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Investimento de R$ 15,6 milhões do Novo PAC acelera pesquisas em suínos e aves

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Governo Federal reforça suinocultura com recursos do PAC – Foto: Divulgação/ Governo Federal

(Embrapa) – Após 15 anos, a Embrapa Suínos e Aves, voltada à pesquisa científica para duas das maiores cadeias produtivas do Brasil, responsáveis pela exportação de 6,21 milhões de toneladas de proteína animal em 2023, sendo 5,009 milhões de carne de frango e 1,201 milhão de carne suína, volta a contar com recursos do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Antes mesmo de fechar o calendário deste ano, a Unidade executou R$ 15.643.666,88 do total de R$ 16.065.760,61 dos recursos do Novo PAC Embrapa, destinando esse volume a compras de equipamentos, obras e adaptações de estruturas para receber as aquisições a serem instaladas nos laboratórios e campos experimentais.

Na lista de equipamentos importados com recursos do programa e que deixarão a Embrapa Suínos e Aves, no mínimo, em igualdade de excelência aos melhores laboratórios internacionais, estão as cabines isoladoras, usadas para abrigar animais que foram inoculados com doenças para testes da pesquisa. Com valor de R$ 1,7 milhão, as cabines foram importadas da França e vão desembarcar no Brasil entre março e abril de 2025.

Também no rol de aquisições está a plataforma de sequenciamento de nova geração de ácidos nucléicos (DNA/RNA) que, de acordo com a pesquisadora Rejane Schaefer será utilizado em projetos de pesquisa que visam a caracterização genética de microrganismos com foco em análises de evolução, principalmente para patógenos com alta taxa de mutação, como os vírus Influenza A.

A cientista observa que com o equipamento será possível, ainda, atender às ações do PAC na vigilância sanitária e desenvolvimento de insumos (como kits de diagnóstico molecular rápido e vacinas) para Influenza Aviária e Peste Suína Africana.

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O chefe de Administração da Unidade, Darci Dambrós Júnior, comenta que os exemplares das cabines existentes na UD são antigos e, portanto, necessitam de manutenção, inclusive de peças que não existem mais, o que impossibilita determinados experimentos que exigem contenção.

“Sem as cabines francesas, os  pesquisadores não teriam como avançar em alguns estudos”, assegura Dambrós. Embora atue com cadeias altamente tecnificadas, que contam com soluções de inteligência artificial (IA) e de automação, a Unidade, por estar localizada em uma área rural que tem grandes problemas com a rede elétrica, precisou optar por fazer obras estruturantes, até mesmo para assegurar o funcionamento dos equipamentos adquiridos por meio do PAC e que já começaram a chegar.

Nesse sentido, pelo menos R$ 4.209.776,23 foram aplicados para essa finalidade , especialmente no que se refere à reforma da parte elétrica nos campos experimentais e nos laboratórios.

Dambrós explica que não faria sentido a compra e instalação, por exemplo, de um sequenciador para a caracterização genética de microrganismos, com foco em análises de evolução (como para patógenos com alta taxa de mutação, como os vírus Influenza A) dentro de um prédio com problemas de energia elétrica, goteiras e infiltrações ou seja, sem condições de operar. Por isso, a prioridade em instalar os equipamentos para uma nova rede elétrica, como o gerador instalado para uso nas granjas (locais onde os suínos e as aves são confinados)).

Entusiasmado com a execução de 100% do volume de recursos destinados em 2024 para a Embrapa Suínos e Aves, Darci Dambrós Júnior já começou a planificar , junto com todas as equipes da Unidade, como e onde deverão ser aplicados os próximos repasses do Novo PAC Embrapa, previstos  para os anos de 2025 e 2026. “As obras: temos duas concluídas (elétrica e acessos), mas ainda está em desenvolvimento o projeto para saneamento da água. Ele explica que, nesse caso, é preciso aguardar a licença ambiental, mas que o calendário está dentro do prazo.

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“O PAC foi nossa prioridade em 2024 e temos o sentimento de dever cumprido nessa primeira etapa”. A expectativa para 2025, quando teremos um volume maior de recursos, é de completar obras importantes”, diz o chefe de Administração.

Segundo Dambrós, o Novo PAC Embrapa é uma oportunidade ímpar de reposicionar aquela Unidade no cenário das cadeias produtivas e determinante para os resultados que serão gerados.

Para os próximos anos o objetivo é a construção de um novo infectório (local onde os animais são infectados para pesquisas) com biossegurança de níveis 2 e 3. Com isso, ele espera  que as pesquisas evoluam a ponto de obterem resultados que levem a testar e produzir vacinas dentro da Unidade. “E é para isso que já temos equipamentos comprados”, diz Dambrós.

Sobre a Unidade

Com um plantel de 1.063 suínos e 6.455 aves, esta Unidade da Embrapa está em uma região onde mais de 80% das propriedades são constituídas por agricultores de base familiar. A contribuição das pesquisas da Embrapa Suínos e Aves tem um papel fundamental quanto ao controle de doenças, bem como o aperfeiçoamento de rações, melhorias da qualidade genética dos animais, preservação do meio ambiente e o desenvolvimento de equipamentos para a suinocultura e avicultura. A Unidade desenvolveu aves e suínos com a genética Embrapa, entre elas: frangos de corte 021 e 041, as poedeiras 031 e 051, o macho suíno MS 115 e a fêmea suína MO25C.

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BNDES apoia com R$ 58 mi transformação digital e descarbonização da frota agrícola da Tupy

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O apoio visa aumentar a eficiência das plantas por meio de processos digitais – Foto: Divulgação/ Tupy

(Gov) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 58 milhões, pelo programa BNDES Mais Inovação, para a Tupy investir em seu programa de transformação digital nas unidades fabris de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), e Joinville (SC) e em pesquisa e desenvolvimento destinados à substituição de motores a diesel por motores MWM a etanol, com foco em veículos pesados agrícolas. O apoio visa aumentar a eficiência das plantas por meio de processos digitais, além de atender a demanda crescente por soluções que contribuam para a redução da emissão de poluentes atmosféricos e a descarbonização das operações do agronegócio.

A Tupy é líder no desenvolvimento e fabricação de componentes estruturais, fornecendo-os a todos os fabricantes de veículos, máquinas e equipamentos do Ocidente. Essas soluções de engenharia são aplicadas nos setores de transporte, infraestrutura, agronegócio e geração de energia e contribuem para a qualidade de vida das pessoas. Nos últimos anos, a Tupy tem dedicado seus investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento para oferecer ao mercado produtos, serviços e tecnologias que promovam a descarbonização. Dentre eles, o projeto de motor a etanol, que envolve a adaptação da base de um motor originalmente diesel para combustão de etanol.

Esse motor é desenvolvido em dinamômetro no centro de pesquisa da companhia em São Paulo, o maior da América Latina, para experimentação de soluções técnicas e calibração. O objetivo é garantir desempenho similar ao diesel. São ainda criadas soluções de comando de software para controle do motor e controle da transmissão. O motor então desenvolvido em dinamômetro é montado no veículo para testes de aplicação e validação de durabilidade.

Validada em testes de durabilidade e campo, a tecnologia habilitará para que seja realizada a transformação de veículos usados de diesel para etanol, assim como já realizado em diferentes aplicações pela companhia para o uso de biometano em caminhões, ônibus e motobombas.

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“O desenvolvimento de um motor a etanol com tecnologia e investimento brasileiro tem potencial importante para o crescimento do país no âmbito da agenda sustentável do governo do presidente Lula, que abriu uma janela de oportunidades para o Brasil liderar o processo de transição energética. O projeto também se alinha com o compromisso do BNDES em promover uma indústria mais verde e responsável”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O vice-presidente de Inovação e Novos Negócios da Tupy, Gueitiro Genso, explica que o financiamento visa aumentar a eficiência das plantas industriais, por meio de processos digitais, além de atender à crescente demanda por soluções que contribuam para a descarbonização das operações do agronegócio e dos transportes. “Um dos principais projetos é a adaptação de motores originalmente a diesel para motores a etanol da marca MWM. O desenvolvimento dessa tecnologia de combustão a etanol e a competência de integração com o veículo habilitam a transformação de veículos existentes em versões descarbonizadas de forma mais rápida e com viabilidade econômica. Uma das aplicações possíveis é a transformação de tratores agrícolas a partir da validação em testes de durabilidade e campo, seguindo o exemplo de outros serviços já oferecidos pela nossa Empresa, como o uso de motores a biometano em caminhões e ônibus”, comenta Gueitiro.

O programa de inovação em transformação digital e de pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas inclui ainda: a segregação de redes, que visa à segurança da informação e a ampliação da capacidade de coleta de dados; a digitalização, para implementar novos sistemas de controle de operação, sensorização e rastreabilidade de produtos; e inteligência artificial, incluindo o desenvolvimento de algoritmos avançados de machine learning e técnicas de visão computacional, incluindo medição de características por produto.

Os avanços devem proporcionar ganhos de flexibilidade, produtividade e sustentabilidade, redução de manutenção e consumo de energia, melhora de eficiência produtiva e logística, além da estimativa de redução dos custos. Estudos em outras empresas indicam redução sensível das paradas não programadas e aumento da produtividade.

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NIB – Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, “o projeto aprovado pelo Banco enquadra-se na Missão 1 da Nova Indústria Brasil, que tem o objetivo de desenvolver cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para garantir a segurança alimentar, nutricional e energética.”

Nesta terça-feira, 3 de dezembro, em Brasília (DF), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, anunciaram que a Missão 1 da política industrial alcançará R$ 546,6 bilhões em investimentos públicos e privados. Do total, R$ 250,2 bilhões são de recursos públicos disponibilizados em linhas de crédito, sendo que R$ 198,1 bilhões foram alocados em 2023 e 2024. E R$ 52,18 bilhões estão disponíveis para 2024 a 2026. Já o setor privado prevê investimentos de R$ 296,3 bilhões até 2029.

Tupy – Multinacional brasileira, com 86 anos de história, a empresa desenvolve e produz componentes estruturais em ferro fundido de alta complexidade geométrica e metalúrgica. Essas soluções de engenharia são aplicadas nos setores de transporte, infraestrutura, agronegócio e geração de energia e contribuem para a qualidade de vida das pessoas, promovendo acesso à saúde, saneamento básico, água potável, produção e distribuição de alimentos e comércio global. Sua produção está concentrada nas fábricas brasileiras, em Betim/MG, Joinville/SC e São Paulo/SP, e no exterior, nas cidades de Aveiro, em Portugal, e em Saltillo e Ramos Arizpe, no México. Além disso, possui escritórios comerciais no Brasil, Alemanha, EUA, Itália e Países Baixos. Em 2022, concluiu a aquisição da MWM do Brasil, com plantas em São Paulo (SP) e centro de distribuição em Jundiaí (SP). A subsidiária produz motores, geradores de energia, torres de iluminação e motobombas de irrigação, além de ter ampliado a atuação da Tupy setor de Energia & Descarbonização.”

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