Região Norte
Cadê os R$ 140 milhões? Vereador André Kamai cobra transparência e tenta aprofundar debate sobre o programa Asfalta Rio Branco
Região Norte
Vereador André Kamai – Fotos: Paulo Murilo
Na tentativa de garantir transparência e responsabilidade com o dinheiro público, o vereador André Kamai (PT) apresentou uma série de requerimentos na Câmara Municipal de Rio Branco solicitando informações e propondo a convocação de autoridades e empresários ligados ao polêmico programa Asfalta Rio Branco. O programa, encerrado na última semana, recebeu duras críticas por suposta execução apressada e uso político em ano eleitoral, além de ser financiado com empréstimos que somam R$ 140 milhões.
Kamai propôs a convocação do secretário municipal de Infraestrutura, Antônio Cid Rodrigues, para que prestasse esclarecimentos sobre os contratos, pagamentos, processos licitatórios e execução das obras do programa, cujas falhas foram reconhecidas até mesmo por membros da atual gestão. Em plenário, o vereador criticou a rejeição do requerimento pela base aliada do prefeito Tião Bocalom, que optou por não oficializar a convocação, preferindo um possível convite informal ao secretário em um futuro incerto, até o momento.
“Se está tudo certo, como diz o vídeo enviado pelo próprio secretário, por que não aprovar a convocação? Qual o receio em trazer essas informações de maneira oficial? O que estamos vendo é um boicote ao trabalho de um colega apenas por ele ser de oposição. Essa postura desrespeita não apenas o mandato parlamentar, mas principalmente a população que exige respostas”, afirmou Kamai.
O parlamentar também tentou aprovar o convite ao empresário Jarbas Soster, que denunciou possíveis irregularidades no programa. O requerimento foi rejeitado. “Negar o direito de escutar quem denuncia é fechar os olhos para o que pode ser uma grave ofensa à moralidade pública”, criticou.
Apesar da resistência da base, Kamai conseguiu aprovar um requerimento determinando o envio, por parte da Prefeitura, de todo o processo licitatório do programa, além dos contratos administrativos, termos aditivos, boletins de medição, ordens de pagamento e documentos fiscais relacionados ao Asfalta Rio Branco.
“Já pedi esses documentos pela Lei de Acesso à Informação e recebi apenas um link incompleto, escrito num papel. A Prefeitura não está cumprindo a LAI. Isso é gravíssimo. Se a gestão não tem o que esconder, que entregue todos os documentos como manda a lei. O povo de Rio Branco tem o direito de saber o que foi feito com cada centavo desse programa milionário”, declarou o vereador.
Kamai finalizou alertando para o risco de o Legislativo virar uma instância apenas figurativa se não exercer sua função fiscalizadora. “Não estamos aqui para bater palma para o Executivo. Estamos aqui para trabalhar em nome do povo. E isso significa fiscalizar e exigir transparência, doa a quem doer”, concluiu.

Região Norte
Grupo da ministra Marina Silva cogita deixar Rede Sustentabilidade após derrota para Heloísa Helena
As “Marinas” estão no grupo que questiona legitimidade de processo eleitoral da Rede Sustentabilidade – Imagem: Reprodução/ Instagram
Após derrota no congresso da Rede Sustentabilidade para a ala liderada pela ex-senadora Heloísa Helena, integrantes de grupo comandado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cogitam deixar o partido.
O que aconteceu
Ala de Marina contesta resultados, espera decisões da Justiça, e o futuro da ministra na sigla é incerto. Ela e parlamentares já são sondados por outros partidos, como o PSB, do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Lideranças próximas admitem que, caso a Justiça não reverta o resultado, a permanência se tornaria “insustentável” sob o comando da ala de Heloísa Helena. Segundo fontes ouvidas pelo Portal UOL, a ministra pretende aguardar o andamento de ações judiciais que contestam o resultado do congresso.
Marina diz oficialmente que não há uma decisão sobre deixar a Rede. “Não tem nenhuma confirmação de saída de ninguém da Rede”, afirma o comunicado do grupo.
Racha na Rede foi exposto após congresso nacional da sigla, considerado pelo grupo de Marina como “violento”, “arbitrário” e “desrespeitoso”. Representando o grupo de Heloísa Helena, Paulo Lamac venceu a disputa interna, com 73,5% dos votos, e se tornou o novo porta-voz do partido, o que significou derrota para Marina Silva.
Ala de Marina afirma que houve fraudes no processo eleitoral, mas Lamac nega e critica questionamentos. “Cada vez que não se reconhece, num processo democrático, a vitória dos adversários, a gente flerta com regimes autoritários”, afirmou o novo porta-voz do partido
Apesar das acusações de irregularidades, a Justiça negou pedidos do grupo de Marina para suspender o congresso.
Risco de debandada
Saída de Marina poderia provocar debandada de parlamentares da Rede. A avaliação do entorno dela é de que a ministra é um “polo aglutinador” no partido e sua desfiliação poderia levar outros quadros com mandato a fazerem o mesmo.
O deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE) é um dos nomes com futuro incerto. Ele tem relação conflituosa com Heloísa Helena e demonstra descontentamento com os rumos do partido. Nos bastidores, circula a informação de que o parlamentar estaria negociando filiação ao PDT. Túlio foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, mas não respondeu.
Grupo “das Marinas”, de São Paulo, deve decidir futuro conjuntamente. Marina Helou (Rede-SP) e a vereadora de São Paulo Marina Bragante (Rede-SP) definirão juntas se continuam ou não na Rede. A decisão, no entanto, deve ser atrelada ao que fará Marina Silva, de quem ambas são próximas.
“A gente tem reavaliado a nossa participação no partido”, diz deputado estadual da Paraíba. Ligado ao grupo de Marina Silva, Chió (Rede-PB) revelou decepção com o processo de escolha de Lamac. “Vim para o partido pensando que aqui não teria dono, seria democrático, mas o que eu vi aqui foi o contrário”, criticou (Veja matéria completa no portal UOL)
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