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PF faz operação contra fraudadores que teriam causado prejuízos de R$ 451 milhões a fundos de investimentos

Operação, feita de forma conjunta com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cumpre 27 mandados de busca e apreensão

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Em caso de condenação, as penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão – Foto: ABr

Brasil 247 – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (14), em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Operação Minuano para desmantelar uma organização criminosa responsável por fraudes em fundos de investimento, que teria resultado em um prejuízo de até R$ 451 milhões a Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de servidores públicos em diversos estados. 

Mais de 100 policiais federais foram mobilizados para cumprir 27 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, São Paulo e Rio de Janeiro.

A operação também inclui medidas cautelares, como a suspensão de atividades financeiras e o bloqueio de contas e ativos no valor de até R$ 451 milhões, estimado como prejuízo causado aos RPPS. 

A investigação teve início com informações coletadas na Operação Gatekeepers, realizada em 2018, e revelou que o grupo criminoso captou e desviou cerca de R$ 239 milhões de 69 Regimes Próprios de Previdência Pública em estados como Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Amapá, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Maranhão.

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Além dos danos financeiros, a PF identificou pagamentos indevidos a dirigentes dos RPPS por meio de consultorias vinculadas ao grupo. Os investigados podem ser responsabilizados por uma série de crimes, incluindo gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, estelionato financeiro, falsidade ideológica contábil-financeira, negociação de títulos mobiliários sem lastro, manipulação de preços de ativos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Em caso de condenação, as penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão.

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PF diz que irmãos presos na Espanha por suposta ligação com Estado Islâmico eram recrutadores no Brasil

Os dois irmãos brasileiros presos vinham sendo monitorados pela PF há anos. A polícia brasileira não participou da tomada de depoimento dos dois irmãos após a prisão, segundo a fonte.

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Polícia Federal – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Um investigador da Polícia Federal disse à agência Reuters que os dois irmãos brasileiros que foram presos na segunda-feira pela Guarda Civil da Espanha em uma cidade da província de Málaga por suspeita de ligações com o Estado Islâmico eram considerados recrutadores de pessoas no Brasil para o grupo. A ação envolveu a Guarda Civil espanhola, a Polícia Federal do Brasil, o FBI e a Agência da União Europeia de Cooperação Policial (Europol).

Reuters – O investigador, que falou nesta terça-feira sob condição de anonimato, afirmou que há suspeitas de que Thaylan Padilha Palomanes e Thaunay Padilha Palomanes tenham ligações com um brasileiro que foi preso em 11 de junho no momento do embarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para fazer uma viagem ao exterior supostamente a fim de se juntar ao Estado Islâmico.

Na ocasião, por ordem judicial, a PF também realizou buscas e apreensões em São José dos Campos (SP) e Barbacena (MG), em uma investigação que apurava a conduta de brasileiros que integrariam e promoveriam o Estado Islâmico.

“Os irmãos Palomanes são considerados pela PF radicalizadores e recrutadores para o Estado Islâmico”, disse o investigador.

Os dois irmãos presos esta semana vinham sendo monitorados pela PF há anos, de acordo com a fonte da corporação, que citou que ambos passaram por um processo de radicalização pela redes sociais.

A PF monitorou a movimentação dos dois irmãos em solo europeu. O último movimento migratório de Thaunay foi de saída do Brasil em 22 de outubro do ano passado, em um voo de Guarulhos para a cidade do Porto, em Portugal.

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Ele teria morado por um período na Holanda antes de se juntar a seu irmão Thaylan em Estepona, uma cidade costeira de cerca de 70 mil habitantes em Málaga, segundo informações da Guarda Civil espanhola compartilhadas com autoridades policiais brasileiras. Uma segunda fonte da PF informou que há pelo menos um ano os dois viviam em Málaga.

O Ministério do Interior da Espanha afirmou em nota sobre a prisão dos irmãos, que não foram nomeados pelo órgão, que os dois “estariam alegadamente imersos num processo de radicalização e utilizaram plataformas de mensagens instantâneas encriptadas para mostrar o seu apoio ativo à organização terrorista Daesh”, o nome do Estado Islâmico em árabe.

“Ambos consumiram e divulgaram material de propaganda multimídia do Daesh através dos seus perfis online. Entre esse material estavam atividades terroristas realizadas em diversos locais, manuais de preparo de explosivos e envenenamento, segurança cibernética, hacking, além de documentos que justificam a violência da execução de ações suicidas”, detalhou o comunicado.

O FBI também colaborou com a Guarda Civil “para detectar, identificar e neutralizar os dois irmãos de origem brasileira radicados na Espanha”.

Também envolvida na investigação do caso, a Europol, agência de polícia da Europa, encontrou “ligações internacionais importantes com indivíduos detidos ou investigados em países europeus pelas suas ligações à ameaça jihadista”, afirmou.

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A prisão dos dois irmãos ocorre poucos dias depois de a Polícia Federal brasileira, em cooperação com a agência de espionagem israelense Mossad, desmontar uma suposta célula do Hezbollah que tentava se estabelecer no país.

A polícia brasileira não participou da tomada de depoimento dos dois irmãos após a prisão, segundo a fonte.

Passado – Em 2014, Thaylan Padilha Palomanes e outro irmão dele, Thauann Padilha Palomanes, tiveram prisão decretada no Brasil por um caso de homicídio no Rio de Janeiro, mas foram absolvidos ao final do processo pela Justiça, conforme a primeira fonte da PF ouvida pela Reuters.

Thaylan e Thauann foram acusados pela morte do iraniano Millad Mille Hosseini Ballaai em junho de 2014.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil do Rio à época, reproduzidas pelo jornal Extra, os irmãos, oriundos de São Paulo, trabalhavam na cozinha de uma pousada do iraniano em troca de hospedagem. Dias antes do crime, eles foram detidos por vender drogas na pousada. Eles foram considerados na ocasião foragidos.

Em 2018, Thaylan foi extraditado pela Justiça portuguesa para o Brasil em decorrência do processo aberto pelo homicídio do iraniano. Os dois, entretanto, foram considerados inocentes ao fim do processo judicial, conforme a fonte.

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