Região Sul
Governo federal assina MP com R$ 5 bi de crédito extra para Rio Grande do Sul enfrentar mudanças climáticas
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Desde o início da crise no Rio Grande do Sul, Governo Lula apoia a população gaúcha – Foto: Ricardo Stuckert/ PR
(Gov) – Foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) duas medidas em apoio à população do Rio Grande do Sul, que enfrenta os efeitos das enchentes ocorridas em maio deste ano. Uma delas é a Medida Provisória nº 1.269/2024 , que abre crédito extraordinário, no valor de R$ 5 bilhões, para Operações Oficiais de Crédito. A segunda é o Decreto nº 12.228/2024 , que autoriza a concessão adicional de crédito de instalação aos beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) também afetados pelo evento climático extremo. Ambos os atos foram assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A medida provisória versa que os recursos, no âmbito do Ministério da Fazenda, disponibilizam linhas de financiamento com a utilização do superávit financeiro do Fundo Social. O objetivo é apoiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e de enfrentamento de consequências sociais e econômicas de calamidades públicas no Rio Grande do Sul.
Os recursos provenientes do Fundo Social estão alinhadas com a autorização prevista na Lei nº 14.981/2024 , para a utilização do superávit financeiro do Fundo, de R$ 20 bilhões. Além disso, já houve a abertura de crédito extraordinário, de R$ 15 bilhões, por meio da Medida Provisória nº 1.233/2024 — ato que se refere ao saldo de R$ 5 bilhões do total autorizado pelo Governo Federal.
O crédito extraordinário não impacta nos resultados fiscais previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2024, por motivo do reconhecimento do estado de calamidade pública em parte do território nacional, para atendimento às consequências derivadas de eventos climáticos no território gaúcho ( Decreto Legislativo nº 36/2024 ).
O Decreto nº 12.228/2024 autoriza o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a conceder, em caráter excepcional, operação adicional de crédito de instalação na modalidade “fomento” aos beneficiários do PNRA afetados pelas chuvas. São requisitos para a concessão da operação adicional de crédito de instalação em município com situação de emergência, estado de calamidade pública ou mancha de inundação.
Além disso, outra exigência é o interessado em obter o crédito estar em situação regular na relação de beneficiários do PNRA e ter seus dados atualizados junto ao Incra. A disponibilidade orçamentária e financeira específica para este fim atestada pela autoridade competente é outro requisito previsto.
Não pode ser restringido o beneficiário que tenha sido prejudicado por danos provenientes de caso fortuito ou de força maior de obter nova operação de crédito de instalação, mediante indicação de laudo técnico, em casos excepcionais, prevista no art. 16 do Decreto nº 11.586/2023
Para os créditos de instalação na modalidade “fomento” será aplicada taxa efetiva de 0,5% ao ano, desde a data da concessão até a data do vencimento. O reembolso vai ocorrer em parcela única, com vencimento no prazo de três anos, contados da data de liberação do crédito. Está previsto ainda que o rebate para liquidação será de 96% sobre o saldo devedor para as liquidações efetuadas até o vencimento ou conforme outro prazo estabelecido em ato do presidente do Incra. O crédito de instalação será custeado pelo crédito extraordinário decorrente da Medida Provisória nº 1.260/2024 .
Nove famílias assentadas do Rio Grande do Sul foram as primeiras a assinar contratos do crédito de instalação, na modalidade habitacional. A assinatura aconteceu durante o Ato de Abertura do Plantio do Arroz Ecológico, realizado nesta terça-feira, 22 de outubro, no assentamento Integração Gaúcha. Participaram o presidente do Incra, César Aldrighi; e a ministra do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) em exercício, Fernanda Machiaveli.
As nove famílias são de dois dos assentamentos mais impactados pelas águas: o Integração Gaúcha (seis famílias), em Eldorado do Sul, e o Tempo Novo (três famílias), em Taquari – ambos projetos criados pelo Governo do Rio Grande do Sul e reconhecidos pelo Incra. Cada família terá acesso a R$ 75 mil.
A agricultora Rose da Silva, de 53 anos, foi uma das primeiras assentadas da reforma agrária a ser beneficiada com o crédito. “É muita emoção! É por nós, por nossa família, por nossos netos. Porque queremos deixar algo para eles, aquilo que a gente não recebeu dos nossos pais. Hoje a gente pode, com a nossa luta, deixar para eles uma herança boa, uma herança da terra”, afirmou emocionada.
Outras 87 famílias da Região Metropolitana e do Vale Taquari também vão acessar os recursos para habitação. Todas tiveram suas residências afetadas, com laudo de vistoria elaborado por responsável técnico contratado pelo Incra. Para operacionalizar os recursos, o Incra está concluindo o credenciamento de entidades parceiras, que serão escolhidas pelas famílias para elaborar os projetos e executar as obras.
Região Sul
Fabiano da Luz enfrenta Carlos Bolsonaro: “Santa Catarina não será extensão da casa dos Bolsonaro”
Carlos Bolsonaro vira símbolo do abuso político da família e da submissão da direita em SC – Foto: Assessoria/ Alesc/ Vídeo Facebook Carlos Bolsonaro
O deputado estadual Fabiano da Luz lançou duras críticas ao movimento da família Bolsonaro para transformar Santa Catarina em plataforma eleitoral privada. Segundo ele, a direita catarinense se acovardou diante das vontades do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro, aceitando passivamente a imposição de nomes vindos de fora, como Carlos Bolsonaro — um vereador carioca há 25 anos, desconhecedor da realidade local, que agora tenta se apresentar como opção ao Senado por um estado onde nunca viveu. Para Fabiano, essa manobra revela apenas um projeto de poder familiar que ignora o povo catarinense.
Fabiano da Luz questionou o que Santa Catarina está virando ao ser tratada como curral eleitoral de uma única família. Ele lembrou que o próprio governador do estado, recentemente, falava em separatismo e em “país do Sul”, mas agora aceita importar candidatos de outros estados para atender aos interesses bolsonaristas. Para o deputado, a contradição é gritante: se Carlos Bolsonaro é tão competente, por que não disputa no Rio de Janeiro, onde vive e construiu sua carreira? Por que nenhuma liderança do Sul — Rio Grande do Sul ou Paraná — aceita abrigá-lo como candidato?
O parlamentar também recordou o histórico de imposições eleitorais sofridas por Santa Catarina, como a eleição passada que colocou no Senado um nome desconhecido, sem vínculo com o estado, forçado por acordos políticos obscuros. Agora, afirma ele, a direita catarinense está novamente sendo obrigada a engolir um “forasteiro” que não conhece as rodovias estaduais, os hospitais regionais, os problemas de fronteira nem as necessidades reais da população. Enquanto isso, lideranças locais do próprio PL começam a cobrar o cumprimento de compromissos feitos “a quatro paredes” e descumpridos publicamente.
Para Fabiano, o ponto mais grave é transformar Santa Catarina em propriedade eleitoral de uma família que já acumula denúncias, escândalos e a compra de mais de cem imóveis, muitos deles em dinheiro vivo. Ele afirma que a importação de Carlos Bolsonaro para o estado é apenas mais uma tentativa de perpetuar esse projeto familiar de poder, às custas do setor público e da autonomia política catarinense. “Santa Catarina não pode se tornar o curral de uma única família”, conclui o deputado, apontando a necessidade urgente de recuperar a soberania das lideranças locais.
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