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Produção de grãos: produtores e produtoras brasileiros devem colher 325,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25

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Produtores brasileiros têm a expectativa de colher 325,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25 – Foto: Assessoria

(Gov) – De acordo com o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) produtores e produtoras brasileiros devem colher 325,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, um crescimento de 9,4% em relação à temporada anterior. O resultado é reflexo tanto de um aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como na recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, prevista para 3.990 quilos por hectare. Caso o cenário se confirme, será consolidado um recorde histórico.

“O Brasil terá em 2025 a maior safra agrícola da nossa história, com previsão de 325,7 milhões de toneladas. Outra notícia extraordinária é o aumento na produção de produtos para o nosso consumo interno. O arroz e o feijão, por exemplo, terão aumento, tanto de área plantada como também na produtividade. No arroz, a previsão é de uma safra de 11,75 milhões de toneladas, que representa mais de 11%, comparado com a safra do ano passado”, destacou o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Na visão de Edegar, o resultado é fruto do trabalho, do esforço do homem e da mulher do campo, mas também das políticas públicas do Governo Federal. “A disponibilização de crédito agrícola, com juros subsidiados para quem optar em produzir alimentos no nosso país, é um fator decisivo para que o agricultor saiba que, na hora de plantar, o seu trabalho será recompensado. O Governo Federal continuará olhando com muita atenção aos agricultores e agricultoras do nosso país, porque temos clareza: mais alimentos produzidos, mais oferta de alimentos no mercado é a possibilidade de um preço justo para os consumidores”, disse.

A expectativa da boa oferta de grãos, que fazem parte da dieta dos brasileiros, como arroz (11,8 milhões de toneladas), feijão (3,3 milhões toneladas) e milho (122 milhões de toneladas), tem tudo para impactar no preço final dos principais grãos, segundo o presidente da Conab. “Isso leva o agricultor a ocupar mais e mais postos de trabalho para fazer essa economia girar, tanto de maneira direta como indireta em toda a cadeia produtiva, desde a chegada da semente até o transporte do produto pelo país”, enfatizou.

Na soja, a estimativa é de uma produção de 166 milhões de toneladas, um aumento de 12,4% em relação à safra passada. A colheita já foi iniciada nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Bahia. Houve redução de produtividade no Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul devido ao déficit hídrico em quase todo o estado gaúcho e parte do MS, porém houve aumento em Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Bahia devido ao bom regime de chuvas, o que compensou a produção.

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No milho, a estimativa de produção é de 122 milhões de toneladas, um aumento de 5,5% em relação à última safra. O resultado reflete o aumento na área destinada para a cultura combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro.

Com a semeadura praticamente concluída, a Conab estima que a produção de arroz chegue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada com a colheita da safra passada. O aumento na colheita na atual safra garante o abastecimento interno e ainda possibilita um aumento das exportações de arroz brasileiro para 2 milhões de toneladas.

Para as culturas de inverno, as primeiras estimativas, resultantes de modelos estatísticos, análise de mercado, previsões climáticas e informações preliminares, indicam a produção de trigo, principal produto cultivado, em 9,1 milhões de toneladas. O início do plantio no Paraná tem início a partir de meados de abril e no Rio Grande do Sul em maio. Os estados representam 80% da produção tritícola do país.

O governo espera uma melhora no cenário econômico devido ao aumento da produção agrícola esperado para este ano. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o impacto positivo da supersafra deverá contribuir para a redução dos preços. “A expectativa é extremamente positiva de uma supersafra este ano. A nossa expectativa é que na lei de mercado uma maior oferta leve a um menor preço”, argumentou.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, por sua vez, destacou que o Brasil se consolida como um grande produtor de alimentos e que, em 2025, o aumento da produção fará com que a estabilidade de preços dos alimentos possa ser estabelecida. “É importante dizer que o presidente determinou que a gente já comece a discutir medidas de estímulo, um novo Plano Safra que estimule mais, principalmente os produtos que chegam à mesa da população. E é a partir disso então que nós vamos nos debruçar”, pontuou.

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Em entrevista na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar que o Governo Federal trabalha intensamente para diminuir os preços dos alimentos no Brasil. “Nós estamos trabalhando, conversando com empresários, utilizando muito a competência da Fazenda, a competência do Ministério da Agricultura, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para que a gente encontre uma solução sobre como reduzir o preço. Nós vamos encontrar uma solução para os preços”, assegurou o presidente.

Lula frisou ainda que o Governo Federal não fará qualquer tipo de congelamento de preços. “Nós abrimos centenas de novos mercados para os produtos brasileiros e, quase todos, produtos de alimentos. Significa que o Brasil virou verdadeiramente o celeiro do mundo. Significa que as pessoas estão comprando muito no Brasil. Significa que nós precisamos produzir mais, melhorar a qualidade, para que a gente possa baratear o preço. Eu não posso fazer congelamento”, frisou Lula.

Para isso, na visão do presidente, é necessário aumentar a capacidade produtiva do país e fomentar políticas de incentivo à agricultura familiar, responsável pela produção de cerca de 70% do que é consumido pelos brasileiros. “Nós temos quase cinco milhões de propriedades de zero a seis hectares. E nessas propriedades que precisamos fazer mais investimento, mais tecnologia, mais financiamento, mais assistência técnica, para que se melhore a capacidade produtiva e para que o alimento possa ser produzido com qualidade, rapidez e quantidade”, argumentou.

A supersafra prevista tem potencial para se refletir na mesa do brasileiro. “O aumento na colheita na atual safra garante o abastecimento interno. O mesmo podemos dizer do feijão, que assim como o arroz recuperou área de plantio”, destacou Edegar Pretto.

Sobre o milho, a Conab também prevê valorização do mercado interno, dado os consistentes aumentos de demanda. E, por fim, a soja, que tem a estimativa de colher a maior safra do grão. “Com isso, o país também deverá registrar a maior exportação da série histórica do setor, sendo projetado um volume exportado de 105,4 milhões de toneladas de grãos ao longo da comercialização da safra em questão”, finalizou o presidente da Conab.

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Reforma Agrária: Conheça um pouco da história do Quilombo Campo Grande do Meio, ao sul de Minas Gerais

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Local será palco de entrega histórica para a reforma agrária

(Gov) – Localizado em Campo do Meio, ao sul de Minas Gerais, o Complexo Ariadnópolis era parte da massa falida da Usina Ariadnópolis Açúcar e Álcool S/A, que deixou de funcionar em 1996, repleta de dívidas com a União e sem nem sequer pagar salários atrasados e verbas indenizatórias aos seus funcionários, que permaneceram na terra.

Em 1998, criaram o Quilombo Campo Grande do Meio, hoje composto por 11 acampamentos: Betim, Campos das Flores, Chico Mendes, Fome Zero, Girassol, Irmã Dorothy Resistência, Rosa Luxemburgo, Sidney Dias, Tiradentes e Vitória da Conquista.

Desde a criação do acampamento, a massa falida da empresa já empreendeu 11 tentativas de reintegração de posse, a última delas durante a pandemia da Covid-19, quando, de forma arbitrária, foi destruída a Escola Popular de Agroecologia Eduardo Galeano. Esse caso contribuiu para a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em suspender ações de despejos durante a pandemia. Os trabalhadores e as trabalhadoras rurais resistiram. E prosperaram.

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Cada uma das mais de 450 famílias integrantes do Quilombo Campo Grande tem, em média, 8 hectares de terra. Juntas, produzem e comercializam mais de 160 alimentos de qualidade, tais como mandioca, feijão, hortaliças, milho e café. No caso do café, são mais de 2,2 milhões de pés do fruto, que, colhido, torrado, empacotado e comercializado sob a marca Guaií (do guarani, “semente boa”), tornou-se referência nacional de qualidade.

Além disso, o Coletivo de Mulheres Raízes da Terra cultiva sementes agroecológicas e hortas medicinais, bem como é responsável pelo processamento vegetal para produção de geleias, compotas e conservas.E, no último dia 10 de fevereiro, início do ano letivo em 2025, a Escola Popular de Agroecologia Eduardo Galeano, ainda em reconstrução, reabriu as portas para seus alunos.

Com o Decreto presidente de Declaração de Interesse Social para fins de Reforma Agrária, o Governo Federal, via MDA, possibilita que o Incra inicie os procedimentos para criação do Assentamento Quilombo Campo Grande. Mais Reforma Agrária, Mais Alimentos para o Brasil!

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Entrega Terra da Gente

Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Paulo Teixeira fará entregas e anúncios do programa Terra da Gente, nesta sexta-feira (7). O evento será realizado no Complexo Ariadnópolis, no município de Campo do Meio (MG).

Na ocasião, serão entregues 12.297 lotes em 138 assentamentos, totalizando 385 mil hectares espalhados em 24 estados do país.

Durante o evento, também serão assinados uma série de atos, como decretos de desapropriação por interesse social; portarias de criação de projetos de assentamento; contrato de renegociação de dívidas por meio do Desenrola Rural com assentados da reforma agrária; além de entregas do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF); de Títulos de Domínio; e outros.

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