Política Mundo
Panamá rejeita ameaça do presidente Donald Trump sobre o Canal: “não foi uma concessão de ninguém”
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José Raúl Mulino – X (ex Twitter) José Raúl Mulino
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, reagiu de forma enfática às declarações feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (20). Em seu discurso de posse, Trump havia afirmado que os EUA estavam “recuperando” o Canal do Panamá, além de criticar a administração panamenha e alegar que os navios americanos estariam sendo “severamente sobrecarregados” com tarifas.
Mulino, em comunicado oficial publicado no X (antigo Twitter), afirmou que em nome do povo panamenho, rejeitava “de maneira integral” as palavras de Trump. Ele reafirmou que o Canal do Panamá continua sob controle total do país, com uma gestão que respeita sua neutralidade permanente. “O Canal é e seguirá sendo de Panamá e sua administração seguirá estando sob controle panamenho”, declarou Mulino, lembrando que a soberania sobre o canal foi conquistada após lutas geracionais, culminando com o Tratado Torrijos-Carter de 1977, que resultou na transferência do controle da via interoceânica para o Panamá em 1999.
O presidente do Panamá também ressaltou que o Canal não foi uma “concessão de ninguém” e que, desde sua transferência, o país tem administrado e expandido a infraestrutura com responsabilidade, atendendo ao comércio mundial, incluindo os Estados Unidos. “Desde então até a data de hoje, por 25 anos, de maneira ininterrupta, o administramos e expandimos com responsabilidade”, afirmou Mulino.
Em seu discurso, Trump criticou a atual administração do canal, mencionando que a China estaria operando a via e sugerindo que os Estados Unidos não haviam cedido a soberania para Pequim, mas sim para o Panamá. Mulino refutou essas alegações, defendendo o direito do Panamá de manter a administração do Canal, amparado pelo Tratado e pelo Direito Internacional.
O presidente panamenho concluiu sua declaração reiterando que o diálogo sempre será a melhor via para esclarecer mal-entendidos, sem comprometer a soberania do Panamá. “O diálogo é sempre a via para esclarecer os pontos mencionados sem prejudicar nosso direito, soberania total e propriedade de nosso Canal”, finalizou.

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Israel trará todos os reféns de volta, e o Hamas “não estará lá”, diz o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu
(TEL AVIV, 8 de fevereiro/ TASS) – Israel fará todo o possível para trazer todos os reféns mantidos em Gaza de volta para casa, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em um discurso em vídeo à nação.
“Faremos tudo para devolver todos os nossos reféns”, disse Netanyahu, acrescentando que o presidente dos EUA, Donald Trump, “concorda plenamente” que Israel “fará todos os esforços para trazer todos os reféns de volta e o Hamas não estará lá”.
O premiê israelense observou que mais cedo no sábado, quando três reféns foram entregues à Cruz Vermelha em Gaza, “nós mais uma vez vimos os monstros do Hamas”. “Eles são os mesmos monstros que massacraram cidadãos israelenses e torturaram os reféns, e eu mais uma vez digo a eles que eles pagarão o preço”, disse Netanyahu. Ele também enfatizou que havia instruído os negociadores israelenses “a dizer isso aos mediadores”.
Mais cedo no sábado, o gabinete do primeiro-ministro disse que Israel responderia às “imagens horríveis” da entrega de reféns à Cruz Vermelha em 8 de fevereiro, que demonstraram o péssimo estado em que os cidadãos israelenses se encontravam.
Enquanto isso, o meio de comunicação Ynet informou, citando fontes, que Netanyahu havia dado instruções para enviar uma delegação israelense ao Catar para discutir mais detalhes do acordo de cessar-fogo em Gaza.
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