Região Sudeste
Deputado Glauber Braga diz que greve de fome só acaba “quando parar a perseguição que estou sofrendo”
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Parlamentar está a cerca de 60 horas sem comer e já perdeu quase dois quilos – Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) completou, às 11h desta sexta-feira (11), 59 horas em greve de fome. O protesto é uma resposta direta ao processo de cassação de seu mandato, em tramitação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Segundo nota oficial divulgada por sua assessoria, a ação contra o parlamentar é parte de uma “articulação golpista”.
Para preservar sua saúde, Braga passou por exames de sangue e fez a ingestão de meio litro de soro. A perda de peso registrada já se aproxima dos dois quilos desde o início da greve. Ainda assim, o parlamentar garante que seguirá com a mobilização. “Não vou voltar atrás em nenhuma das minhas decisões. Meu ato de estar aqui, em greve de fome, é minha resposta”, afirmou. E acrescentou: “sei que há muitas pessoas preocupadas com minha saúde, mas quero dizer que estou bem. Quando isso tudo vai parar? Quando parar a perseguição que estou sofrendo por dizer verdades que não queriam que fossem faladas”.
Nesta sexta, Glauber participa de um ato em solidariedade à deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), também na Câmara. Célia foi vítima de bombas de gás lacrimogêneo durante manifestação indígena ocorrida na noite de quinta-feira (10), em Brasília.
Após o evento com a parlamentar mineira, Glauber retorna ao Plenário 5, local onde vem pernoitando desde quarta-feira e que sediou a reunião do Conselho de Ética. O espaço tem sido ocupado por apoiadores e colegas parlamentares, que se revezam para prestar solidariedade ao deputado. Segundo a assessoria, “centenas de pessoas já passaram pelo Plenário”.
A comunicação com os apoiadores tem sido feita pelas redes sociais. A imprensa, por sua vez, continuará recebendo atualizações por meio de notas oficiais. A próxima divulgação está programada para as 19h desta sexta-feira. (Brasil 247)
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Países firmam em Belém uma declaração global que integra combate à fome, redução da pobreza e ação climática
Países firmam Declaração de Belém e reforçam combate à fome, pobreza e impacto climático – Foto: Aline Massuca/ COP30
Durante a Cúpula do Clima realizada em Belém, representantes de 43 países e da União Europeia oficializaram a “Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas”. O documento destaca que as mudanças climáticas já provocam efeitos severos no cotidiano de milhões de pessoas, sobretudo as mais vulneráveis, agravando desigualdades e ameaçando meios de subsistência em escala global.
A declaração reconhece que fenômenos como degradação ambiental, perda da biodiversidade, escassez hídrica e insegurança alimentar estão diretamente relacionados ao avanço das mudanças do clima. Segundo o texto, esses impactos recaem de forma desproporcional sobre populações pobres, rurais e comunidades tradicionais, afetando saúde, produção de alimentos, acesso à água e indicadores de bem-estar social.
Diante desse cenário, os países signatários reforçaram que as políticas de mitigação são essenciais, mas defenderam que a adaptação climática passe a ocupar papel prioritário nas estratégias nacionais. Entre as ações destacadas estão a ampliação de sistemas de proteção social, mecanismos de resposta rápida a desastres, programas de seguros agrícolas e iniciativas que fortaleçam a resiliência das famílias mais expostas a riscos climáticos.
O documento também enfatiza a necessidade de direcionar investimentos para projetos que promovam emprego, renda e oportunidades para pequenos agricultores, povos da floresta, pescadores artesanais e comunidades tradicionais. Essa diretriz busca garantir transições energéticas e produtivas que não deixem populações vulneráveis para trás.
Para monitorar o progresso das medidas, a declaração estabelece oito objetivos mensuráveis em áreas como proteção social, adaptação agrícola, financiamento climático, gestão de riscos e fortalecimento institucional. Entre as metas, está o compromisso de ampliar a proteção social em pelo menos 2% ao ano e aumentar o número de países com capacidade de prever e analisar vulnerabilidades climáticas de curto e longo prazos.
A assinatura da “Declaração de Belém” ocorreu na sessão final da Cúpula do Clima e é considerada estratégica por ter sido anunciada poucos dias após a primeira reunião da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, realizada em Doha. A iniciativa integra a agenda proposta pelo Brasil enquanto presidente do G20 em 2024.
Os signatários defendem ainda a ampliação do financiamento climático internacional, com foco em recursos para países em desenvolvimento. A meta global é alcançar ao menos US$ 300 bilhões anuais até 2035, com prioridade para projetos que assegurem segurança alimentar, adaptação e preservação de ecossistemas essenciais.
Ao final, os líderes reafirmaram o compromisso de revisar, até 2030, os avanços das políticas adotadas e reforçaram a necessidade de cooperação entre governos, organismos multilaterais e sociedade civil para enfrentar os impactos desiguais da crise climática e promover um desenvolvimento sustentável alinhado aos objetivos do Acordo de Paris.
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