Piu integra a elite do Bolsa Atleta, na categoria Pódio – Foto: Assessoria/ ME

O brasileiro Alison dos Santos, conhecido como Piu, brilhou novamente nas pistas e conquistou a medalha de prata nos 400 metros com barreiras no Mundial de Tóquio, realizado nesta sexta-feira (19). Aos 25 anos, o atleta confirma sua posição entre os grandes nomes do esporte mundial, somando agora duas medalhas em Mundiais – ouro em Eugene-2022 e a prata conquistada hoje – além de dois pódios olímpicos (bronze em Tóquio-2020 e Paris-2024).

Integrante da categoria Pódio, a elite do Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, Piu segue como um dos maiores representantes brasileiros do atletismo.

O resultado da final

Com uma performance sólida, Alison completou a prova em 46s84, sua terceira melhor marca no ano. O norte-americano Rai Benjamin levou o ouro com 46s52, enquanto o catari Abderrahman Samba ficou com o bronze (47s06).

Este resultado representa a 18ª medalha do Brasil na história dos Campeonatos Mundiais de Atletismo, que já somam 20 edições. O país conta agora com dois títulos mundiais: o de Alison em 2022 e o de Fabiana Murer, no salto com vara em Pequim-2015.

No Japão, esta é a segunda medalha brasileira: no dia 12 de setembro, Caio Bonfim conquistou a prata nos 35 km da marcha atlética.

Declaração emocionada

Após a prova, Alison comemorou a conquista com emoção:

“Estou feliz! Já tinha medalha de bronze, já tinha de ouro, agora uma de prata. Claro que a gente queria o ouro, mas estou orgulhoso da trajetória, do resultado de hoje. O importante é estar ali, entregar 100%. Posso falar que me esforcei e espero ter dado orgulho para o Brasil.”

O atleta também destacou a importância de competir novamente no Estádio Nacional de Tóquio, desta vez com público:

“Na Olimpíada de 2021, disputamos com arquibancadas vazias por causa da pandemia. Hoje foi mágico, com estádio lotado. É uma sensação especial demais.”

A trajetória até a final

Alison estreou no Mundial com 48s48 na primeira eliminatória (15/9) e garantiu vaga na semifinal, onde marcou 48s16. Na grande final, largou na raia 9, praticamente sem referências visuais dos adversários. Apesar de bater na segunda barreira, manteve sua característica de acelerar na reta final e cruzou em segundo lugar.

O atleta relembrou o desafio de 2023, quando voltou de uma cirurgia no joelho e terminou em 5º lugar no Mundial de Budapeste:

“Naquele ano fiquei perto do pódio e só pensei que não queria ficar fora dele novamente. Hoje consegui estar entre os melhores e fazer parte da história.”

O Bolsa Atleta e o futuro do Brasil no esporte

Dos 47 atletas brasileiros que competem no Japão, 40 recebem o Bolsa Atleta, o que corresponde a 81,1% da delegação. O programa do governo federal tem sido fundamental para apoiar carreiras como a de Alison, que segue construindo um legado de consistência e superação no esporte mundial.