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Mais do que conquistar mercados na Ásia, o desafio do presidente Lula é garantir a paz e a soberania na América do Sul

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Lula e Trump se reúnem em meio a tensão geopolítica no continente sul-americano – Foto: Reprodução video/ CNNbrmoney

O encontro deste domingo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorre em um momento de forte tensão na América do Sul. A reunião, inicialmente voltada a temas comerciais e às sanções impostas por Washington a autoridades brasileiras, ganha novos contornos com a crescente presença militar norte-americana no mar do Caribe, próximo às costas da Venezuela e da Colômbia. A operação, apresentada como parte da “guerra às drogas”, tem sido vista por analistas como um gesto de intimidação e risco direto à soberania dos países sul-americanos.

A movimentação militar, que inclui o deslocamento do grupo de ataque USS Gerald Ford — o maior porta-aviões do mundo —, representa uma escalada preocupante. Paralelamente, a autorização para que a CIA conduza ações letais em território venezuelano, inclusive contra o presidente Nicolás Maduro, aumenta o clima de instabilidade na região. O governo venezuelano já classificou as manobras como atos de provocação, e o presidente colombiano Gustavo Petro também se tornou alvo de sanções norte-americanas, sob alegações consideradas infundadas.

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Nesse contexto delicado, o Brasil busca reafirmar seu papel de mediador e defensor da paz regional. Lula tem insistido na necessidade de preservar a América Latina como uma “zona de paz” e de evitar que o continente seja arrastado para disputas entre potências globais. Para o governo brasileiro, a estabilidade política e o respeito à soberania nacional devem prevalecer sobre qualquer alinhamento estratégico com interesses externos.

O encontro com Trump, portanto, vai além das questões econômicas e comerciais. Ele simboliza o confronto entre duas visões de mundo: uma baseada na cooperação e na diplomacia, e outra sustentada pela imposição de força e sanções. Ao defender o diálogo e a não intervenção, o Brasil tenta reconstruir pontes e reafirmar um princípio histórico de sua política externa — o de que a paz e a soberania são condições indispensáveis para o desenvolvimento sustentável do continente.

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Com investimento de R$ 415 milhões, Governo relança obras da Ferrovia Transnordestina e reforça crescimento no Nordeste

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Retomada da Transnordestina avança com novo edital em Pernambuco – Foto: Michel Corvello/ Ministério dos Transportes

O Governo Federal deu um passo importante para acelerar o desenvolvimento de Pernambuco e de todo o Nordeste ao lançar, por meio da Infra S.A, o edital para retomar as obras da Ferrovia Transnordestina no trecho entre Custódia e Arcoverde. O anúncio, realizado na última sexta-feira (31), marca a inclusão definitiva desse segmento na agenda prioritária de investimentos do Novo PAC. Com 73 quilômetros de extensão, a obra deverá receber R$ 415 milhões e tem potencial de gerar cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos ao longo de sua execução.

A publicação do edital no Diário Oficial da União oficializa o início da etapa de licitação, prevista para 8 de janeiro do próximo ano, e abre caminho para que o Governo avance na reestruturação de uma das maiores obras lineares do país. A cerimônia contou com a presença de autoridades como o diretor da ANTT, Alex Azevedo, e os ministros Renan Filho (Transportes), Frederico Siqueira (Comunicações) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). A devolução do trecho pela antiga concessionária permitiu que o Estado retomasse o controle da construção e reordenasse o planejamento estratégico da ferrovia.

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O segmento que será licitado integra o corredor que conecta Salgueiro ao Porto de Suape, passando por municípios como Sertânia, Buíque e Arcoverde. Nos próximos meses, outros dois editais também devem ser lançados, totalizando mais 106 quilômetros de obras. Segundo a ANTT, a Transnordestina representa um marco para a integração regional, fortalecendo a logística, impulsionando cadeias produtivas e ampliando a competitividade econômica do Nordeste.

Com 75% do traçado total já concluído e R$ 7 bilhões investidos, a ferrovia avança por 53 municípios em três estados da região. A previsão é que o primeiro trecho comercial — de 580 quilômetros entre Bela Vista (PI) e Iguatu (CE) — comece a operar ainda este ano. Ao priorizar a retomada das obras em Pernambuco, o Governo reforça o compromisso com a interiorização do desenvolvimento, garantindo mais eficiência no transporte de grãos, minérios e produtos industrializados rumo aos portos de Suape e Pecém.

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