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Presidente Lula: Plano de Segurança Alimentar e Nutricional projeta que Brasil sairá do Mapa da Fome até 2026
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Governo Federal aprova o III Plansan, consolidando 18 estratégias intersetoriais para erradicação da fome e fortalecimento da segurança alimentar – Foto: Ricardo Stuckert
(Brasil 247) – O III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan) 2025-2027, principal instrumento da política brasileira de segurança alimentar, foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 5 de março. O documento reafirma o compromisso do Governo Federal em retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026. A aprovação, ocorrida em fevereiro pelo Pleno Ministerial da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), reflete um esforço intersetorial para garantir o direito humano à alimentação adequada.
Com a definição de 18 estratégias e 219 iniciativas voltadas à segurança alimentar e nutricional, o Plansan considera desafios como a elevação dos preços dos alimentos, a insegurança alimentar em territórios específicos — como regiões da Amazônia, comunidades indígenas e população em situação de rua — e os impactos das mudanças climáticas.
“É um marco no processo de reconstrução das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, parte do esforço do governo brasileiro para erradicar novamente a fome e garantir o direito humano à alimentação adequada”, destacou o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Diretrizes Estratégicas
O III Plansan estrutura-se em oito diretrizes estratégicas:
- Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), com governança participativa e intersetorial;
- Superação da fome por meio do acesso à renda e políticas públicas;
- Garantia de acesso à terra e à água;
- Promoção de sistemas alimentares resilientes frente às mudanças climáticas;
- Estímulo à produção de alimentos saudáveis por agricultores familiares e comunidades tradicionais;
- Redução da má nutrição e ampliação do acesso à alimentação adequada e saudável;
- Garantia do direito humano à alimentação adequada para populações vulnerabilizadas, combatendo desigualdades;
- Cooperação internacional baseada no Direito Humano à Alimentação Adequada.
A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity, ressaltou a importância do plano na integração das iniciativas federais. “O Plansan mapeia e organiza as ações que já existem, promovendo uma estratégia mais efetiva e direcionada para alcançar públicos e territórios em situação mais grave de insegurança alimentar”, afirmou.
Inovações e Ações Multissetoriais
Diferente das edições anteriores, o novo plano unifica diversas iniciativas já em andamento, como:
- Plano Brasil Sem Fome;
- Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planab);
- Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo);
- Plano Safra da Agricultura Familiar;
- Alimenta Cidades;
- Estratégias para prevenção da obesidade e redução do desperdício de alimentos.
O III Plansan também incorpora diretrizes específicas para regiões mais vulneráveis, como territórios indígenas e a Amazônia, onde a insegurança alimentar é mais aguda.
Burity explicou ainda a demora na adoção de um novo plano de segurança alimentar. “A legislação exige que, antes da implementação do Plansan, seja realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional. No entanto, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional foi extinto em 2019, o que inviabilizou a organização da conferência naquele momento”, pontuou.
O Papel da CAISAN
Criada pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan) em 2006, a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) coordena e articula políticas do Governo Federal voltadas à segurança alimentar. Integrante do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), a Caisan é composta por 24 ministérios e tem como missão garantir o direito à alimentação adequada, promovendo acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis, fortalecendo a agricultura familiar e erradicando a fome e a pobreza.
A aprovação do III Plansan marca uma nova fase na luta contra a fome no Brasil, reforçando o compromisso do governo em assegurar que nenhum cidadão brasileiro sofra com a insegurança alimentar até 2026.

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Ex-ministro do Superior Tribunal Militar indica a Gonet crime militar cometido por Bolsonaro na trama golpista
Em representação entregue pessoalmente, Flavio Bierrenbach pediu que o procurador-geral inclua na denúncia o crime de incitamento à indisciplina
O ex-ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Flávio Bierrenbach, protocolou uma representação junto ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando que a denúncia contra Jair Bolsonaro (PL), relacionada à suposta tentativa de golpe de Estado, inclua também um crime militar. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo, após um encontro entre Bierrenbach e Gonet em Brasília nesta quarta-feira (12).
Na petição, o ex-ministro argumenta que Bolsonaro cometeu o crime de incitamento à indisciplina, previsto no artigo 155 do Código Penal Militar, que estabelece pena de reclusão de dois anos, além da perda de posto e patente. Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, já é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“O dever dos militares é defender a Constituição e não enxovalhar a farda com trama golpista”, diz a representação de Bierrenbach. O procurador-geral da República afirmou que analisará a solicitação antes de decidir sobre o eventual aditamento da denúncia.
A possibilidade de julgamento de Bolsonaro pela Justiça Militar também foi levantada pela presidente do STM, ministra Maria Elizabeth Rocha. Segundo ela, se comprovada a prática de crime militar, Bolsonaro poderia ser submetido a um conselho de justificação e perder sua patente de capitão da reserva do Exército.
“Ele pode ser submetido a um conselho de justificação por representação de indignidade. Ele pode ser julgado também por crimes militares, como de incitação à tropa, por exemplo. Tudo vai depender de como vai ser feita a apuração penal no STF e qual será a decisão dos ministros da Primeira Turma e, posteriormente, do plenário, porque caberá recurso”, explicou a ministra.
Ela destacou ainda que outros militares envolvidos na suposta trama golpista e nos atos de 8 de janeiro de 2023 podem ser julgados pela Justiça Militar. “Aqueles crimes que forem detectados ao longo da persecução penal e que configurarem crimes militares, eles [militares] serão julgados na nossa Corte, sim. Como, por exemplo, ofensas de inferior a superior. Nas mídias sociais, isso aconteceu, e nós julgamos e condenamos um coronel que ofendeu um comandante do Exército”, afirmou.
A discussão sobre a competência da Justiça Militar para julgar Bolsonaro e outros militares envolvidos na tentativa de golpe adiciona um novo componente às investigações em curso. Se a representação de Bierrenbach for acolhida, o ex-presidente poderá enfrentar um novo processo na Justiça Militar, o que pode impactar seu futuro político e militar.
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