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Netanyahu enfrenta protestos e crescente isolamento na ONU após reconhecimento do Estado palestino

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Binyamin Netanyahu – Foto: Reprodução Eixo Político “X”

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, abriu nesta sexta-feira (26) seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, sob forte pressão internacional e isolamento diplomático. Nos últimos dias, países historicamente aliados de Tel Aviv — como França, Reino Unido e Canadá — anunciaram o reconhecimento formal do Estado palestino, medida que amplia o desgaste do governo israelense no cenário mundial.

Antes mesmo de Netanyahu iniciar sua fala, dezenas de diplomatas abandonaram o plenário em sinal de protesto. Ao embarcar para os Estados Unidos, na quinta-feira (25), o premiê prometeu “dizer a verdade de Israel”, reiterando que a criação de um Estado palestino seria, segundo ele, uma vitória política do Hamas após os ataques de 7 de outubro de 2023.

A pressão também vem de dentro de Israel. Membros do gabinete exigem que Netanyahu responda ao reconhecimento internacional com a anexação total ou parcial da Cisjordânia. A proposta, no entanto, confronta diretamente a posição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que em reunião com líderes árabes assegurou que não permitirá tal movimento.

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Trump e Netanyahu têm encontro marcado para a próxima segunda-feira (29), na Casa Branca. O presidente norte-americano insiste em encerrar a guerra em Gaza, enquanto o premiê israelense autorizou a intensificação da ofensiva militar com uma complexa operação para ocupar a Cidade de Gaza, maior centro urbano do território palestino.

No plano interno, Netanyahu enfrenta uma onda crescente de contestação. Manifestações em diversas cidades israelenses reúnem milhares de pessoas que exigem um cessar-fogo imediato. A guerra já provocou mais de 65 mil mortes, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

Além disso, estima-se que cerca de 50 israelenses ainda estejam em poder do Hamas, mas apenas 20 seriam considerados vivos pelas autoridades de Tel Aviv. O prolongamento do conflito, somado à pressão internacional e à divisão dentro do próprio governo, deixa Netanyahu cada vez mais isolado e cercado de desafios políticos e diplomáticos.

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Automotivo: COD moderniza comércio automotivo entre Brasil e Paraguai e reduz custos em até 95%

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Setor automotivo ganha Certificado de Origem Digital no comércio Brasil–Paraguai – Agência CNI

Brasil e Paraguai iniciam uma nova fase na integração comercial ao adotarem o Certificado de Origem Digital (COD) para o setor automotivo, no âmbito do Acordo de Complementação Econômica nº 74 (ACE-74). A medida substitui o documento em papel por um sistema totalmente eletrônico, ampliando para o segmento automotivo uma tecnologia já consolidada no comércio intrabloco do Mercosul.

Com a digitalização, os dois países devem reduzir de 48 para apenas 2 horas o tempo médio de emissão do certificado, além de cortar em até 95% os custos operacionais do processo. O governo brasileiro destaca que a modernização traz mais segurança, rastreabilidade e previsibilidade às operações, favorecendo exportadores, importadores e toda a cadeia produtiva.

O piloto será conduzido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e a implementação definitiva está prevista para 1º de dezembro. Segundo o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, a iniciativa reforça o compromisso do país com a facilitação do comércio e com o fortalecimento da integração regional. A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, ressalta que o COD simplifica procedimentos e reduz etapas burocráticas.

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O comércio entre Brasil e Paraguai segue em expansão e somou US$ 7,2 bilhões em 2024, com destaque para produtos da indústria de transformação. Apenas o intercâmbio de veículos automotores e partes movimentou US$ 374,5 milhões naquele ano. Com o COD, ambos os países esperam acelerar o desembaraço aduaneiro, reduzir custos administrativos e impulsionar a competitividade do setor automotivo, reforçando a cooperação econômica no Mercosul.

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