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Casa de Governo completa 1 ano com queda histórica do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

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Ações coordenadas reduziram em 94,11% o garimpo ilegal ativo na TI Yanomami, em Roraima – Foto: Assessoria (Gov)

(Gov) – No último ano, a Casa de Governo desempenhou um papel essencial na desintrusão da Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima, consolidando um esforço histórico no combate à extração ilegal de ouro. A área de garimpo ativo dentro do território indígena sofreu uma redução expressiva de 94,11%, visto que o garimpo ativo em março de 2024 ocupava 4.570 hectares; já em fevereiro de 2025, a atividade garimpeira ilegal foi registrada em apenas 269 hectares.

Além da queda significativa de áreas de garimpo em atividade, os dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, indicam que a abertura de novos garimpos também vem sendo severamente contida. Ao comparar os anos de 2022 e 2024, houve uma redução de 95,76% na área de novos garimpos, evidenciando o controle cada vez mais rigoroso sobre a atividade ilegal. O Censipam também desempenha um papel fundamental na produção de imagens de satélite e na análise de dados de outros sistemas para orientar e monitorar as ações de combate ao garimpo.

A coordenação entre órgãos de segurança, como a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), além da presença estratégica das Forças Armadas, seguem garantindo a continuidade das operações contra o garimpo ilegal.

Desde a abertura da Casa de Governo, em 28 de fevereiro de 2024, foram realizadas 4.130 operações no território, reforçando a fiscalização e a repressão às atividades ilegais. As ações estratégicas são desempenhadas por diferentes órgãos, a exemplo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que participa com análises e informações antecipadas de inteligência para a prevenção de novas incursões ilegais. Outro exemplo é o Comando Conjunto Catrimani II, das Forças Armadas, que lidera ações militares diurnas e noturnas, garantindo a fiscalização contínua da Terra Indígena e impedindo a retomada de atividades criminosas.

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Ataques a estruturas criminosas

Paralelamente, órgãos ambientais desempenham um papel essencial na fiscalização e mitigação dos impactos ao meio ambiente, incluindo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que atuam na recuperação do território e na proteção das áreas degradadas pelo garimpo ilegal.

Além disso, instituições como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o próprio Censipam contribuem para a identificação e desativação de estruturas clandestinas utilizadas na logística do garimpo, reforçando as ações de repressão e monitoramento aéreo.

A fiscalização rigorosa resultou na apreensão e inutilização de 479 acampamentos, 80 balsas, 694 máquinas leves e 60 máquinas pesadas. Também foram interceptadas 21.294 pessoas em abordagens, além da aplicação de R$ 11,6 milhões em multas.

As operações resultaram na inutilização e apreensão de 34,1 quilos de ouro, 147,9 toneladas de cassiterita, 143,7 mil litros de óleo diesel, 50,8 toneladas de suprimentos, 20,1 mil litros de gasolina, 13,1 mil litros de GAV (querosene de aviação) e 227 gramas de mercúrio. Além disso, foram apreendidas 1.892 munições e 70 placas solares.

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A destruição de 51 pistas de pouso clandestinas e de 25 aeronaves também desarticulou a logística do garimpo, reduzindo drasticamente o fluxo de suprimentos ilegais para dentro da Terra Indígena Yanomami. Como consequência direta dessas ações, a Polícia Federal tem avançado nas investigações e inquéritos que apuram crimes ambientais e financeiros relacionados à exploração ilegal, resultando em diversas operações, apreensões e bloqueios de bens dos investigados.

Outro reflexo direto da redução do garimpo foi a retomada do modo de vida tradicional dos Yanomami, com o plantio de culturas para garantir a segurança alimentar. Com a segurança territorial restabelecida e o apoio de políticas públicas, os indígenas voltaram a cultivar suas roças, prática que pôde ser quantificada pelo Programa Brasil M.A.I.S., do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Em dezembro de 2024, o programa registrou, via satélite, 33 alertas de corte raso no interior da Terra Indígena Yanomami, totalizando 22,94 hectares destinados ao cultivo – o equivalente a 32 campos de futebol. A expansão dessas áreas reafirma a autonomia produtiva dos Yanomami e fortalece sua segurança alimentar.

Com um ano de avanços concretos, a Casa de Governo reafirma o compromisso do Governo Federal em seguir atuando na proteção do território Yanomami. As ações continuam sendo intensificadas, com fiscalização ativa e políticas públicas voltadas à preservação ambiental e à segurança dos povos indígenas, garantindo que os esforços feitos até agora tenham continuidade.

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“Isso mostra o tamanho do descaso na gestão Bocalom”: Kamai denuncia erro da Prefeitura na convocação de educadores concursados

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“Isso mostra o tamanho do descaso da prefeitura”, diz vereador – Fotos: Paulo Murilo

O vereador André Kamai (PT) usou a tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco, nesta quinta-feira (13), para denunciar um erro grave na convocação de educadores aprovados em concursos da educação municipal. O parlamentar classificou a situação como um “absurdo”, cobrando responsabilidade da gestão do prefeito Tião Bocalom (PP) diante da confusão que pegou muitos trabalhadores de surpresa.

Segundo Kamai, a publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) trouxe nomes de profissionais que já haviam sido convocados e contratados anteriormente, enquanto muitos que aguardavam pela nomeação ficaram de fora. O erro causou desespero entre os educadores, que temiam a exclusão do processo.

“Tomara, Deus, que seja corrigido, porque estamos falando de sonhos. Essas pessoas estudaram, se prepararam e foram surpreendidas com esse erro”, afirmou o vereador.

O parlamentar relembrou que a questão da educação tem sido uma pauta constante na Câmara, destacando a necessidade urgente de recomposição do quadro de profissionais. Ele alertou que a convocação anunciada pela prefeitura não é suficiente para atender a demanda das escolas municipais.

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“Não vamos nos enganar. Parece uma grande convocação, mas não é. Para o ensino de 1° ao 5° ano, por exemplo, chamaram cerca de 30 a 35 professores, quando a necessidade real ultrapassa 400 profissionais”, criticou.

O erro na publicação também foi denunciado por educadores na própria Câmara. A professora Rosilane Araújo questionou a situação: “Eles já estão trabalhando, vão tomar posse de novo?”. Após as denúncias, o líder do governo na Câmara, vereador Rutênio Sá (UB), reconheceu a falha e garantiu que o problema seria corrigido na próxima edição do DOE.

Apesar da promessa de correção, Kamai reforçou a necessidade de maior comprometimento da gestão municipal com a educação e os trabalhadores.

“Isso mostra o tamanho do descaso da prefeitura. A gente pede atenção e respeito. Esses profissionais não podem ser tratados com tanto desleixo”, concluiu o vereador.

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