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Região do Xingu, no Pará terá mais R$ 150 milhões para projetos de desenvolvimento regional

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Novos editais vão apoiar economia sustentável na região do Xingu – Foto: Assessoria (MIDR)

(MIDR) – O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), vai destinar mais R$ 150 milhões em novos editais a partir do final do ano  para fomentar o desenvolvimento sustentável do território do Xingu, no Pará. A medida integra as ações do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), que tem como objetivo reduzir desigualdades regionais e promover o aproveitamento responsável das potencialidades locais.

Vinculado à Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), o PDRSX busca estimular projetos que conciliem a conservação da biodiversidade amazônica e a valorização das culturas tradicionais com oportunidades de crescimento econômico sustentável, beneficiando diretamente as populações do território. Após sete anos de paralisação, os editais do PDRSX foram retomados em junho de 2025, com a homologação dos projetos apresentados após o lançamento da primeira chamada pública no valor de R$ 50 milhões. O investimento faz parte de um montante total de R$ 500 milhões, provenientes do Fundo Socioeconômico do Xingu – criado como contrapartida para a implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, operada pela Norte Energia.

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O secretário Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Daniel Fortunato, destaca que outros projetos poderão ser contemplados pelos novos editais. “Estamos fazendo um estudo da avaliação estratégica desse impacto para verificar os gargalos, as necessidades de aprimoramento para lançamento dos próximos editais. E quem ainda não conseguiu participar, fique atento que serão lançados mais R$ 150 milhões em editais. Ou seja, terão novas oportunidades em criações de infraestrutura, apoio ao setor produtivo, inclusão social, apoio das comunidades indígenas, de povos tradicionais, entre outros”, destaca Fortunato.

Abrangência territorial

O PDRSX contempla os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu. As ações previstas visam promover a inclusão produtiva, a valorização da sociobiodiversidade, a geração de emprego e renda e o fortalecimento das capacidades institucionais locais.

Com a retomada dos investimentos e o lançamento de novos editais, o MIDR reforça o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento equilibrado das regiões brasileiras, com foco na justiça territorial e na melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia. “O Plano de Desenvolvimento do Xingu busca compensar os impactos sociais e ambientais da Usina de Belo Monte, promovendo qualificação profissional, inclusão produtiva, infraestrutura e fortalecimento das cadeias produtivas locais. Desde 2023, retomamos investimentos parados desde 2017, com foco em planejamento estratégico e resultados  efetivos para o território”, disse o Coordenador-Geral de Gestão do Território do MIDR, Vitarque Coêlho.

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O coordenador do MIDR ainda falou da importância desses investimentos para os jovens. “É importante trabalhar alternativas sustentáveis de desenvolvimento para a Amazônia, que prevejam uma perspectiva de crescimento econômico com a ‘floresta em pé’, pois a região do Xingu apresenta taxas de desmatamento muito altas. Então é importante que o jovem tenha opções de uma qualificação digna, de ter uma profissão promissora para que ele consiga se dedicar a atividades sustentáveis e inovadoras no território. Como exemplo temos as startups em desenvolvimento na Incubadora do Xingu , iniciativa financiada com recursos do PDRSX e do MIDR”, concluiu Vitarque Coêlho.

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Brasil registra queda no desmatamento da Amazônia e do cerrado e avança na meta de zerar a devastação até 2030

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Brasil Reduz Desmatamento na Amazônia e no Cerrado pelo Segundo Ano Seguinte – Foto: Pedro Devani/ Secom

A área desmatada na Amazônia registrou 5.796 km² entre agosto de 2024 e julho de 2025, conforme dados divulgados pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma redução de 11,08% em relação ao período anterior e consolida o terceiro ano consecutivo de queda desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em paralelo, o Cerrado também apresentou retração, com 7.235 km² desmatados — queda de 11,49% e segundo ano seguido de redução após um ciclo de cinco anos de alta.

O governo federal atribui os resultados à retomada da governança ambiental e ao reforço das ações de fiscalização. Desde 2023, Ibama e ICMBio ampliaram operações, autos de infração, embargos e monitoramento apoiados por órgãos como Inpe, Polícia Federal, PRF e Funai. Na Amazônia, as autuações relacionadas à flora cresceram 81% nesse período, enquanto no Cerrado houve aumento expressivo no volume de multas e ações de controle. Segundo o governo, essas iniciativas evitaram a emissão de 733,9 milhões de toneladas de CO₂e desde 2022.

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Além do comando e controle, o Executivo destaca o papel de programas estruturantes e instrumentos financeiros, como o Fundo Amazônia, que voltou a operar com volume ampliado de doadores e investimentos. A ministra Marina Silva ressalta que a prioridade ambiental da gestão Lula está diretamente ligada à agenda climática global e ao desenvolvimento sustentável do país, reforçando que a preservação deve ser mais vantajosa do que a destruição. Municípios considerados prioritários pelo MMA registraram queda média de 65,5% no desmatamento, com destaque para Tocantins, Amapá, Acre e Rondônia.

O monitoramento por satélite do Inpe continua sendo a principal ferramenta para orientar as ações de combate ao desmatamento. Enquanto o Prodes calcula anualmente as taxas consolidadas de perda de vegetação, o Deter fornece alertas diários para atuação rápida das equipes de fiscalização. Para manter a tendência de queda até alcançar a meta de desmatamento zero em 2030, o governo aposta na integração entre ministérios, novos planos de prevenção e controle, fortalecimento dos estados da Amazônia Legal e investimentos contínuos no manejo integrado do fogo e na resposta a incêndios florestais.

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