Região Norte
1.477 resgatados: conheça detalhes da Operação Voltando em Paz. Até agora, nove voos foram concluídos
O décimo, com 32 pessoas que estavam em Gaza, tem previsão de chegada ao Brasil na noite desta segunda
Região Norte
Resgate, acolhimento, ajuda humanitária: um resumo da Operação Voltando em Paz. Fotos: FAB / GOV . BR
SCSPR – Trinta e seis dias marcados por diplomacia, logísticas complexas e articulações diante de um cenário de crise internacional. Horas de atuação de um time de embaixadores, diplomatas, funcionários de representações consulares, pilotos, comandantes, especialistas em logística, profissionais da área médica e de saúde mental e montagem de estrutura de acolhimento sob comando da Presidência da República.
O que fizemos, de buscar a nossa gente lá, é para dizer o seguinte: ‘Ninguém larga a mão de ninguém nesse país’. Qualquer brasileiro que estiver dentro da área de guerra, que precisar voltar, nós não mediremos esforços. Esse é o papel do Brasil no mundo”. (Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República).
Montada pelo governo brasileiro para repatriar cidadãos na zona do conflito iniciado em 7 de outubro, no Oriente Médio, a Operação Voltando em Paz viveu, neste 12 de novembro, mais um capítulo importante de sua trajetória, quando o grupo de brasileiros que ansiava por deixar a Faixa de Gaza cruzou a fronteira com o Egito.
“Chegamos finalmente ao Egito com o apoio do Brasil”, celebrou Hasan Rabee, em post na rede social X (antigo Twitter). “Obrigado ao Governo Federal, obrigado presidente, embaixadores, equipe da Embaixada no Egito e em Ramala, nesse grande esforço para nos retirar de lá”, prosseguiu, em vídeo postado pelo canal do Itamaraty.
A previsão é de que eles embarquem nesta segunda-feira, 13/11, em um avião VC2, da Presidência da República, na décima viagem de repatriação de brasileiros. A chegada está prevista para as 23h30 desta segunda, na Base Aérea de Brasília. Ao tocar o solo, serão 1.477 passageiros transportados: 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana, além de 53 animais domésticos.
Eram 19h12 de 10 de outubro, no horário local de Tel Aviv, quando uma aeronave KC-30, um Airbus A330 200 da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou da capital israelense levando 211 brasileiros. Aquele voo, que pousou por volta das 4h10 de 11 de outubro em Brasília, marcou a primeira missão da Operação Voltando em Paz. “Saímos de Tel Aviv debaixo de mísseis e chegamos ao Brasil com aplausos. A nossa esperança é olhar para o céu e saber que não cairão bombas”, disse, aliviado, o escritor e empresário brasiliense Fabrício Ramon Lopes, que fez parte do primeiro voo da Operação Voltando em Paz a pousar no Brasil.
O mundo ainda assimilava o choque dos atentados cometidos contra Israel no sábado, 7 de outubro, quando o Governo Brasileiro deu início à mobilização para estruturar como a resposta para a retirada dos brasileiros da zona de conflito. No mesmo dia dos ataques, foi montado um gabinete de crise e, uma vez acionadas, as embaixadas do Brasil em Tel Aviv (Israel), do Cairo (Egito) e o Escritório de Representação em Ramala (na Palestina) deram início à operação diplomática para identificar quem eram e onde estavam os brasileiros na região conflagrada. Em paralelo, a Força Aérea Brasileira era acionada para garantir que as aeronaves pudessem resgar os cidadãos nacionais no mais breve prazo possível.
Por meio de formulário online, cerca de 2,7 mil manifestaram interesse em retornar ao Brasil. Aqueles que não conseguiram lugares em voos de companhias aéreas privadas passaram a ser atendidos pela Operação Voltando em Paz, seguindo requisitos de prioridade para brasileiros sem passagens, não residentes, gestantes, idosos, mulheres e crianças. Até especialistas do Ministério da Agricultura foram envolvidos para garantir o repatriamento de animais domésticos. “O que fizemos, de buscar a nossa gente lá, é para dizer o seguinte: ‘Ninguém larga a mão de ninguém nesse país’. Qualquer brasileiro que estiver dentro da área de guerra, que precisar voltar, nós não mediremos esforços. Esse é o papel do Brasil no mundo.”, afirmou o presidente Lula, um dia depois do sucesso da oitava missão.
A quinta-feira, 2 de novembro, marcou uma nova etapa da operação. Naquela data, uma aeronave VC-2 (Embraer 190), cedida pela Presidência, tocou o solo na Base Aérea de Recife (PE). A bordo, 32 repatriados da Cisjordânia. A Representação Brasileira em Ramala organizou uma complexa operação de resgate de 12 famílias. Eram 12 homens, 9 mulheres e 11 crianças, com seis idosos, dois deles cadeirantes. Eles foram levados em três veículos alugados pela representação e conduzidos de 11 cidades da Cisjordânia até Jericó, onde fizeram os trâmites migratórios. Então, amparados pela missão brasileira, cruzaram a fronteira com a Jordânia, seguiram para a capital Amã, e de lá decolaram para o Brasil. “Quero paz. Para se locomover de uma região para outra estava bem difícil lá, com pessoas armadas”, frisou Amer Aziz, que retornou com quatro filhos.
Na chegada ao Brasil do voo com os repatriados de Gaza, o Governo Federal já tem uma operação de acolhimento montada. Em complemento ao apoio de suas famílias, eles terão à disposição serviços de abrigo, documentação e alimentação, além de apoio psicológico, cuidados médicos e imunização. Ficarão dois dias hospedados em Brasília. “Alguns brasileiros já têm destino certo porque têm familiares aqui, então serão deslocados para esses locais. Uma parcela significativa, quase a metade do grupo, não tem onde ficar, mas o Governo Federal já disponibilizou, através do Ministério do Desenvolvimento Social, um local onde essas pessoas ficarão acolhidas. Vai ser no interior de São Paulo”, afirmou Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A Operação Voltando em Paz não foi marcada apenas por missões de resgate. Além dos voos de repatriação, duas aeronaves da Presidência levaram à região de conflito alimentos, insumos médicos e purificadores de água. Em 18 de outubro, um VC-2 pousou no Egito com equipamentos de filtragem de água e kits de saúde. A carga continha 40 purificadores de água com capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia. Com tecnologia e fabricação brasileiras, os equipamentos são capazes de remover 100% de vírus e bactérias da água. O acesso à água potável é uma das maiores dificuldades enfrentadas hoje pela população da Faixa de Gaza.
Naquele dia, também foram desembarcados dois kits de saúde. Cada um atende até 3 mil pessoas ao longo de um mês e são compostos por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas. Ao todo, cada kit continha 48 itens, com um total de 267 quilos de materiais. Em 2 de outubro, um outro VC-2 da Presidência da República pousou no Aeroporto Internacional de Al-Arish, Egito, levando na bagagem 1,5 tonelada de alimentos – arroz, açúcar, derivados de milho e leite – destinados à população da Faixa de Gaza, oferecidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em uma nova ação de ajuda humanitária do governo brasileiro aos palestinos.
Veja o vídeo:
Após deixarem Gaza, brasileiros se divertem em praia no Egito antes de seguirem viagem para o Brasil pic.twitter.com/OdAGuVxQYL
— 3 de Julho Notícias (@3dejulhonoticia) November 12, 2023
Região Norte
Nova administração do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região toma posse em Porto Velho
(Secom/TRT-14) – Desembargadores Ilson Alves Pequeno Junior e Carlos Augusto Gomes Lôbo assumem presidência e vice-presidência/corregedoria do TRT-14, com foco no fortalecimento jurisdicional e administrativo, na reestruturação e inovação tecnológica.
Em uma solenidade prestigiada por autoridades, representantes de instituições parceiras, servidores e servidoras, o Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (RO/AC) deu posse aos novos dirigentes para o biênio 2025/2026. O evento presencial ocorreu na tarde desta quarta-feira (4), no auditório do TRT-14, em Porto Velho, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do Tribunal no YouTube.
O desembargador Ilson Alves Pequeno Junior assume, a partir de 1º de janeiro de 2025, a Presidência do Tribunal, cargo que já ocupou no biênio 2013/2014. Já o desembargador Carlos Augusto Gomes Lôbo assume as funções de vice-presidente e corregedor regional, atividades essas também já exercidas no biênio 2007-2008. Ambos foram eleitos em outubro deste ano em sessão do Tribunal Pleno, reforçando o compromisso com a continuidade e a inovação na gestão.
A cerimônia foi conduzida pelo então presidente, Osmar J. Barneze. Após a leitura do termo de posse, lida pelo secretário do Tribunal Pleno e Turmas, Alexandre Gonçalves Zimmermann, o desembargador Barneze empossou oficialmente os mencionados desembargadores.
Destaques da nova administração
Em seu discurso, o novo dirigente do Tribunal, Ilson Pequeno Junior, destacou como eixo estruturante de sua gestão a inovação, que servirá como parâmetro para a alteração da cultura organizacional, mudança no desenho dos processos de trabalho, com aplicação de novas tecnologias, capacitação dos juízes e servidores e aprimoramento da medição e avaliação de resultados. Destacou, também, um papel colaborativo da Presidência no cumprimento das metas nacionais de desempenho: “A presidência do TRT será parametrizada para atuar, majoritariamente, como um setor de inteligência, acumulando a sua atividade tradicional de órgão executivo com a de um órgão patrocinador de assessoramento e apoio a cada uma das unidades da nossa estrutura, com foco no cumprimento das missões institucionais, amparados pela nossa missão, visão e valores.” disse o presidente eleito.
Também como eixo da inovação, anunciou o presidente eleito que adotará projetos de redução de custos e com a otimização da sustentabilidade. “Estamos atentos à Agenda 2030 da ONU, no eixo sustentabilidade ambiental, aplicando, em 100% do tribunal, energia fotovoltaica, além de reciclagem de materiais específicos em todas as unidades. ”
Em sua fala, Pequeno Júnior fez um pedido: “Almejo ser recebido por vocês como um servidor, como o mais humilde entre todos, contando apenas com o diferencial de quem alçou o cargo de desembargador e presidente deste tribunal.”
Referindo-se ao servidor que assumirá o cargo de Diretor Geral das Secretarias, anunciou: “conclamo o ilustre colega a ser, assim como eu serei, o mais humilde e disponível entre todos os servidores. Peço que sejas aquele que estará pronto para colocar toda a estrutura que temos disponível a serviço dos macro e micro indicadores.”
Autoridades presentes
Também estiveram presentes o desembargador do Trabalho da 23ª Região e conselheiro do CSJT, Paulo Roberto Ramos Barrionuevo; o presidente do TRT da 20ª Região, o desembargador José Augusto do Nascimento; o desembargador Glodner Luiz Pauletto, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, os desembargadores do TJ/RO, Roosevelt Queiroz, Alexandre Miguel, Hiran de Souza Marques; o desembargador Samoel Martins Evangelista, corregedor-Geral da Justiça, representando o Tribunal de Justiça do Estado do Acre; Marcos Alaor Diniz Grangeia, vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral, no exercício da Presidência, o procurador-Geral do estado de Rondônia, Thiago Alencar Alves Pereira; o procurador de Contas Ernesto Tavares Victoria, representando o procurador -Geral do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia; o procurador de Justiça, diretor da Escola Superior do Ministério Público do Estado de Rondônia, Marcelo Lima de Oliveira; o defensor público-Geral do estado de Rondônia, Victor Hugo de Souza Lima; desembargador do Trabalho aposentado Eraldo Fróes Ramos; o presidente da Amatra-14, José Carlos Hadad de Lima; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rondônia, Márcio Melo Nogueira; o presidente da OAB/AC, Harlem Moreira; os conselheiros Federal da OAB, advogado Andrey Cavalcante e Elton Assis; o comandante do 5º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro, tenente-coronel Jonas Santos Silva Junior; o suboficial Macisti Cruz de Alcântara, representando a Capitania dos Portos de Porto Velho; o comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia, coronel bombeiro, Nivaldo de Azevedo Ferreira e o diácono William dos Santos Brasil, representando a Arquidiocese de Porto Velho.
Biografia dos novos dirigentes
Ilson Alves Pequeno Junior (Presidente)
Natural de Recife (PE), formou-se em Direito pelo UniCEUB. Foi servidor do Senado Federal e do TRT-14, onde exerceu cargos de direção antes de ingressar na magistratura em 1990. Atuou como juiz em Rondônia e Acre, acumulando funções de gestão em diversos Fóruns e Varas do Trabalho. Foi empossado como desembargador em 2011 e já presidiu o Tribunal no biênio 2013-2014, além de ocupar a vice-presidência nos biênios 2011-2012 e 2015-2016.
Carlos Augusto Gomes Lôbo (Vice-presidente e Corregedor)
Nascido em Porto Velho (RO), é bacharel em Direito pela Universidade de Brasília. Iniciou sua carreira como procurador jurídico da Assembleia Legislativa de Rondônia. Tornou-se Juiz do Trabalho Substituto do TRT-14 em 1990, sendo promovido a titular nas Varas do Trabalho de Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Assumiu como desembargador em 2005 e já ocupou os cargos de vice-presidente no biênio 2005-2006 e presidente no biênio 2007-2008.
O evento contou com a presença de diversas autoridades do meio jurídico e institucional.
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