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“Quando o governo quer, as coisas acontecem”, diz Lula ao anunciar R$ 3,6 bi para terminar a Transnordestina
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Empreendimento é considerado a maior obra de infraestrutura do Nordeste – Foto: Assessoria (Gov)
(Gov) – “Eu ando atrás dessa ferrovia como nunca andei atrás de uma obra tão importante no Brasil. Uma demonstração de que quando o governo quer fazer as coisas, quando ele tem disposição, as coisas acontecem”. A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu durante a cerimônia de assinatura de aditivo para obras da Transnordestina, um dos principais projetos ferroviários do país, nesta quinta-feira, 28 de novembro.
De acordo com Lula, é cada vez mais necessário investir no modal ferroviário brasileiro para garantir competitividade no mercado interno e externo e facilitar o escoamento da produção nacional. “Eu precisei voltar para a gente fazer essa obra, que é extremamente importante para o Brasil, porque este país precisa de facilidade para o transporte das cargas que nós produzimos. A maior facilidade ou é ferroviária ou marítima, não existe outra possibilidade de sermos muito competitivos sem a ferrovia”, disse o presidente.
São R$ 3,6 bilhões em recursos para a conclusão do empreendimento. O montante será repassado pelo Banco do Nordeste à Transnordestina Logística (TLSA), mediante crédito do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Os desembolsos do valor serão realizados parceladamente pelo Banco do Nordeste (BnB), com até R$ 1 bilhão/ano, de 2024 a 2026, e mais R$ 600 milhões em 2027, assegurando a conclusão da obra conforme o cronograma previsto.
“Precisou o presidente Lula voltar para que essa obra fosse retomada, e está sendo retomada da forma correta, estruturada, vencendo todos os gargalos e desafios. Vamos dar prioridade máxima, desde o banco até o financiamento, para que não falte recurso e a obra seja concluída no prazo, entregue ao destino final e se torne um grande eixo de desenvolvimento para a nossa região, permitindo ao Nordeste crescer, se desenvolver e gerar empregos”, pontuou o presidente do BnB, Paulo Câmara.
A Transnordestina é a maior obra de infraestrutura do Nordeste e está contemplada dentro do Novo PAC. O empreendimento é considerado estratégico para o transporte de grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minério, principalmente com fins de exportação, alavancando a balança comercial brasileira. De acordo com o Ministério dos Transportes, a ferrovia deverá ter três braços: Piauí, Ceará e Pernambuco.
O ministro dos Transportes substituto, George Santoro, ressaltou que Transnordestina é um fator de desenvolvimento regional fundamental no país, porque passa por regiões menos desenvolvidas e, ao entregar um projeto de infraestrutura desse porte, é possível gerar milhares de empregos e fonte de renda para muitas pessoas. “A obra também vai atender a região do Matopiba, que tem a previsão de crescimento da produção agrícola de 40% nos próximos anos. E isso vai permitir que a gente dê conta de parte desse aumento da produção que está sendo endereçada nessa região”, frisou.
O Matopiba é uma região formada pelo estado do Tocantins e partes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia, onde ocorreu forte expansão agrícola a partir da segunda metade dos anos 1980, especialmente no cultivo de grãos. O nome é um acrônimo formado pelas siglas dos quatro estados (MA + TO + PI + BA).
Entre os benefícios para o país, estão:
– Incremento do escoamento de grãos do semiárido brasileiro;
– Maior desenvolvimento econômico/social para o Porto do Pecém;
– Aumento de competitividade do setor agrícola;
– Dinamização das economias locais, alavancando novos empreendimentos;
– Nova opção para escoamento da produção do polo de fruticultura irrigada de Petrolina e Juazeiro;
– Geração de empregos e redução de desigualdades sociais;
– Aumento na arrecadação de impostos, além de auxiliar na fixação e capacitação do homem na região;
“Esse projeto se comunica direto com o PPA, e o presidente Lula retomou o planejamento participativo deste país com o novo PAC, com a política de desenvolvimento regional, o plano de desenvolvimento regional do Nordeste e, também, com o Plano de Transformação Ecológica e a Nova Indústria Brasil. Então é bom a gente entender que não é uma coisa isolada. Então, certamente é a maior obra, gerando emprego e renda, garantindo inclusão, integração, desenvolvimento e, sobretudo, combatendo a desigualdade. Longe daquele que pensa que a Transnordestina ajuda só a desenvolver o Nordeste. Não, ela ajuda a desenvolver o Brasil, distribuir renda e garantir a inclusão social”, assinalou Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional.
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Governador João Azevêdo se reúne com Ministério da Integração para garantir avanço do canal Acauã-Araçagi
Governador da Paraíba avança tratativas para terceira etapa do Canal Acauã-Araçagi – Foto: Assessoria
O governador João Azevêdo cumpriu agenda em Brasília nesta quarta-feira (5), onde se reuniu com o ministro substituto da Integração e do Desenvolvimento Regional, Valder Ribeiro, para tratar do avanço da terceira etapa do Canal Acauã-Araçagi. A intervenção, que deve receber cerca de R$ 200 milhões em investimentos, é vista como uma das ações hídricas mais importantes para impulsionar o desenvolvimento do Litoral Norte da Paraíba.
Durante o encontro, o governador destacou que o processo licitatório já está em andamento e que o Governo do Estado atua para acelerar os trâmites finais. Segundo ele, a expectativa é de que a ordem de serviço seja assinada em breve, possibilitando o início das obras que vão fortalecer a irrigação e garantir segurança hídrica para comunidades rurais, especialmente agricultores familiares de assentamentos do Incra.
A nova etapa do canal deverá contemplar diretamente municípios como Alagoinha, Araçagi, Cuité de Mamanguape, Pirpirituba, Mamanguape, Belém, Lagoa de Dentro, Caiçara, Jacaraú e outras cidades da região. Ao final da implantação completa, o Sistema Adutor das Vertentes Litorâneas da Paraíba contará com 17 trechos interligados, somando mais de 130 km de extensão, ampliando o acesso à água potável e viabilizando o uso agrícola em larga escala.
A obra tem projeção de beneficiar mais de 600 mil habitantes e cerca de 16 mil hectares irrigáveis, garantindo abastecimento sustentável durante todo o ano, inclusive nos períodos de estiagem. A reunião em Brasília também contou com a presença do procurador-geral do Estado, Fábio Brito, e do secretário executivo da Representação Institucional, Adauto Fernandes.
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