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Socorro Neri realiza Audiência Pública na Câmara para debater adaptações no ENEM para estudantes autistas

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Neste Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 3 de novembro, a Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública para discutir a necessidade de adaptações no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para estudantes com autismo. A iniciativa foi da deputada Socorro Neri, que abraçou as sugestões que vieram do jovem acreano estudante do ensino médio, Davi Pereira. 

O estudante fez tais provocações nas redes sociais, afim de sensibilizar parlamentares e o poder público, que foram prontamente abraçadas pela deputada Socorro Neri, que destacou que a inclusão de estudantes autistas no sistema educacional exige adaptações que permitam uma avaliação justa e que respeite as especificidades desses alunos.

“Nosso mandato abraçou essa causa, e, além da audiência, também apresentei um Projeto de Lei propondo essas adaptações não apenas para o Enem, mas também para provas de certificação profissional e concursos públicos”, pontuou.

Segundo dados do Censo Escolar de 2023, o Brasil conta com 636 mil estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em instituições de ensino.

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Entre as adaptações sugeridas, a deputada Socorro Neri mencionou a inclusão de suportes visuais, como imagens e desenhos, para facilitar a compreensão das questões. Ela também ressaltou a importância de uma avaliação equitativa que garanta a esses estudantes a oportunidade de demonstrar seu potencial.

A audiência reuniu especialistas, representantes do Ministério da Educação, do INEP, da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e associações de pais e amigos de autistas.

O que disseram:

• Guilherme de Almeida/ Presidente da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas: “O Enem é um avanço frente aos vestibulares excludentes, mas ainda há muito a se fazer. É fundamental garantir acessibilidade virtual e uma linguagem simples, pensando não só no acesso, mas também na permanência.”

• Davi Pereira/estudante autista/Acre: “Quando falam de aumentar o tempo, depende de cada pessoa. Prefiro questões curtas e objetivas. Ter alguém lendo para mim me deixou desconfortável e cansado. Inclusão precisa ser para todos, mas considerando cada um. Agradeço à deputada Socorro Neri pela oportunidade de sermos ouvidos.”

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• Ana Paula Feminella/Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do MDHC: “Um passado de abandono dessa pauta gerou atrasos que ainda impactam, como o bullying. A inclusão é uma agenda de aprendizado contínuo.”

• Alexandre Mapurunga/Diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva do MEC: “Os direitos sociais são progressivos e não podemos nos dar por satisfeitos. A escuta é essencial para avançarmos. O autismo é apenas uma característica; somos mais do que isso.”

• Rubens Campos/ Diretor de Avaliação da Educação Básica (INEP): “A fala do Davi nos alerta sobre a atuação dos aplicadores e a necessidade de ledores específicos. Estamos trabalhando para que a leitura seja feita de forma autônoma, integrando texto e imagem. É uma adaptação simples, mas muito eficaz.”

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Sindmed flagra irregularidades no setor semi-intensivo: “é um verdadeiro abadono por parte de Gladson Cameli”

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Governador do Acre, Gladson Cameli – Foto: Luy Mídia/ Seop / Arte Alemão Monteiro

É uma vergonha o que vem acontecendo na saúde pública, durante a péssima gestão que vem sendo desepenhada pelo governador Gladson Cameli, não se sabe até o momento se os problemas são gerados por falta de competência da equipe do governo ou se é por falta de vontade mesmo.

A Diretoria do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) flagrou a falta de médico no setor semi-intensivo do Hospital da Criança (que é de competência do governo do Estado), durante o período do dia. O setor jurídico da entidade estuda o caso e avalia medidas jurídicas para evitar mortes de crianças, porque a situação vem se repetindo, chegando a não existir escala no mural.

Os sindicalistas verificaram ainda uma série de irregularidades envolvendo a estrutura física do local, como a existência de apenas um banheiro para atender todos os pacientes e acompanhantes dos mais de 50 leitos, e a falta de exaustão de ar.

Os representantes do Sindmed-AC ainda apontaram o forte cheiro de esgoto em algumas áreas. A Diretoria também apontou um erro de gestão da unidade, que deixou de utilizar alas do Into mais propícias para abrigar a enfermaria, com melhor ventilação, diferente do galpão improvisado em que o Hospital da Criança é abrigado.

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Ainda houve a constatação de equipamento de diálise acondicionado em local irregular, em uma ala da enfermaria que não possui ventilação e sem privacidade para a criança. A situação é considerada ainda mais complicada porque o serviço só pode funcionar mediante agendamento, já que não existe profissional de plantão autorizado a operar, o que ocorre de forma terceirizada.

Os diretores também verificaram problemas no repouso médico, que ainda abriga uma copa improvisada. O local em que os residentes trabalham possui condicionador de ar com poluição sonora que dificulta o trabalho e a discussão de casos.

Para Osvaldo Leal, diretor do Sindicato, a situação é gravíssima e deve ser corrigida com urgência, porque há anos a falta de assistência para crianças é pauta de cobranças feitas pelo Sindmed.

“Ficamos tristes com o cenário, é desolador, porque prejudica o trabalho dos médicos e pode causar danos para a saúde dos pacientes”, afirmou Osvaldo Leal.

A primeira secretária do Sindicato, Kátia Campos, explicou que um documento será enviado para a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), recomendando a resolução dos problemas, além da avaliação dos advogados, que podem apontar a necessidade do ajuizamento de processos contra a gestão.

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“Nossa preocupação é garantir melhores condições de trabalho, o que se reflete em um melhor atendimento para as crianças. Nesse caso, o Sindmed está preocupado, porque já existiu o registro de mortes pela falta de estrutura, em anos anteriores”, finalizou a sindicalista.

Lamentavelmente, todos esses problemas é fruto de uma gestão em que o grande responsável é cidadão que não prioriza os serviços essenciais. Gladson Cameli, atualmente é o responsável pelo retrocesso que o Acre está enfrentando e o caos que assola o Hospital da Criança é o resultado do desvio de milhões da saúde públic, no qual a Polícia Federal investiga.

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