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Grupo de brasileiros acompanhado pelo Governo Federal que estava em Gaza cruza fronteira com o Egito

Aeronave da Presidência da República aguarda para iniciar a décima viagem de repatriação desde o início do conflito no Oriente Médio

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Selfie de Hasan Rabee com o grupo de brasileiros instantes antes de concretizarem a saída de Gaza – Foto: Arquivo pessoal

SCSPR – O grupo de brasileiros acompanhado pelo Governo Federal que aguardava permissão de autoridades de Egito, Israel e da Autoridade Palestina cruzou a fronteira entre Gaza e Egito, no Portal de Rafah, neste domingo, 12 de novembro. “O grupo de 32 pessoas já se encontra em território egípcio, onde foi recebido por equipe da embaixada do Brasil no Cairo, responsável pela etapa final da operação de repatriação”, oficializou uma postagem do Itamaraty às 5h41 desta madrugada na rede social X (antigo Twitter). “Duas pessoas do grupo que constava da lista original, de 34 nomes, desistiram da repatriação e decidiram permanecer em Gaza”, completou o comunicado.

“Bom dia, gente: a gente chegou na fronteira. Daqui a pouco vamos para o lado do Egito. Rezem por nós”, afirmou Hasan Rabee, num vídeo que gravou instantes antes de concretizar a saída. “Esse é o caminho para o Egito. Não falta muita coisa. Um segundo, um minuto”, emendou Hasan num segundo vídeo, já dentro de um ônibus entre o Portão de Rafah e o lado egípcio. “Chegamos ao Egito com apoio do Governo Federal. Muito obrigado, presidente Lula”, completou ele, numa terceira postagem, já no Egito. “Já estão chamando os nossos nomes. Tenho o papel da saída agora”, celebrou Shahed Al-Banna, jovem 18 anos que também integra o grupo. Os dois se tornaram figuras conhecidas dos brasileiros por gravarem diariamente vídeos relatando a rotina de ansiedade e de restrições impostas pela guerra na Faixa de Gaza.

“Os brasileiros já atravessaram a fronteira e se encontram no Egito, de onde virão, em segurança, para o Brasil, na Operação Voltando em Paz”, resumiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa postagem em seu perfil na rede X.

Após o cruzamento da fronteira, o grupo embarca em um ônibus fretado pelo Governo Federal. Vão seguir viagem até um aeroporto designado pelo Egito. A aeronave VC2, da Presidência da República, aguarda o grupo para iniciar o décimo voo de repatriação de brasileiros desde o início da crise no Oriente Médio. Quando a aeronave da Presidência tocar o solo da capital federal, a Operação Voltando em Paz terá transportado um total de 1.477 passageiros, além de 53 animais domésticos. Três aeronaves da Força Aérea Brasileira e duas da Presidência da República foram utilizadas.

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Na chegada ao Brasil, o Governo Federal já tem uma operação de acolhimento montada. Em complemento ao apoio que terão de suas famílias no Brasil, eles terão à disposição serviços de abrigo, documentação e alimentação, além de apoio psicológico, cuidados médicos e imunização. Ficarão dois dias hospedados em Brasília.

“Alguns brasileiros já têm destino certo porque têm familiares aqui, então serão deslocados para esses locais. Uma parcela significativa, quase a metade do grupo, não tem onde ficar, mas o Governo Federal já disponibilizou, através do Ministério do Desenvolvimento Social, um local onde essas pessoas ficarão acolhidas. Vai ser no interior de São Paulo”, afirmou Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo ele, não há prazo específico para o atendimento que será fornecido pelo Governo Federal aos repatriados. “Estamos preparados para o tempo que for necessário, para que essas pessoas possam se integrar ao nosso país. Não há prazo limite fixado. Estamos prontos para recebê-los da melhor forma. Eles ficarão em um local com longa experiência de acolhimento de refugiados da forma mais completa, mais digna, sem prazo”, concluiu.

Durante o período em Gaza, os brasileiros tiveram acompanhamento diário da diplomacia brasileira. Receberam recursos para garantir alimentação, água potável, gás de cozinha e medicamentos, tiveram acesso a atendimento médico e psicológico de forma online. Além disso, foram estabelecidos em residências alugadas pelo Governo Federal em Khan Yunis e Rafah e fizeram deslocamentos seguros em ônibus fretados pela representação brasileira em Ramala. Tanto os veículos quanto os imóveis eram identificados e informados às autoridades de Gaza e de Israel para evitar bombardeios.

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Por meio de aplicativos, os diplomatas brasileiros mantinham contatos diários com o grupo para identificar necessidades e garantir, dentro da realidade de uma zona conflagrada, que todos estivessem nas melhores condições até que o cruzamento da fronteira fosse autorizado pelas autoridades.

O trabalho do Governo Federal exigiu intensa articulação da diplomacia nacional e envolvimento direto do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na quinta-feira, 9/11, por exemplo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, teve o quarto contato telefônico com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, para garantir a presença dos nomes dos brasileiros nas listas de saída de estrangeiros.

O presidente Lula, desde o início do conflito, com um atentado terrorista executado pelo Hamas em 7 de outubro, manteve intensas tratativas. Condenou veementemente os ataques, exigiu a liberação de reféns israelenses e, diante da guerra estabelecida na região na sequência, atuou para garantir ajuda humanitária, por negociar uma possibilidade de cessar-fogo e para permitir a abertura da fronteira para o retorno dos brasileiros.

Lula teve diálogos por telefone com dirigentes dos Emirados Árabes Unidos, de Israel, da Palestina, do Egito, da França, da Rússia, da Turquia, do Irã, do Catar e do Conselho Europeu. Também conversou com os brasileiros em Gaza e com parentes de civis israelenses sequestrados pelo Hamas. O Brasil também presidiu em outubro o Conselho de Segurança da ONU e atuou de forma reiterada para tentar aprovar uma resolução consensual que ajude a levar ao diálogo e à paz na região.

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“Até o final do ano, vamos zerar a fila de registros de pescadores”, diz ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula

Em entrevista a radialistas de todo o país, o titular da Pesca e Aquicultura falou sobre as ações para atender todos os pescadores que buscam a licença e sobre outras medidas em apoio à comunidade pesqueira, em especial na região Norte, que enfrenta forte seca

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Ministro da Pesca André de Paula – Foto: Assessoria / SCSPR

SCSPR O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, foi o entrevistado da semana no programa “Bom Dia, Ministro”. O bate-papo com radialistas de todo o país ocorreu nesta quarta-feira, 29 de novembro.

A partir de janeiro, isso passa a ser automático e isso é uma correção importante que muda para melhor a vida do pescador e atende a uma demanda muito antiga, uma angústia muito grande, que os pescadores e pescadoras tinham”. (André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura).

Na ocasião, o ministro detalhou os esforços de sua pasta para enfrentar a fila de mais de 217 mil pedidos de registro de pescadores profissionais que estavam à espera de uma resposta do governo nos últimos anos. Com a implementação de uma força-tarefa envolvendo três ministérios, foram feitas as análises de 180 mil solicitações de pescadores que buscaram a formalização.

Segundo André de Paula, a meta é que todas as solicitações sejam concluídas até o fim do ano. “Significa dizer que ninguém no país, em janeiro, terá sua solicitação de registro de pescador feita sem a análise do Ministério da Pesca. Nesse momento em que nós temos a seca do Amazonas, quando o Governo Federal determinou auxiliar os pescadores com um auxílio no valor de R$ 2.600 – ou seja, dois meses do Seguro Defeso –, nós fizemos essa atualização do cadastro de pescadores. A gente pode dizer, por exemplo, que, no Amazonas, ninguém ficará de fora, nenhum pescador legalizado deixará de receber esse auxílio”, afirmou.

O ministro discorreu, ainda, a respeito da medida que permite que pescadores e pescadoras recebam o Seguro Defeso – que é pago durante o período em que não podem realizar suas atividades devido à piracema – ao mesmo tempo em que são atendidos pelo programa Bolsa Família. “A partir de janeiro, isso passa a ser automático e isso é uma correção importante que muda para melhor a vida do pescador e atende a uma demanda muito antiga, uma angústia muito grande, que os pescadores e pescadoras tinham”, declarou.

André de Paula também aproveitou para saudar a representatividade feminina na atividade pesqueira. Segundo o ministro, elas representam 49% dos pescadores profissionais do país e, em cinco estados brasileiros, o número de pescadoras supera o de homens: Pernambuco (55%), Maranhão (56%), Sergipe (62%), Bahia (68%) e Alagoas (58%). “A presença da mulher na pesca é muito forte e deve ser, cada vez mais, incentivada. Esse protagonismo da mulher é muito importante para nós”, destacou.

Participaram do programa: Rádio 98 FM (Natal – Rio Grande do Norte), Rádio Grande Rio FM (Recife – Pernambuco), Rádio Ceará Total (Fortaleza – Ceará), Rádio Imparcial (São Luís – Maranhão), Rádio Difusora (Manaus – Amazonas), Rádio Urbis FM (Itaberaba – Bahia), Rádio CBN (Belém – Pará) e Rádio BandNews (São Paulo).

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Confira os principais trechos do “Bom Dia, Ministro” com André de Paula:

O presidente Lula foi determinante neste sentido, estabelecemos uma parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, com o Ministério da Previdência Social, montamos uma força-tarefa integrada por cerca de 65 técnicos da melhor qualificação que, em regime de trabalho intenso, de segunda a segunda, durante 45 dias, analisaram esses registros, essas solicitações, e nós tivemos a possibilidade, em um primeiro momento, nesta força-tarefa, de vencer 180 mil desses registros, analisamos, deferi-los ou não. Nós temos, hoje, um resto de 30 a 40 mil pescadores que estão em análise, mas nós temos a certeza de que, até o final do ano, todas as 217 mil solicitações estarão sendo analisadas.

No primeiro momento, nós fizemos esse esforço para zerar o número de solicitações de registro. Agora, no próximo ano, com isso atingido, nós vamos avançar nesse programa do Pescador Legal, que visa sair da capital, da nossa superintendência estadual, e ir lá na ponta, lá na colônia de pesca, lá naquela área que o pescador tem mais dificuldade de receber seu benefício, de se legalizar. O governo vai apoiá-lo nesse sentido.

Em um primeiro momento, quando nós anunciamos aquele auxílio que atende aos pescadores que foram atingidos pela seca, no Pará, nós anunciamos que estávamos atendendo a 20 municípios. Neste momento, nove municípios serão incluídos e cinco estão em análise. Portanto, mais 14 municípios do Pará estarão incluídos e os pescadores desses municípios também serão atendidos com o auxílio de R$ 2.600. Todos os pescadores do Pará, a exemplo do que acontece no Amazonas, terão esse auxílio neste momento em que precisam da solidariedade e do apoio do Governo Federal.

No Amazonas, o Seguro Defeso inicia seus pagamentos no dia 15 de novembro e vai até o dia 15 de março. Nesse período, os pescadores estão proibidos de pescar porque as espécies estão sendo preservadas. Então, essa é uma preocupação permanente do Ministério da Pesca e a parceria com o Ministério do Meio Ambiente ajuda bastante no sentido de fazer essa preservação.

Quando o presidente Lula encaminhou ao Congresso Nacional a medida provisória recriando o Bolsa Família em novos parâmetros, nós tivemos a oportunidade de incluir a previsão que Bolsa Família e Seguro Defeso não se excluem, são complementares e podem sim – e serão, a partir de 1º de janeiro – ser recebidos sem prejuízos.

O Ministério da Pesca, neste momento, trabalha parcerias com as universidades para que, muito rapidamente, a gente possa apresentar um programa que visa preservar essas espécies, estimular a volta com maior expressão delas no rio, que é uma preocupação dos pescadores, uma demanda da região e uma questão que está sendo trabalhada como prioridade. Porque esse fenômeno não acontece só no São Francisco e Pernambuco, mas se evidencia em várias áreas do país. No entanto, nós estamos na iminência de anunciar parcerias com as universidades do estado para trabalhar essas questões.

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Destaco a importância do trabalho conjunto que é promovido pelo Ministério da Pesca e Ministério do Meio Ambiente. Nós temos uma gestão compartilhada, porque, no governo do presidente Lula, a questão da sustentabilidade, da preservação das espécies, é fundamental. O pescador legal, o pescador que vive da pesca, ele tem essa preocupação. Ninguém mais tem tanto interesse nessa preservação do que o pescador, que vive da pesca e precisa ter esse cuidado. O trabalho de fiscalização é importante, a gente tem estreitado os laços com os organismos que promovem essa fiscalização para fazer isso de forma que haja uma participação e uma compreensão grande dos pescadores.

Dos que já conheço nesse período que estou no ministério, (Terminal Pesqueiro de Natal) é o que está em melhor estado de conservação. Ele pode ser utilizado na medida em que a gente tiver sucesso no leilão que devemos promover, agora no primeiro semestre do ano que vem.

O Brasil tinha, em função dos últimos quatro anos ter pescado além da conta permitida, e em função de não ter tomado uma série de providências que eram cobradas pelo ICCAT (Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico), o Brasil sofria um risco muito sério de sofrer uma sanção e, no próximo ano, não poder sequer pescar o atum. Isso nos angustiava muito, mas fizemos um trabalho muito intenso, contamos com a parceria dos empresários da indústria da pesca e outras entidades que estiveram ao lado do governo, nós obtivemos sucessos e tivemos preservada a nossa cota. Vamos seguir pescando o atum e isso é fundamental para o Rio Grande do Norte e para Santa Catarina.

Eu devo, ainda este ano, ao longo de dezembro, estar na região do São Francisco para assinar esses termos de cessão de águas, que são muito importantes para a piscicultura, principalmente a piscicultura da tilápia da região. São propriedades que ainda não estavam legalizadas e nós estamos trabalhando intensamente. Essa é uma das nossas principais metas para desburocratizar esse processo de cessão de águas da União. Segundo, para dar celeridade e atualizar o volume de pedidos que estão represados. Vamos assinar vários desses termos de cessão.

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