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Brasil defende suspensão de hostilidades no Oriente Médio, diz ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira
Ministro das Relações Exteriores enfatiza que haverá reforço na postura do Governo Federal junto à ONU e detalha a operação de resgate dos brasileiros em Gaza
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O ministro Mauro Vieira durante a coletiva de imprensa no Itamaraty: êxito na repatriação dos brasileiros em Gaza – Foto: Carlos Alberto Jr. / Secom / PR
SCSPR – Após o sucesso no cruzamento da fronteira do grupo de 32 brasileiros que estava em Gaza, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Governo Federal seguirá se esforçando para buscar junto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma solução que permita a suspensão de hostilidades e a criação de pausas humanitárias no confronto no Oriente Médio.
A situação desses brasileiros está momentaneamente resolvida, mas a situação do conflito é gravíssima. O presidente Lula continua muito envolvido na solução da questão. Sua intenção é voltar a tratar disso no Conselho de Segurança das Nações Unidas a partir desta semana, para que se possa encontrar uma forma de suspensão dessas hostilidades e a criação de uma pausa humanitária que possa levar ao alívio da população civil palestina em Gaza”. (Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores).
“A situação desses brasileiros está momentaneamente resolvida, mas a situação do conflito é gravíssima. O presidente Lula continua muito envolvido na solução da questão. Sua intenção é voltar a tratar disso no Conselho de Segurança das Nações Unidas a partir desta semana, para que se possa encontrar uma forma de suspensão dessas hostilidades e a criação de uma pausa humanitária que possa levar ao alívio da população civil palestina em Gaza”, afirmou Mauro Vieira, durante coletiva de imprensa no início da tarde deste domingo, em Brasília.
“O presidente tem falado constantemente com muitos chefes de Estado, com o secretário-geral da ONU, com os chefes de Estado da região, enfim, todos os atores importantes envolvidos”, prosseguiu o ministro. Desde o início da crise, Lula manteve diálogos por telefone com autoridades dos Emirados Árabes Unidos, de Israel, da Palestina, do Egito, da França, da Rússia, da Turquia, do Irã, do Catar, do Conselho Europeu, da Espanha e da Índia.
O ministro Mauro Vieira também se envolveu em diálogos frequentes com os chanceleres de Israel e Egito. “Todo o esforço para libertação dos brasileiros, desde o início (7 de outubro, data dos primeiros ataques contra Israel), foi feito pelo governo, por instrução do presidente Lula, com acompanhamento diário. Eu fui interlocutor de todos os contatos com os governos envolvidos e foi isso que resultou na conclusão exitosa desse acordo”, frisou o diplomata, referindo-se às nações envolvidas nas missões de repatriação dos brasileiros na Operação Voltando em Paz.
O ministro exaltou o envolvimento de diversos ministérios que se empenharam no processo. Quando o grupo resgatado de Gaza chegar ao Brasil, o que está previsto para ocorrer nesta segunda-feira, 13 de novembro, a operação terá transportado 1.477 passageiros: 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana, além de 53 animais domésticos, em dez voos comandados pela Força Aérea Brasileira (FAB).
“Toda a organização, toda a operação contou com a participação efetiva do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, da Força Aérea Brasileira e, na chegada, teremos a participação do Ministério da Justiça, da Saúde e do Ministério do Desenvolvimento Social na parte de acolhimento a todos esses brasileiros”, listou.
Vieira ainda destacou o empenho dos times de diplomacia mais diretamente ligados ao conflito. “Queria agradecer a participação ativa das embaixadas e representações do Brasil em Israel, em Ramala (Cisjordânia) e no Egito. Os diplomatas e toda a equipe estiveram, pessoalmente e constantemente, sem cessar, envolvidos no apoio aos brasileiros e na conclusão exitosa dessa operação”, concluiu.
Veja o vídeo:
Após deixarem Gaza, brasileiros se divertem em praia no Egito antes de seguirem viagem para o Brasil pic.twitter.com/OdAGuVxQYL
— 3 de Julho Notícias (@3dejulhonoticia) November 12, 2023

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“Até o final do ano, vamos zerar a fila de registros de pescadores”, diz ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula
Em entrevista a radialistas de todo o país, o titular da Pesca e Aquicultura falou sobre as ações para atender todos os pescadores que buscam a licença e sobre outras medidas em apoio à comunidade pesqueira, em especial na região Norte, que enfrenta forte seca
Ministro da Pesca André de Paula – Foto: Assessoria / SCSPR
SCSPR – O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, foi o entrevistado da semana no programa “Bom Dia, Ministro”. O bate-papo com radialistas de todo o país ocorreu nesta quarta-feira, 29 de novembro.
A partir de janeiro, isso passa a ser automático e isso é uma correção importante que muda para melhor a vida do pescador e atende a uma demanda muito antiga, uma angústia muito grande, que os pescadores e pescadoras tinham”. (André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura).
Na ocasião, o ministro detalhou os esforços de sua pasta para enfrentar a fila de mais de 217 mil pedidos de registro de pescadores profissionais que estavam à espera de uma resposta do governo nos últimos anos. Com a implementação de uma força-tarefa envolvendo três ministérios, foram feitas as análises de 180 mil solicitações de pescadores que buscaram a formalização.
Segundo André de Paula, a meta é que todas as solicitações sejam concluídas até o fim do ano. “Significa dizer que ninguém no país, em janeiro, terá sua solicitação de registro de pescador feita sem a análise do Ministério da Pesca. Nesse momento em que nós temos a seca do Amazonas, quando o Governo Federal determinou auxiliar os pescadores com um auxílio no valor de R$ 2.600 – ou seja, dois meses do Seguro Defeso –, nós fizemos essa atualização do cadastro de pescadores. A gente pode dizer, por exemplo, que, no Amazonas, ninguém ficará de fora, nenhum pescador legalizado deixará de receber esse auxílio”, afirmou.
O ministro discorreu, ainda, a respeito da medida que permite que pescadores e pescadoras recebam o Seguro Defeso – que é pago durante o período em que não podem realizar suas atividades devido à piracema – ao mesmo tempo em que são atendidos pelo programa Bolsa Família. “A partir de janeiro, isso passa a ser automático e isso é uma correção importante que muda para melhor a vida do pescador e atende a uma demanda muito antiga, uma angústia muito grande, que os pescadores e pescadoras tinham”, declarou.
André de Paula também aproveitou para saudar a representatividade feminina na atividade pesqueira. Segundo o ministro, elas representam 49% dos pescadores profissionais do país e, em cinco estados brasileiros, o número de pescadoras supera o de homens: Pernambuco (55%), Maranhão (56%), Sergipe (62%), Bahia (68%) e Alagoas (58%). “A presença da mulher na pesca é muito forte e deve ser, cada vez mais, incentivada. Esse protagonismo da mulher é muito importante para nós”, destacou.
Participaram do programa: Rádio 98 FM (Natal – Rio Grande do Norte), Rádio Grande Rio FM (Recife – Pernambuco), Rádio Ceará Total (Fortaleza – Ceará), Rádio Imparcial (São Luís – Maranhão), Rádio Difusora (Manaus – Amazonas), Rádio Urbis FM (Itaberaba – Bahia), Rádio CBN (Belém – Pará) e Rádio BandNews (São Paulo).
Confira os principais trechos do “Bom Dia, Ministro” com André de Paula:
O presidente Lula foi determinante neste sentido, estabelecemos uma parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, com o Ministério da Previdência Social, montamos uma força-tarefa integrada por cerca de 65 técnicos da melhor qualificação que, em regime de trabalho intenso, de segunda a segunda, durante 45 dias, analisaram esses registros, essas solicitações, e nós tivemos a possibilidade, em um primeiro momento, nesta força-tarefa, de vencer 180 mil desses registros, analisamos, deferi-los ou não. Nós temos, hoje, um resto de 30 a 40 mil pescadores que estão em análise, mas nós temos a certeza de que, até o final do ano, todas as 217 mil solicitações estarão sendo analisadas.
No primeiro momento, nós fizemos esse esforço para zerar o número de solicitações de registro. Agora, no próximo ano, com isso atingido, nós vamos avançar nesse programa do Pescador Legal, que visa sair da capital, da nossa superintendência estadual, e ir lá na ponta, lá na colônia de pesca, lá naquela área que o pescador tem mais dificuldade de receber seu benefício, de se legalizar. O governo vai apoiá-lo nesse sentido.
Em um primeiro momento, quando nós anunciamos aquele auxílio que atende aos pescadores que foram atingidos pela seca, no Pará, nós anunciamos que estávamos atendendo a 20 municípios. Neste momento, nove municípios serão incluídos e cinco estão em análise. Portanto, mais 14 municípios do Pará estarão incluídos e os pescadores desses municípios também serão atendidos com o auxílio de R$ 2.600. Todos os pescadores do Pará, a exemplo do que acontece no Amazonas, terão esse auxílio neste momento em que precisam da solidariedade e do apoio do Governo Federal.
No Amazonas, o Seguro Defeso inicia seus pagamentos no dia 15 de novembro e vai até o dia 15 de março. Nesse período, os pescadores estão proibidos de pescar porque as espécies estão sendo preservadas. Então, essa é uma preocupação permanente do Ministério da Pesca e a parceria com o Ministério do Meio Ambiente ajuda bastante no sentido de fazer essa preservação.
Quando o presidente Lula encaminhou ao Congresso Nacional a medida provisória recriando o Bolsa Família em novos parâmetros, nós tivemos a oportunidade de incluir a previsão que Bolsa Família e Seguro Defeso não se excluem, são complementares e podem sim – e serão, a partir de 1º de janeiro – ser recebidos sem prejuízos.
O Ministério da Pesca, neste momento, trabalha parcerias com as universidades para que, muito rapidamente, a gente possa apresentar um programa que visa preservar essas espécies, estimular a volta com maior expressão delas no rio, que é uma preocupação dos pescadores, uma demanda da região e uma questão que está sendo trabalhada como prioridade. Porque esse fenômeno não acontece só no São Francisco e Pernambuco, mas se evidencia em várias áreas do país. No entanto, nós estamos na iminência de anunciar parcerias com as universidades do estado para trabalhar essas questões.
Destaco a importância do trabalho conjunto que é promovido pelo Ministério da Pesca e Ministério do Meio Ambiente. Nós temos uma gestão compartilhada, porque, no governo do presidente Lula, a questão da sustentabilidade, da preservação das espécies, é fundamental. O pescador legal, o pescador que vive da pesca, ele tem essa preocupação. Ninguém mais tem tanto interesse nessa preservação do que o pescador, que vive da pesca e precisa ter esse cuidado. O trabalho de fiscalização é importante, a gente tem estreitado os laços com os organismos que promovem essa fiscalização para fazer isso de forma que haja uma participação e uma compreensão grande dos pescadores.
Dos que já conheço nesse período que estou no ministério, (Terminal Pesqueiro de Natal) é o que está em melhor estado de conservação. Ele pode ser utilizado na medida em que a gente tiver sucesso no leilão que devemos promover, agora no primeiro semestre do ano que vem.
O Brasil tinha, em função dos últimos quatro anos ter pescado além da conta permitida, e em função de não ter tomado uma série de providências que eram cobradas pelo ICCAT (Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico), o Brasil sofria um risco muito sério de sofrer uma sanção e, no próximo ano, não poder sequer pescar o atum. Isso nos angustiava muito, mas fizemos um trabalho muito intenso, contamos com a parceria dos empresários da indústria da pesca e outras entidades que estiveram ao lado do governo, nós obtivemos sucessos e tivemos preservada a nossa cota. Vamos seguir pescando o atum e isso é fundamental para o Rio Grande do Norte e para Santa Catarina.
Eu devo, ainda este ano, ao longo de dezembro, estar na região do São Francisco para assinar esses termos de cessão de águas, que são muito importantes para a piscicultura, principalmente a piscicultura da tilápia da região. São propriedades que ainda não estavam legalizadas e nós estamos trabalhando intensamente. Essa é uma das nossas principais metas para desburocratizar esse processo de cessão de águas da União. Segundo, para dar celeridade e atualizar o volume de pedidos que estão represados. Vamos assinar vários desses termos de cessão.
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