Política de Brasília

Fernando Haddad obteve apoio de Lula para meta de déficit zero ao se comprometer com contingenciamento menor em 2024

Ministro da Fazenda se compromete com bloqueio máximo de R$ 26 bilhões e terá que buscar maior arrecadação de impostos

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Lula e Fernando Haddad – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Na esteira da primeira vitória na luta pela manutenção da meta de déficit zero em 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comprometeu-se com um contingenciamento de despesas do Orçamento no início do próximo ano, podendo atingir no máximo R$ 26 bilhões, segundo reportagem do Estado de S. Paulo.  Este valor representa metade da quantia inicialmente prevista, que alcançava R$ 53 bilhões.

Haddad assegurou que, caso o bloqueio seja efetivado, ele seria dividido igualmente entre as despesas de investimento do Executivo e as emendas propostas por senadores e deputados. Contudo, as lideranças do Congresso demonstram ceticismo em relação a essa cifra, buscando garantias de que as emendas serão preservadas.

As sinalizações de Haddad e das lideranças do Congresso foram emitidas durante uma reunião nesta quinta-feira, 16, na qual o governo comunicou ao relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), a manutenção da meta para 2024. Este anúncio ocorreu apesar dos alertas de que, no cenário atual, seria necessário um corte bem superior aos R$ 53 bilhões mencionados pelo ministro.

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Na reunião, Tebet assumiu um tom conciliatório, concordando com a visão do relator de que a meta de déficit zero dificilmente seria atingida no atual contexto. O tamanho do bloqueio está no centro do acalorado debate sobre a meta fiscal. Em uma reunião com parlamentares há duas semanas, o presidente Lula declarou que não cortaria nem uma vírgula do Orçamento de 2024, destacando a importância de aprovar o Orçamento ainda este ano.

Segundo um interlocutor presente na reunião, a leitura é de que o presidente Lula aceitou a manutenção da meta, dando mais tempo para Haddad obter apoio do Congresso às medidas arrecadatórias. Este gesto, segundo a fonte, demonstra a cautela do presidente diante do impacto das eleições na Argentina e o receio com o cenário de desaceleração econômica no final deste ano.

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No Governo do presidente Lula, Brasil cria 190 mil empregos formais em outubro e acumula quase 1,8 milhão de novas /vagas em 2023

Estoque total é de 44,2 milhões, melhor resultado da série histórica. Os dados do Novo Caged foram divulgados nesta terça-feira

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Em outubro, a variação foi positiva em quatro dos cinco setores econômicos e em 26 das 27 Unidades Federativas – Foto: Ricardo Stuckert / Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

SCSPR – O Brasil fechou o mês de outubro de 2023 com um saldo de 190.366 vagas formais de trabalho. No período, houve 1,94 milhão de admissões e 1,75 milhão de desligamentos. São mais de 30 mil empregos a mais do que os gerados em outubro de 2022. Desde o início do ano, o país acumula um saldo de quase 1,8 milhão de empregos formais. A variação em dez meses é positiva nos cinco grandes setores da economia e nas 27 unidades da Federação.

Os dados do Novo Caged foram divulgados na tarde desta terça-feira, 28 de novembro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Eles indicam também que o estoque total, ou seja, o número de brasileiros que estavam trabalhando com carteira assinada em outubro de 2023, chegou a 44,22 milhões, o maior já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020). Em outubro, a variação foi positiva em quatro dos cinco setores econômicos e em 26 das 27 unidades Federativas.

O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com saldo de 109.939 postos formais de trabalho. Destacam-se áreas como informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (saldo de +65.128).

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Locação de mão-de-obra temporária (+17.820), serviços de escritório e apoio administrativo (+4.610) e atividades de teleatendimento (+4.462) também puxaram para cima os números do setor de serviços, assim como transporte, armazenagem e correio (+15.518), especialmente transporte rodoviário de carga (+6.719);

O segundo maior gerador de postos de trabalho foi o Comércio, com +49.647 postos de trabalho. Destacam-se o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (+6.307) e Hipermercados (+1.925), além de Artigos de Vestuário (+5.026).

O terceiro maior crescimento ocorreu na Indústria, com saldo de +20.954 postos de trabalho. Destacam-se a fabricação de açúcar em bruto, com saldo de +1.500, especialmente em Alagoas (+1.268), e a fabricação de móveis, com saldo de +1.330.

A Construção Civil teve saldo de +11.480 postos formais. A Construção de Edifícios teve saldo de +3.652. A Agropecuária foi o único setor que gerou saldo negativo (-1.656), decorrente da desmobilização do café (-2.850), do cultivo de alho (-1.677), de batata-inglesa (-1.233) e de cebola (-1.138), que superaram o aumento nas atividades de Produção de Sementes (+4.088).

Em outubro, 26 das 27 unidades federativas (UF) registraram saldos positivos. São Paulo foi o estado com maior relação entre admissões e demissões, com +69.442 postos e destaque para o Serviços (+44.112). O único estado com variação negativa foi Roraima, com saldo de -115 postos (-0,1%).

O saldo foi positivo para mulheres (+90.696) e homens (+99.671). No que se refere às pessoas com deficiência, foram +1.699 postos de trabalho. A relação foi positiva também para pardos (+110.240), brancos (+64.660), pretos (+22.300), amarelos (+15.395) e indígenas (+652).

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Desagregado por faixa etária, o saldo foi de (+20.111) para jovens até 17 anos, (+115.732) para 18 a 24 anos; (+24.139) para 25 até 29 anos; (+21.387) para 30 a 39 anos; (+17.238) para 40 a 49 anos; (-3.307) para 50 a 64 anos.

O salário médio real de admissão foi de R$ 2.029,33, apresentando estabilidade com decréscimo de R$ 5,18 (-0,3%) em comparação com o valor corrigido de setembro (R$ 2.034,51). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi de R$ 16,34 (0,8%).

No acumulado de janeiro a outubro de 2023, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos. O maior crescimento ocorreu no setor de Serviços, com +976.511 postos formais de trabalho (54,4% do saldo).

A Construção gerou +253.876 postos formais, especialmente nas obras de infraestrutura (+86.099). A Indústria apresenta saldo de +251.11, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (+81.523). O Comércio, apresenta saldo de 193.526 postos de trabalho e destaque para supermercados (+17.491), minimercados (+12.207) e produtos farmacêuticos (+12.684). A agropecuária teve +109.698 postos de trabalho, com protagonismo de soja (+15.870), cana-de-açúcar (+15.475) e laranja (+7.949).

Em outubro, a variação foi positiva em quatro dos cinco setores econômicos e em 26 das 27 Unidades Federativas – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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