Região Nordeste
Hugo Motta articula semana decisiva na Câmara para votar projetos que endurecem o combate às facções criminosas
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Câmara se mobiliza para acelerar projetos contra o crime organizado após megaoperação no Rio – Foto: Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados deve acelerar, já na próxima semana, a votação de dois projetos centrais na pauta da segurança pública, em meio às repercussões políticas da megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos. A iniciativa é articulada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que busca dar uma resposta rápida ao tema e, ao mesmo tempo, agradar governistas e oposição. Motta marcou reuniões para terça-feira (4) com o objetivo de definir o relator do texto enviado pelo governo federal e organizar o calendário de votações.
Entre os projetos em discussão está o PL Antifacção, elaborado pelo governo Lula (PT), que cria a figura da “organização criminosa qualificada”, com penas que podem chegar a 30 anos. A proposta ganhou prioridade no Executivo diante da retomada da segurança pública como eixo central do debate político, especialmente após a operação no Rio, usada como vitrine por governadores de direita às vésperas das eleições de 2026. Governadores como Cláudio Castro (PL) têm recebido apoio público de gestores de outros estados, que anunciaram o chamado “Consórcio da Paz”, voltado a coordenar ações conjuntas contra o crime organizado.
A expectativa é que esses governadores desembarquem em Brasília nos próximos dias para acompanhar a tramitação das propostas. Entre eles, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já adianta que vai defender mudanças no texto do governo, como equiparar crimes cometidos por facções a atos terroristas, permitir a gravação de conversas entre detentos e advogados suspeitos de ligação com facções e acabar com as “saidinhas” de presos ligados ao crime organizado. Enquanto a direita pressiona por medidas mais duras, parlamentares da base expressam preocupação com a votação simultânea de projetos considerados sensíveis.
Deputados do PT afirmam que o PL Antifacção e a PEC da Segurança devem avançar, mas rejeitam alterações na Lei Antiterrorismo, consideradas arriscadas e prejudiciais à soberania nacional. “Estão querendo votar esse projeto de forma atropelada. Mistura tudo e vira palco político”, criticou o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ). Ele argumenta que a mudança não endurece o combate ao tráfico e ainda produz efeitos colaterais contra o Estado brasileiro.
O projeto que amplia a Lei Antiterrorismo será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira. A proposta, atualmente relatada por Nikolas Ferreira (PL-MG), deve ter sua relatoria assumida por Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança do governo Tarcísio de Freitas, quando chegar ao plenário. Paralelamente, o governo trata como prioritária a PEC da Segurança, cujo relatório deve ser apresentado no dia 4 de dezembro. Com o Congresso dividido, governadores pressionando e diferentes projetos competindo por protagonismo, o debate sobre segurança pública promete dominar o cenário político nacional até 2026.
Região Nordeste
Vereador Marcos Henrique expõe abandono de creches em João Pessoa e cobra explicações da Prefeitura
Vereador denuncia abandono de creches em João Pessoa e cobra transparência da Prefeitura.
O vereador de João Pessoa, Marcos Henrique, realizou visitas a diferentes creches da cidade e encontrou um cenário que classificou como “revoltante”. Segundo ele, as unidades estão com obras inacabadas, abandonadas e completamente tomadas pelo descaso. Estruturas que deveriam estar atendendo famílias desde o ano passado seguem paradas no tempo, sem qualquer sinal de avanço.
Durante a fiscalização, o vereador destacou que os recursos destinados às obras são públicos incluindo verbas federais e cobrou explicações da Prefeitura sobre o paradeiro do investimento. “Isso é dinheiro público, é o futuro das nossas crianças sendo negligenciado. O povo merece transparência e respeito”, declarou. Ele lembra que o prazo estabelecido para conclusão das obras era de 18 meses.
Marcos Henrique citou como exemplo uma das creches visitadas, que teve início no dia 26 de dezembro de 2023 e deveria estar finalizada em junho de 2024. No entanto, segundo ele, o que encontrou foi um espaço completamente abandonado, sem trabalhadores e ocupado por pessoas em situação de rua. O vereador ainda denunciou o roubo de cercas e a ausência até mesmo de placa informando início e término da obra, revelando o total abandono do local.
O parlamentar afirmou que seu mandato seguirá firme nas fiscalizações, lamentando profundamente o estado das creches visitadas, tanto no Cristo, na Bartolomeu Lusmão, quanto na Rejane Corrêa. Para ele, as obras paradas prejudicam diretamente centenas de crianças e famílias que dependem desses espaços. “Quem sofre com isso é a população”, concluiu.
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