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Brasil registra queda no desmatamento da Amazônia e do cerrado e avança na meta de zerar a devastação até 2030

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Brasil Reduz Desmatamento na Amazônia e no Cerrado pelo Segundo Ano Seguinte – Foto: Pedro Devani/ Secom

A área desmatada na Amazônia registrou 5.796 km² entre agosto de 2024 e julho de 2025, conforme dados divulgados pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma redução de 11,08% em relação ao período anterior e consolida o terceiro ano consecutivo de queda desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em paralelo, o Cerrado também apresentou retração, com 7.235 km² desmatados — queda de 11,49% e segundo ano seguido de redução após um ciclo de cinco anos de alta.

O governo federal atribui os resultados à retomada da governança ambiental e ao reforço das ações de fiscalização. Desde 2023, Ibama e ICMBio ampliaram operações, autos de infração, embargos e monitoramento apoiados por órgãos como Inpe, Polícia Federal, PRF e Funai. Na Amazônia, as autuações relacionadas à flora cresceram 81% nesse período, enquanto no Cerrado houve aumento expressivo no volume de multas e ações de controle. Segundo o governo, essas iniciativas evitaram a emissão de 733,9 milhões de toneladas de CO₂e desde 2022.

Além do comando e controle, o Executivo destaca o papel de programas estruturantes e instrumentos financeiros, como o Fundo Amazônia, que voltou a operar com volume ampliado de doadores e investimentos. A ministra Marina Silva ressalta que a prioridade ambiental da gestão Lula está diretamente ligada à agenda climática global e ao desenvolvimento sustentável do país, reforçando que a preservação deve ser mais vantajosa do que a destruição. Municípios considerados prioritários pelo MMA registraram queda média de 65,5% no desmatamento, com destaque para Tocantins, Amapá, Acre e Rondônia.

O monitoramento por satélite do Inpe continua sendo a principal ferramenta para orientar as ações de combate ao desmatamento. Enquanto o Prodes calcula anualmente as taxas consolidadas de perda de vegetação, o Deter fornece alertas diários para atuação rápida das equipes de fiscalização. Para manter a tendência de queda até alcançar a meta de desmatamento zero em 2030, o governo aposta na integração entre ministérios, novos planos de prevenção e controle, fortalecimento dos estados da Amazônia Legal e investimentos contínuos no manejo integrado do fogo e na resposta a incêndios florestais.

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Celulose exportação: Setor florestal cresce 16,7% e atinge maior valor já registrado, aponta IBGE

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Produção florestal do Brasil bate recorde de R$ 44,3 bilhões em 2024 – Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

A produção florestal brasileira alcançou em 2024 o recorde de R$ 44,3 bilhões, um crescimento de 16,7% em relação ao ano anterior, segundo dados do IBGE.

A silvicultura, que envolve o cultivo e replantio de espécies para uso comercial, respondeu pela maior parte do setor, somando R$ 37,2 bilhões – alta de 17,4%. Já a extração vegetal, voltada ao corte direto de espécies nativas, gerou R$ 7 bilhões, crescimento de 13%.

O produto que mais puxou a expansão foi a madeira em tora para papel e celulose, que atingiu R$ 14,9 bilhões, com aumento de 28%. O Brasil segue líder mundial em produção e exportação de celulose, que rendeu ao país US$ 10,6 bilhões em 2024, crescimento de 33% frente a 2023.

Destaques regionais

  • Minas Gerais lidera a silvicultura nacional, com R$ 8,5 bilhões.
  • Paraná ocupa a segunda posição, com R$ 6,3 bilhões.
  • O Mato Grosso do Sul ampliou sua área de florestas plantadas em 6,8% e subiu no ranking, impulsionado pelo avanço do plantio de eucalipto.

Produtos não madeireiros

Entre os extrativistas, o açaí se manteve como o principal produto, com valor de R$ 1 bilhão, puxado pelo Pará. Já a erva-mate, concentrada na Região Sul, somou R$ 522 milhões.

Segundo o IBGE, o crescimento do setor é resultado do avanço tecnológico, do aumento da área plantada e da valorização da celulose no mercado internacional.

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