Política Mundo
Donald Trump: Estados Unidos suspendem financiamento para novas vendas de armas à Ucrânia
Política Mundo
Decisão de Washington reforça incerteza sobre o futuro do apoio militar ao governo de Zelensky – Foto: Reprodução vídeo Globo News
O governo dos Estados Unidos suspendeu o financiamento para novas vendas de armas à Ucrânia e está considerando congelar os embarques de armamentos de seus estoques, informou o Wall Street Journal nesta segunda-feira (4), citando fontes não identificadas. A medida ocorre em um momento de revisão mais ampla da política externa norte-americana, impulsionada pela administração de Donald Trump.
De acordo com o Axios, Trump convocou uma reunião na tarde de segunda-feira para discutir a possibilidade de suspender a assistência militar a Kiev. Participaram do encontro figuras-chave do governo, como o vice-presidente J.D. Vance, o Secretário de Estado Marco Rubio, o Secretário de Defesa Pete Hegseth e o Conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz.
O Washington Post também confirmou que Trump está considerando não apenas a paralisação das remessas de armas e equipamentos, mas também a interrupção do compartilhamento de inteligência e do treinamento de soldados e pilotos ucranianos. A decisão pode representar uma mudança drástica no envolvimento norte-americano no conflito.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, alertou que um acordo de paz entre seu país e a Rússia “está muito, muito distante”. Mesmo após um encontro tenso com Trump e Vance na sexta-feira (1º), em Washington, Zelensky insistiu que a parceria com os EUA permanece sólida. “A Ucrânia tem uma parceria forte o suficiente com os Estados Unidos da América para garantir que a assistência continuará”, afirmou.
Trump, no entanto, reagiu duramente à declaração do líder ucraniano em sua rede social Truth Social. “Foi a pior declaração que poderia ter sido feita por Zelensky”, disse o presidente norte-americano, acrescentando que “a América não tolerará isso por muito mais tempo”. Trump também afirmou que Zelensky “não quer a paz enquanto tiver o apoio dos EUA”.
O Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, ecoou um tom semelhante em entrevista à Fox News após o fim de semana, sugerindo que a paciência do eleitorado americano está se esgotando. “A paciência do povo americano não é ilimitada, seus bolsos não são ilimitados, e nossos estoques de munição também não são ilimitados”, afirmou.
Já o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, confirmou que Zelensky foi informado de forma direta na reunião de sexta-feira que qualquer apoio financeiro adicional dependeria da disposição da Ucrânia em negociar a paz com a Rússia.
A decisão de Washington coloca ainda mais pressão sobre o governo de Zelensky, que enfrenta desafios militares e financeiros para sustentar a guerra contra a Rússia. Com a incerteza sobre o apoio dos EUA, a estratégia ucraniana pode precisar ser reconsiderada em um cenário de crescente isolamento diplomático e dificuldades no campo de batalha.

Política Mundo
Agência dos EUA vai investigar o “Rei do Lixo” por suspeita de lavagem de dinheiro em cassinos
Marcos Moura, o “Rei do Lixo” – Foto: Reprodução/ Instagram
A Homeland Security Investigations (HSI), agência do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos especializada em crimes transnacionais, notificou autoridades brasileiras sobre a abertura de uma investigação contra o empresário José Marcos de Moura, conhecido na Bahia como o “Rei do Lixo”. A apuração, segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, envolve movimentações financeiras suspeitas e possível lavagem de dinheiro em solo norte-americano.
A divisão, que também atua em crimes financeiros, identificou remessas milionárias feitas por Moura para contas nos Estados Unidos, incluindo algumas abertas em cassinos locais. O empresário já é investigado pela Polícia Federal (PF) por integrar um esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares e fraudes em contratos públicos.
De acordo com fontes ligadas à investigação, o montante enviado para os EUA pode chegar a US$ 10 milhões (cerca de R$ 58,2 milhões na cotação atual). Além dos documentos rastreados pelos agentes norte-americanos, a PF também localizou mensagens em celulares apreendidos durante a Operação Overclean que comprovam as tratativas de Moura com instituições financeiras nos Estados Unidos.
Ainda de acordo com a reportagem, os dados investigados apontam ainda que o empresário também fez remessas para cassinos em Punta del Este, no Uruguai, e trocou mensagens com funcionários sobre compras de relógios Rolex naquele país. Como revelado no mês passado, a PF apreendeu sete Rolex e outras 91 joias de grifes de alto luxo italianas, suiças, britânicas, francesas, alemãs, americanas e brasileiras na casa do empresário, em dezembro. Algumas peças estavam em seu poder no momento da prisão.
Os agentes também confiscaram R$ 717 mil em dinheiro, armazenados em sua residência, em Salvador, e na sede da MM Limpeza Urbana, uma de suas empresas. Os valores estavam distribuídos em maços de reais, dólares e euros.
A frequente presença de Moura em cassinos era conhecida por seus aliados e está no radar dos investigadores, que aguardam informações adicionais dos Estados Unidos para aprofundar a apuração sobre o destino dos recursos desviados.
A investigação conduzida pela Polícia Federal revela que o esquema liderado por José Marcos de Moura e o também empresário Alex Rezende Parente desviou R$ 1,4 bilhão em verbas de emendas parlamentares destinadas ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Os desvios ocorreram por meio de contratos fraudulentos com prefeituras.
Além de Moura e Parente, outras 15 pessoas são alvos do inquérito, supervisionado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Kassio Nunes Marques. A investigação chegou à Corte após o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA) ser citado durante as apurações. Elmar é primo de Francisco Nascimento, vereador do município de Campo Formoso (BA), flagrado pela PF jogando R$ 200 mil pela janela de seu apartamento em Salvador minutos antes de ser preso em dezembro.
Todos os alvos da investigação foram presos na Operação Overclean, mas acabaram soltos ainda em dezembro, por decisão da desembargadora Daniele Maranhão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
-
Polícia6 dias atrás
Homem em situação de rua é encontrado sem pênis e coração; idosa confessa crime e diz que comeu os órgãos
-
Política Destaque5 dias atrás
Governo do presidente Lula garante remuneração para alimentos produzidos pela agricultura familiar
-
Amazônia5 dias atrás
Parques Nacionais de Brasília e da Chapada dos Veadeiros iniciam prevenção a incêndios florestais
-
Geral5 dias atrás
Nova política sobre drogas do Brasil será apresentada em evento das Nações Unidas