a proteção social em pelo menos 2% ao ano e aumentar o número de países com capacidade de prever e analisar vulnerabilidades climáticas de curto e longo prazos.
A assinatura da “Declaração de Belém” ocorreu na sessão final da Cúpula do Clima e é considerada estratégica por ter sido anunciada poucos dias após a primeira reunião da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, realizada em Doha. A iniciativa integra a agenda proposta pelo Brasil enquanto presidente do G20 em 2024.
Os signatários defendem ainda a ampliação do financiamento climático internacional, com foco em recursos para países em desenvolvimento. A meta global é alcançar ao menos US$ 300 bilhões anuais até 2035, com prioridade para projetos que assegurem segurança alimentar, adaptação e preservação de ecossistemas essenciais.
Ao final, os líderes reafirmaram o compromisso de revisar, até 2030, os avanços das políticas adotadas e reforçaram a necessidade de cooperação entre governos, organismos multilaterais e sociedade civil para enfrentar os impactos desiguais da crise climática e promover um desenvolvimento sustentável alinhado aos objetivos do Acordo de Paris.
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