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Mário Frias se revolta com prisão de Braga Netto e diz que militares são “bichinhos de estimação plutocrata”

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O deputado federal Mario Frias – Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

(Brasil 247) – O deputado federal Mário Frias (PL-SP) reagiu com indignação à prisão do general Walter Braga Netto, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no sábado (14/12). Em uma publicação nas redes sociais, Frias não poupou críticas às Forças Armadas, acusando-as de submissão à elite e de traição aos ideais de patriotismo.

“Alguns irão se chatear com o que vou dizer, mas é necessário que eu diga, para que possamos encerrar de vez uma das ilusões que nos aprisionam no debate político. Convivi com oficiais das mais altas patentes das Forças Armadas. Eles são, via de regra e com raras exceções, bichinhos de estimação da elite plutocrata que domina o país. Toda a mística de combatentes destemidos é uma farsa”, escreveu Frias.

O deputado classificou a prisão de Braga Netto como um reflexo da “servilidade” dos militares à “burocracia estatal”. Segundo ele, a suposta falta de resistência por parte das Forças Armadas é resultado de um treinamento que prioriza “temor servil e quase religioso por cargos e títulos burocráticos”.

“A prisão do honrado General Braga Netto (uma dessas raras exceções) é só mais um demonstrativo do quão baixo seus pares chegaram para servir aos interesses da facção que está no poder. Vocês são uma vergonha para a nação e entrarão para a história como a geração de covardes que são!”, concluiu Frias.

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Prisão e acusações contra Braga Netto

A prisão do general Walter Braga Netto foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e faz parte do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022. Além da prisão preventiva, foram realizadas buscas e apreensões em endereços ligados ao militar e ao coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto.

Segundo a Polícia Federal, o general é suspeito de pressionar comandantes das Forças Armadas para aderirem ao golpe e de tentar obter informações sigilosas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Há também indícios de que Braga Netto teria envolvimento na organização de monitoramentos, planejamentos de sequestros e possíveis homicídios de autoridades.

De acordo com a nota oficial da PF, as ações judiciais buscam “evitar a reiteração de atos ilícitos e garantir a livre produção de provas”. A Procuradoria Geral da República manifestou parecer favorável às medidas.

O ministro Moraes destacou que as investigações da operação Contragolpe trouxeram “graves indícios” do papel de liderança do general nos eventos apurados e evidências de obstrução de Justiça.

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Repercussão e contexto político

A prisão de Braga Netto marca um novo capítulo nas investigações sobre os atos golpistas que abalaram o país após as eleições de 2022. Apoiadores do governo anterior têm reagido de forma enérgica, enquanto setores da sociedade destacam a importância do avanço das investigações para consolidar a democracia.

Mário Frias, ao posicionar-se publicamente, reforça a divisão no campo político, utilizando sua plataforma para questionar a atuação das Forças Armadas e a decisão judicial. No entanto, a reação também expõe tensões internas no campo bolsonarista, que se vê cada vez mais pressionado pelas revelações de delações premiadas e evidências apresentadas pela Polícia Federal.

A operação Contragolpe, que revelou detalhes do suposto esquema golpista, continua a gerar desdobramentos, com novas denúncias e aprofundamento das investigações. Enquanto isso, o general Braga Netto e seus defensores preparam estratégias para enfrentar as acusações, que, se comprovadas, poderão levar a consequências legais e políticas graves.

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Para STF, investigação policial é saída para impasse das emendas. Governo Federal teme paralisia legislativa

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Congresso vê jogo casado entre Executivo e Judiciário na questão das emendas e pode preparar represálias contra o governo – Foto: Carlos Alves Moura/ STF

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que inquéritos policiais podem ser uma possível solução para o impasse envolvendo a transparência das emendas parlamentares, informa a jornalista Andréia Sadi, do G1. Os magistrados afirmam que esperaram uma solução política para o problema durante dois anos, mas não houve avanço, o que fez com que a Corte interviesse no tema.

O Palácio do Planalto também vê com bons olhos a instauração de inquéritos policiais para pressionar os congressistas. No entanto, o governo teme possíveis retaliações no Congresso, já que os deputados avaliam que Executivo e Judiciário jogam juntos no caso das emendas. Assim, parlamentares poderiam congelar pautas fundamentais para o Palácio do Planalto em 2025.

O impasse sobre a transparência das emendas vem se arrastando desde agosto de 2024, quando o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu os repasses das emendas até que fossem cumpridas condições específicas de publicidade e rastreamento. A decisão foi confirmada pelo plenário da Corte, e no início de dezembro o ministro liberou as emendas, mas com ressalvas, garantindo que as regras de transparência fossem seguidas.

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No entanto, em 23 de dezembro, uma nova manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), juntamente com líderes partidários, resultou em uma nova suspensão no valor de R$4,2 bilhões. Como consequência, Dino determinou que a Polícia Federal instaurasse um inquérito para investigar a destinação das emendas.

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