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Ministério Público e TCU pede suspensão de salários dos 25 militares envolvidos na tentativa de golpe

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Na representação, o subprocurador-geral enfatizou que os agentes tinham o dever de defender a Pátria, mas, em vez disso, formaram uma organização criminosa – Foto: Divulgação

O subprocurador-geral Lucas Furtado, representante do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), solicitou a suspensão dos salários de 25 militares indiciados pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. A representação foi encaminhada ao TCU nesta sexta-feira (22), segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles.

A iniciativa foi motivada pela revelação de que o governo destina aproximadamente R$ 8,8 milhões anuais para pagar os salários desses militares. O cálculo foi feito com base nos vencimentos individuais dos 25 militares envolvidos na tentativa de golpe.

Na representação, Furtado enfatizou que os agentes tinham o dever de defender a Pátria, mas, em vez disso, formaram uma organização criminosa com o objetivo de realizar a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“Nessas condições, a meu ver, não se mostra razoável e legítimo que o Estado continue a dispender valiosos recursos públicos com o pagamento de régias remunerações a esses indivíduos agora indiciados por esses graves crimes, que podem somar penas privativas de liberdade de até 28 anos”, escreveu. “A se permitir essa situação (a continuidade do pagamento de remuneração a esses indivíduos), na prática, o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio estado, para instaurar uma ditadura”.

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A Polícia Federal indiciou, no total, 37 pessoas na última quinta-feira (21), das quais 25 são militares. Os acusados vão responder por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

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Chefe da Polícia Federal pedirá abertura de inquérito contra deputado Van Hattem por crime contra a honra

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Deputado do Novo chamou Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, de prevaricador – Vinícius Schmidt/ Metrópoles @vinicius.foto

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, apresentará uma representação contra o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que o chamou de “prevaricador” em uma audiência na Câmara dos Deputados, na terça (3). Ele pedirá que o órgão apure se o parlamentar cometeu crime contra a sua honra, informa a coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Durante a audiência com Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, o parlamentar questionou o fato de ter sido indiciado pela PF anteriormente por calúnia e difamação depois de ter feito um discurso contra outro delegado, Fábio Alvarez Shor, que atua com o ministro Alexandre de Moraes em diferentes inquéritos que investigam Jair Bolsonaro (PL), políticos e militantes da oposição.

Ele disse que “dito policial federal” agia “como bandido” e fazia “relatórios absolutamente fraudulentos contra pessoas inocentes”.

Na audiência com Lewandowski, Van Hattemm sustentou que tem imunidade parlamentar e que por isso não poderia ter sido indiciado pelo discurso contra o policial. E desafiou Andrei Rodrigues a prendê-lo exatamente naquele momento.

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“Se há o entendimento que estou fazendo crime contra a honra, por que o seu chefe na PF, o diretor-geral Andrei, que está aqui, não me prende agora, em flagrante delito? Se é um crime contra a honra, que me prenda”, disse o deputado, dirigindo-se a Lewandowski.

“Só quero lembrar que eu não fui preso, sr. presidente, isso é crime contra a honra. Estamos diante de um prevaricador, que é o diretor-geral da Polícia Federal”, seguiu ele.

Lewandowski reagiu com indignação e pediu que as declarações do deputado fossem registradas nas notas taquigráficas. Com isso, a PF tem a prova documentada do xingamento.

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